A Christian Science revela a beleza, a simplicidade e o poder espiritual da verdadeira oração. Essa Ciência ensina que o homem é inseparável de Deus, e que a perfeição, a bondade e o poder de Deus, tudo inclui. Ensina, também, que a verdadeira oração desperta a consciência para essa verdade e para o fato de ser a lei de Deus acessível e eficaz para fazer com que a verdade se manifeste.
A oração científica inclui a afirmação da verdade, ou seja da lei divina, e a inteligente negação de tudo o que é dissemelhante de Deus, o bem. A verdadeira oração eleva nosso pensamento acima das exigências da matéria e transforma a experiência, substituindo a doença pela saúde, o pecado pela pureza e o mêdo e o desespêro pela liberdade e a felicidade.
No aprender a orar corretamente, é necessidade imperiosa melhorarmos nosso modo de pensar, esforçando-nos por nos assemelharmos mais a Cristo. Precisamos manifestar em nossa vida diária mais humildade e bondade, que são as energias divinas do Espírito, antes de podermos obter consistentemente os frutos da oração.
Através de seus escritos, Mrs. Eddy mostra que a verdadeira oração não inclui nenhuma materialidade. De fato, se vivemos coerentes com a nossa oração, estamos constantemente volvendo-nos da névoa do materialismo para a supremacia do Espírito. Porquanto, á medida que o pensamento abandona a falsa base da matéria e se eleva para reconhecer a realidade da existência, começamos a orar com a segurança nascida da compreensão espiritual.
Essa maneira de orar não está limitada a algum período ou algum lugar, nem está ao alcance apenas de uns poucos eleitos; qualquer pessoa, em qualquer lugar, na sua fase atual da vida humana, pode, nêste momento, começar a orar corretamente e a experimentar os "sinais que se seguem" (Marcos 16:20) como Cristo Jesus os experimentou.
Ao orar, o desejo predominante do Cientista Cristão é conhecer a vontade de Deus e obedecer a ela. Com êsse grande objetivo sempre em mira, êle procura guardar o pensamento contra a tentação de configurar a ordem divina das coisas. Ele abandona todo delineamento deliberado no seu esfôrço de exprimir aquela humildade de pensamento que é o elemento primário de tôda oração verdadeira. Nosso Mestre ensinou os homens a deixar de fazer as coisas à maneira de um mortal voluntarioso. Nas suas palavras (Lucas 22:42), "Não se faça a minha vontade, mas a tua", transparece a submissão espontânea de seu pensamento.
Se bem que a humildade nos leve à porta da oração, é necessária a pureza para abrir essa porta de par em par, para podermos entrar. A pureza habilita-nos a ser cristãos. Os escritos de nossa Líder contêm numerosas e belas referências à pureza, e ela indica que a pureza é o caminho da perfeição.
É de importância vital para o progresso de todos os Cientistas Cristãos, que não empreguem quaisquer fórmulas como orações. Ao orar, um pensador espiritualmente correto volve-se, instintivamente e sem restrições, a Deus, a Mente divina, em busca de inspiração e iluminação.
Podemos orar, falar a Deus, de qualquer maneira que O faça estar mais perto de nós. Desenvolvamos a capacidade de falar ao nosso Pai celestial de modo ainda mais sério do que falaríamos a um amigo sábio e bondoso. Em tal comunhão sagrada, em que a vaidade e a presunção desaparecem, não só falamos a Deus em oração, mas prestamos atenção às idéias espirituais que Êle nos dá. Mrs. Eddy diz em Science and Health—Ciência e Saúde—(p. 16): "A oração mais elevada não é simplesmente uma oração da fé; é demonstração."
A verdadeira oração muitas vêzes inclui tanto o pedido como a afirmação. Contendo pedidos para que nos seja dado o pão de cada dia, para sermos perdoados e libertados do mal, a Oração do Senhor termina com estas palavras (Mateus 6:13): "Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre." Paulo recomenda aos Tessalonissenses a orar "sem cessar" (I Tess. 5:17). Obedeçamos à exortação de Paulo. Com suave naturalidade, saibamos que, por menor ou maior que seja a necessidade, a atividade da verdadeira oração na consciência humana nos autoriza a permanecer inabaláveis e impávidos ante os brados do êrro ou do materialismo.
Por confiarem em suas orações, os Cientistas Cristãos esperam que elas produzam resultados gloriosos e práticos. É com regozijo, e confiante, que o Cientista Cristão ora, pois crê nas palavras do Mestre (Mateus 21:22), "Tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis."
Repitamos todos nós a exortação incitante que Mrs. Eddy faz no seu livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany—A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea—(p. 203): "Orai com acêrto e demonstrai a vossa oração." E a seguir ela acrescenta: "Cantai com fé."
