Há pouco tempo, uma amiga do articulista, que havia chamado uma praticista da Christian ScienceNome dado por Mary Baker Eddy à sua descoberta (pronunciado: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã. para tratá-la de um estado nervoso, fêz uma observação sôbre a rapidez com que havia sido aliviada. Ela acrescentou que sempre havia recebido ajuda quando êsses ataques ocorriam. Uma definição que certo dicionário dá de "alívio" é, "aquilo que remove ou abranda o mal, a dor, etc." O uso que essa amiga fêz da palavra "alívio" como significando ajuda parcial ou temporária, chamou a atenção do articulista para a necessidade de se compreender o que realmente ocorre, quando um tratamento pela Christian Science é aplicado a condições humanas discordantes, para que se possa obter o mais completo benefício.
O tratamento pela Christian Science, ou seja o tratamento da doença pela oração científica, não tem igual. Não é um sistema de cura a competir com a matéria médica ou com outras formas de tratamento de males humanos, nem pode pròpriamente ser comparado com quaisquer outros métodos.
Quando se faz um pedido de tratamento pela Christian Science e êste é dado, acontece algo de muito especial e de muito maravilhoso. O método da Christian Science é inteiramente mental. Nossa Líder, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Christian Science, declara na página 400 do livro-texto Science and Health with Key to the Scriptures —Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: "Quando suprimimos a moléstia, por nos dirigirmos à mente perturbada, sem dar atenção ao corpo, provamos que só o pensamento cria o sofrimento."
E na página xi do Prefácio ao mesmo livro, Mrs. Eddy escreve: "A cura física pela Christian Science resulta hoje, como no tempo de Jesus, da operação do Princípio divino, ante o qual o pecado e a doença perdem sua realidade na consciência humana e desaparecem tão natural e tão necessàriamente, como as trevas dão lugar à luz, e o pecado cede à reforma."
"Só o pensamento cria o sofrimento." Por isso, quando há melhora como resultado de um tratamento pela Christian Science, deve ter havido uma mudança no pensamento ou na consciência do paciente. Essa mudança opera-se inteiramente por meios espirituais e mentais. Se o fenômeno da cura deve ser aceito como prova daquilo que a Christian Science sustenta, isto é, que tôda moléstia ou discórdia é êrro, ilusão, então nunca deverá haver retôrno do mal ou de seus sintomas.
Existem muitos tipos de moléstias para as quais o tratamento médico comum nada mais promete do que um alívio temporário do sofrimento. As vítimas de tais condições são avisadas de que terão de aprender a viver com as suas aflições; e, no caso de doença recorrente, o paciente geralmente não se surpreende quando a doença volta e êle tem de passar novamente por tôda aquela rotina de tratamento por que havia passado. Por outro lado, ao recorrer à Christian Science, deve-se esperar uma cura permanente.
Uma das familiares do articulista demonstrou a importância de encarar corretamente a cura, e fê-lo de uma maneira que é uma inspiração para todos quantos dela têm conhecimento. Ela havia sido vítima freqüente daquêle grande malfeitor que é o resfriado comum e de outras afecções similares chamadas variadamente gripe, influenza ou infecção por vírus.
Depois de tornar-se estudante da Christian Science, ela aprendeu a aplicar o conhecimento recem-adquirido ao tratamento dêsses males, quando apareciam. Geralmente, ela recebia ajuda imediata, porém, mais tarde, havia recorrência do mal.
Certa vez, quando acometida de um dêsses ataques, lembrou-se das palavras que Cristo Jesus dirigira a seus discípulos (João 8:32): "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Sentiu-se logo libertada, como de outras vêzes. Mais do que isto, porém, ela deu-se conta de que a Christian Science é o mesmo método de cura-cristã que Jesus havia usado. Como não consta na Bíblia tivessem alguma vez voltado os males por êle curados, convenceu-se de que não era necessária a recorrência do mal de que havia sofrido. Ela aceitou sua libertação como cura permanente em vez de como alívio temporário.
Finalmente, ela sabia que a mente carnal, ou magnetismo animal, como é chamado na Christian Science, não pode fazer uma lei para baldar o tratamento pela Christian Science, porquanto êsse tratamento aniquila tudo o que é dissemelhante do bem. Depois dessa experiência, não sofreu mais de resfriados ou de condições similares. Essa cura realizou-se há mais de vinte anos.
Tal caso de cura multiplica-se muitas vêzes entre os estudantes da Christian Science. Essas curas põem em relevo a necessidade e a ventura de considerar-se qualquer evidência de melhora, ainda que a mais ligeira, resultante do tratamento pela Christian Science, como manifestação do Cristo-que-cura e não como simples alívio temporário.
Nosso abençoado Mestre, Cristo Jesus, advertiu contra o êrro de esperar-se demasiado pouco de nossas orações a Deus, quando disse (Lucas 11:11–13): "Qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? ... Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àquêles que lho pedirem?"
A Christian Science revela que êsse Espírito Santo é o Consolador, ou Cristo. Segue-se, então, que o reconhecimento da ação do Cristo, a Verdade, na consciência humana individual resultará, como de fato resulta, em progresso gradual permanente para fora do êrro. Não importa quão inauspiciosa ou difícil possa parecer a situação a vencer, o toque da Verdade não produz um alívio apenas temporário, mas sim uma cura e uma regeneração espiritual.