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Vivíamos, há mais de quinze anos atrás, em...

Da edição de outubro de 1954 dO Arauto da Ciência Cristã


Vivíamos, há mais de quinze anos atrás, em uma cidade do sul dos Estados Unidos, onde eu era membro de uma Igreja de Cristo, Cientista. Eu era também presidente de uma comissão que havia planejado uma reunião para a qual todos os membros haviam sido convidados e para a qual fôra feito um fervoroso trabalho preparatório. Quando chegamos à igreja, descobri que havia deixado os meus óculos em casa, mas já era tarde de mais para voltar à procura dos mesmos. Fazia mais de quinze anos que eu precisava de óculos para ler, de modo que, no primeiro momento, vi-me possuida de medo, pois ia ter muito o que ler durante a reunião. Pedi a meu marido que me ajudasse e, mentalmente, declarei a verdade da melhor maneira que pude. Quando comecei a ler, as palavras fizeram-se visíveis, e foi com sucesso que pude cumprir a minha obrigação, sem óculos.

Levamos alguns amigos para casa aquela noite, e quando mencionei o quanto me sentia grata pela experiência, um dêles imediatamente disse: “Esta é a sua oportunidade para provar, uma vez por tôdas, que você não precisa mais de óculos.” A observação me assustou, pois eu não havia pensado nisso. No dia seguinte, porém, procurei ler sem óculos a Lição-Sermão no Christian Science Quarterly (Livrete Trimestral da Christian Science); foi um verdadeiro desafio. Trabalhei e orei, durante muitos dias, sem nenhum progresso visível. Vários argumentos da mente mortal se apresentaram. Estudei a definição de “olhos” no Glossário do Science and Health (pág. 586) e tudo o mais que pude encontrar a respeito. Veio-me então, um dia, o pensamento-anjo de que se estivesse sofrendo uma dor, imediatamente saberia não fazer ela parte do homem, que é o reflexo perfeito de Deus. Compreendi, assim, que visão defeituosa não faz parte do Seu reflexo.

Daquele dia em diante a minha vista começou a melhorar. Pouco tempo depois, numa quarta-feira à noite, em que me achava na igreja, meus olhos pareceram estar cobertos por um véu; eu mal podia ver as pessoas sentadas a meu lado. Lembrei-me logo de que Deus, que é infinito, vê tudo, portanto, o homem, a imagem e semelhança de Deus, reflete e expressa vista infinita. Pouco a pouco o véu foi-se desfazendo e pude ver melhor que nunca. Desde então não mais usei óculos.

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