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Vencida a Condenação de Si Mesmo

Da edição de janeiro de 1961 dO Arauto da Ciência Cristã


Deus, o Amor infinto, só conhece a perfeição e a harmonia. O mal é contrário à Sua natureza e não encontra guarida n'Êle. A Bíblia diz de Deus (Habacuc 1:13): "Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a iniquidade não podes contemplar" (Bíblia inglêsa).

Dêsse modo, o homem real, refletindo Deus, só pode experimentar um estado de impecabilidade. Êle é governado pela Alma, não pelo sentido. Quando nos damos conta de que o homem é o filho amado de Deus, cingido pela totalidade do Amor divino, ficamos habilitados a compreender que em realidade não podemos ser atacados pela sugestão de pecados ou de erros passados, e essa compreensão liberta-nos da condenação de nós mesmos.

Alcançar a perfeição, porém, é um processo gradual. Os mortais descobrem que talvez venham a tropeçar muitas vêzes antes de serem capazes de estabelecer uma medida de perfeição e de harmonia nas suas vidas. Enquanto se repetir um êrro, o resultado será o castigo. Sofrer por ter pecado é muitas vêzes o meio pelo qual os mortais são compelidos a trilhar o caminho da correção de si mesmos. E seria inútil procurar uma felicidade duradoura por qualquer outro meio sem ser pela reforma de si mesmo, "porque", como nos disse Cristo Jesus, "estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida" (Mateus 7:14).

Embora a necessidade de remover o mal de nossa experiência deva sempre ocupar o primeiro lugar em nosso pensamento, devemos acautelar-nos para não cedermos a formas menos reconhecíveis do pecado, como é a condenação de si mesmo.

Haverá algo mais desanimador do que condescender com essa espécie de pensar? A condenação de si mesmo pode, com segurança, ser rotulada como um dos mais debilitantes e devastadores pecados a que um mortal pode entregar-se. Embora seja no começo menos abominável do que as formas de pecado mais comumente aceitas, a condenação de si mesmo rouba aos mortais a paz de espírito e a alegria de viver.

Nossa Líder, Mrs. Eddy, diz em Miscellaneous Writings—Escritos Miscelâneos—(pp. 107, 108): "O gênero humano ou pensa demais ou demasiado pouco no pecado. O santo sensível e ansioso pensa demais no pecado; o pecador sórdido, ou o chamado cristão adormecido, nêle pensa demasiado pouco." Eis um pensamento que deveria ajudarnos a equilibrar nossas vidas para que se tornem para o mundo externo brilhantes exemplos de integridade e alegria.

"O santo sensível e ansioso" está tão deslocado quanto "o pecador sórdido, ou o chamado cristão adormecido". Se êste talvez necessita, de quando em quando, de uma sacudidela para ser despertado de sua prática pecaminosa ou de seu sono enganador, "o santo sensível e ansioso" necessita da certeza de que Deus o ama. Uma vez reconhecido um êrro, e alertado o pecador arrependido para uma possível repetição do delito, garantido lhe estará o sair de águas agitadas.

A Christian Science, que aos nossos atos dá a perspectiva apropriada, vem em socorro daquêle que luta contra um sentido de condenação de si mesmo por erros passados. Essa Ciência mostra-lhe, através de um raciocínio lógico, que nada de mal na sua experiência humana jamais esteve realmente incluído no seu ser verdadeiro.

A Christian Science parte da premissa da totalidade da Mente divina, o bem, e da conseqüente nulidade da matéria, o mal. A Vida, segundo o declara essa Ciência, é sinônimo de Espírito, e mostra que a existência é inteiramente espiritual. A Christian Science exclui de todo a matéria do reino da realidade, declarando-a êrro mortal, por ser a matéria contrária à supremacia do Espírito.

A consciência imbuída da totalidade do bem não pode apoiar-se ao mesmo tempo na noção de que o mal é real. "Inteiramente separada da crença num viver material, e no sonho dêsse viver material, está a Vida divina, que revela a compreensão espiritual e a consciência do domínio que o homem tem sôbre a terra," escreve Mrs. Eddy na página 14 de Science and Health— Ciência e Saúde.

A teologia escolástica procura fazer com que o sofrimento do indivíduo se prolongue além do ponto culminante do arrependimento ou da regeneração. A Christian Science, porém, explica que o pecado é perdoado uma vez definitivamente abandonado. O mortal regenerado não tem que pagar pelos pecados aos quais já deixou de se entregar. Acreditar o contrário é sujeitar-nos a sofrimento desnecessário, e freqüentes vezes amarra-nos a outra forma de pecado, mais sutil, ainda que aparentemente menos repreensível—a condenação de si mesmo.

Lemos em Isaias (1:18): "Vinde então, e arguí-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, êles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." Essas palavras indicam a necessidade imperiosa de se pôr um paradeiro aos males do arrependimento e da condenação de si mesmo, antes que êles tenham oportunidade de paralizar o nosso pensar.

Ter paciência com as nossas deficiências, combinado com um esfôrço sério para superá-los pela Verdade, é a lição a aprender em cada grau de progresso. Uma vez reconhecido um êrro e que dêle nos tenhamos arrependido sinceramente, denunciemo-lo e rejubilemo-nos na verdade de que o nosso eu real permaneceu de todo intacto, que o homem espiritual, o único homem que existe, nunca foi tocado pelo êrro. Então, teremos a alegria que sobrevém aos que se compenetraram, até certo ponto, da futilidade das reivindicações dos sentidos materiais. Então, veremos revelado o homem da criação de Deus, reto, puro, perfeito.

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