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A Medida do Amor Infinito

Da edição de abril de 1962 dO Arauto da Ciência Cristã


O verdadeiro valor não se acha em números. O bem que uma idéia ou um empreendimento contém determina-lhe o valor, e êste não pode ser calculado numèricamente. No entanto, uma das tendências inerentes à mente humana é sua inclinação para contar. Ela pensa e calcula em têrmos de matéria e de pessoas mortais; eis porque se preocupa com a escassez ou a superabundância de matéria, com suas faltas ou seus excessos.

A Christian Science, por outro lado, nos introduz no reino de Deus, a Verdade divina. Aqui, Deus, o bem, é o único poder, infinito em escopo, infinito em manifestação. Deus e Sua abundância estão onipotentemente onipresentes em todo e qualquer caso. O homem, como reflexo de Deus, possui todo o bem, agora mesmo, e êsse bem está tão livre de matéria, como o estão os números e as notas.

À luz desta Ciência, vemos que a abundância é uma condição da existência do homem e não alguma coisa que êle precisa acrescentar a si mesmo. No livro-texto da Christian Science, Science and Health — Ciência e Saúde — por Mrs. Eddy, lemos (p. 68): “A Christian Science apresenta desdobramento, não acréscimo.”

Que vasta diferença existe entre êsse conceito e o padrão do mundo com seu insaciável esfôrço de obter! A pressa, o impulso, a comparação e a competição que acompanham o ato de obter, são desconhecidos para quem se dá conta de que Deus é o poder único e que o homem é a expressão d'Êle mesmo.

Na medida em que nós, como estudantes da Christian Science, aprendemos mais a respeito dêsses fatos divinos, ficamos habilitados a viver e exercer algo mais da verdadeira natureza humana. Essa atividade espiritual manifesta-se sob a forma de melhores relações humanas, de doenças curadas, de maior longevidade. Mas o estudante sabe que, na Christian Science, êle não está convertendo matéria doente em matéria sadia, nem é seu objetivo transformar em polpuda, uma magra conta bancária. Êle compreende que não deve andar à procura de mais matéria ou de matéria diferente; em vez disso, deve sua crença na matéria ceder à presença do Espírito. E isto, inevitàvelmente, produz a cura.

É através do sentido espiritual que vemos o bem que já está aqui. É através do sentido espiritual que compreendemos não poder êsse bem ser divido ou separado em partes. Nossa necessidade não é, nunca, de mais saúde, de mais abundância, de mais imortalidade, mas, sempre, da visão espiritual que vê a abundância do bem que já está ao nosso alcance.

Enquanto pensarmos que a matéria seja substância, sentir-nos emos tentados a contar. Mas a compreensão de que a substância é Espírito, faz com que nosso pensamento se volva na direção oposta. Com êsse novo sentido de abundância vem uma nova avaliação da vida. Já não contados os anos que vivemos, os passos que subimos, as horas que dormimos ou não. E, embora pareça necessário contar nossa renda, não julgamos a plenitude de suprimento pelas moedas contadas.

Nossa Líder escreve em Science and Health (p. 246): “Se não fôsse o êrro de medir e limitar tudo o que é bom e belo, o homem viveria mais de setenta anos, conservando ainda o vigor, o viço e sua promessa.” Aquêle que compreende isso, fruirá algo mais do que a magra e restrita concessão de fôrça, de suprimento e felicidade que a mente mortal sustenta ser dêle. O Amor divino é ilimitado; e os fardos fatigantes dos anos adicionados, do pêso aumentado e dos problemas acrescidos, diminuem ao reconhecermos e vivermos a realidade divina.

O ministério de Cristo Jesus foi uma demonstração irrepreensível da realidade que sempre aparece, que é ilimitada e que está sempre à mão. Êle não ensinava que o bem é remoto, mas sim que está vivo e aqui. Quando interrogado sôbre o reino de Deus, respondeu (Lucas 17:20, 21): “O reino de Deus não vem com a aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou, Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está dentro de vós.”

Então, nosso bem, nosso suprimento, não é alguma coisa que existe no lado de fora. É o estado subjetivo do verdadeiro eu do homem como reflexo de Deus. Não é composto de matéria e objetos materiais, mas de idéias. Uma compreensão dêsse fato por parte do Cientista, toma forma de muitas maneiras, tais como em oportunidades cada vez maiores, em ofertas concretas de prestar serviços, em capacidade que se expande, em inteligência mais aguda e mais viva, em memória mais tenaz, em perspectiva impávida e sem peias. Essas evidências do bem são as provas, que se multiplicam, de estar Deus presente conosco.

É a crença na matéria que nos limita. É o aceitar a idéia de velhice, não o passar dos anos, que nos envelhece. É o admitir premência, não a falta de tempo, que nos impele. É a responsabilidade pessoal, não as exigências da Alma, que nos oprime.

A medida com que o Amor dá é infinita, sem penalidades e sem limitações. Nossa expressão dêsse Amor deve ser espontânea, transbordante. Não deve ser apenas para com alguns ou para com um número escolhido de pessoas que nos são caras. Deve ser tão ilimitada como o Amor infinito que ela reflete.

O Salmista cantou (Salmo 119: 18): “Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei.” A medida que abrimos nossa visão, à medida que deixamos de acumular e de contar e não mais lidamos com a matéria, veremos e experimentaremos as bênçãos incontáveis que nos pertencem por reflexo divino.

Com que clareza Mrs. Eddy declara essa verdade no seu livro Miscellaneous Writings — Escritos Miscelâneos — (pp. 60, 61): “Cada crença material sugere a existência de realidade espiritual; e se os mortais estiverem instruídos em coisas espirituais, ver-se-á que a crença material, em tôdas as suas manifestações, invertida, é o tipo e o representante de verdades inapreciáveis, eternas, e que estão imediatamente à mão.”

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