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"Bem-aventurados os que choram"

Da edição de janeiro de 1961 dO Arauto da Ciência Cristã


Aquêle que pranteia a morte de um amigo ou de um parente muito querido, talvez pergunte a si mesmo como poderá aplicar a beatitude de Cristo Jesus (Mateus 5:4): "Bem-aventurados os que choram, porque êles serão consolados." A Christian ScienceNome dado por Mary Baker Eddy à sua descoberta (pronunciado: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã. mostra-nos como fazer isso. Ela nos ajuda a elevar-nos acima dos sentidos mortais, que apresentam o homem como carne fraca, revelando o homem espiritual feito semelhante a Deus.

Êsse homem está infinitamente distante da matéria e da mortalidade, mas é conhecido do sentido espiritual. Forçado a procurar essa verdadeira compreensão acêrca do homem, aquêle que pranteia é abençoado e consolado. O véu da mortalidade levanta-se um pouco, e êle se regozija numa visão mais clara do homem imortal.

Quando vislumbramos a maravilha da imortalidade, estamos preparados para um descortino mais amplo da vida do que aquêle que o curto período de existência terrena nos propicia. Vemos a vida humana como que continuando depois da morte, até que estejamos preparados para despir-nos inteiramente da mortalidade. Mary Baker Eddy diz em Science and Health with Key to the Scriptures—Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras—(p. 429): "Os mortais despertam do sonho da morte com corpos invisíveis para aquêles que pensam estar enterrando o corpo." Essa conclusão tem de ser alcançada por todos quantos compreendem que os mortais desenvolvem e governam seus próprios corpos, e que o eu físico representa um estado não-espiritualizado da mente. É preciso, também, chegar à conclusão de que a morte é meramente um incidente na existência humana, e não o término dela. Só a espiritualização do pensamento pode demonstrar a vida eterna, como o mostra o modêlo estabelecido por Cristo Jesus.

A experiência humana que prossegue no outro plano de existência não precisa ser uma luta difícil, como talvez tenha sido nêste plano. O progresso pode muito bem ser um desdobramento interessante e feliz das verdades do ser, do que, finalmente, resultará a ascenção do indivíduo acima do sentido físico da vida. Cada passo de progresso é, indubitàvelmente, uma jubilosa diminuição das limitações impostas pela matéria e um aumento de domínio espiritual.

Em Science and Health encontra-se esta útil descrição do desenvolvimento contínuo do pensamento individual (p. 76): "Quando tiver progredido até conseguir a existência espiritual e a compreensão de Deus, o homem não poderá continuar comunicando-se com a matéria; nem poderá voltar a ela, assim como uma árvore não pode voltar à sua semente. Também não parecerá corpóreo o homem, mas será uma consciência individual, caraterizada pelo Espírito divino como idéia, não como matéria."

Conforta saber que no ser científico o homem não entrou na matéria e não sai dela pela morte. O homem existe como idéia imperecível da Mente divina, Deus, e o propósito da Christian Science é ver o homem nessa verdadeira luz. Então, não devemos deter-nos na personalidade de um mortal, nem apegar-nos ao sentido carnal do homem, do qual o falecido pode estar se desfazendo ràpidamente.

A necessidade de conhecer o homem tal qual é feito pela Mente, não diminui pela morte de alguém a quem amamos, mas sim aumenta. E a aflição sempre é mitigada e destruída quando se percebe, através da Ciência, "a consciência individual", que é "caraterizada pelo Espírito divino como idéia, não como matéria" —o estado perpétuo do homem real.

A vida do homem real é tão ininterrupta, tão contínua, como a Vida que êle reflete—a Vida divina, ou Deus. Sempre podemos elevar o pensamento à Vida única e tornar-nos conscientes do reflexo imorredouro da Vida, a verdadeira individualidade, que está tão presente e é tão onipotente como a própria Vida, tão imortal como a Vida que ela expressa. Isto não significa, de modo algum, que pode haver comunicação pessoal entre aquêles que se acham aqui e os que faleceram.

Vislumbrar, através da Ciência, a individualidade real daquêle que se foi, é destruir a tristeza, porque já um pequeno vislumbre oblitera um senso de separação. O desejo desesperado de ver novamente a personalidade mortal que nos deixou, se desvanece no verdadeiro desejo de ver o homem tão só como Deus o faz.

Nossa Líder diz em Pulpit and Press— Púlpito e Imprensa—(p. 4): "Quem vive no bem, também vive em Deus,—vive em tôda a Vida, através de todo o espaço." Mais adiante ela diz: "Sua existência é imorredoura, desdobrando sempre seu Princípio eterno. Esperai pacientemente no Amor ilimitável, o senhor e doador da Vida."

Com paciência e persistência, deve o Cientista Cristão abandonar tôda crença na vida material, pois que seus esforços habilitá-lo-ão a quebrar o sonho mortal da vida física para tôda a humanidade. O abandonar uma só pessoa a crença de que a morte é real, produz um impacto sôbre todo o pensamento humano. Dêste modo, os Cristãos científicos consolar-se-ão e ajudarão o mundo a despojar-se da crença de que a mudança chamada morte deve ser o destino de todos.

O Apóstolo Paulo disse (I Coríntios 15:26): "O último inimigo que será destruído é a morte." Ultimo, porque fundamental à crença de que há vida na matéria, e inimigo, porque oposto à verdade, é preciso alijar a mortalidade como experiência irreal de uma mente irreal. O sentido físico precisa ser vencido pelo caráter cristão. Então, compreender-se-á que o fenômeno humano da morte é uma ilusão, e será eliminado do pensamento humano pela realidade da vida indestrutível como Deus a cria. Ficará comprovado, assim, que o homem feito segundo a semelhança da Vida imortal, é o único homem.

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