[Do Christian Science Journal, março de 1959]
A gratidão é a nota tônica da cura na Christian ScienceNome dado por Mary Baker Eddy à sua descoberta (pronuncia-se: Crístien Çá'iens). A tradução literal destas palavras é: Ciência Cristã.. Ela abre a porta a fim de que seja acolhido o bem que o Amor tão abundantemente faz jorrar para o paciente e o praticista. O ser grato e o dar estão correlacionados na Christian Science. Nestes tempos em que o custo de vida sobe cada vez mais, é bom examinar a medida com que damos.
Com conselho e advertência, nossa prudente e amada Líder, Mary Baker Eddy, guia tanto o praticista como o paciente no que diz respeito à remuneração apropriada pelo tratamento-pela-Christian-Science. O artigo dela intitulado “O trabalhador e seu salário”, constante na página 214 do livro The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany — A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea — trata proveitosamente dêsse assunto; de igual maneira tratam-no a pergunta e a resposta que começam na página 13 de “Rudimentos da Ciência Divina”.
Sob a rubrica “Honorários dos Praticistas”, Mrs. Eddy diz (Miscellany — Miscelânea — p. 237): “Os praticistas da Christian Science devem equiparar seus honorários aos dos médicos conceituados de suas respectivas localidades.”
Dessa declaração podemos deduzir que Mrs. Eddy contava com que os honorários dos praticistas da Christian Science aumentariam na mesma proporção que os honorários dos médicos da comunidade. É óbvio que nossa Líder não estava cogitando nos honorários do especialista de nossos dias, mas sim nos justos honorários de um médico conceituado. Além disso, deve o praticista ter em mente que, enquanto na prática médica o paciente costuma consultar o médico intermitentemente, na prática da Christian Science, o praticista talvez tenha de tratar de um determinado problema diàriamente, até que êste fique resolvido. Por conseguinte, a justiça nascida de um sentido vivificado do Princípio divino, o Amor, precisa caracterizar todo o procedimento entre o praticista e o paciente.
No fixar a taxa de tratamento-pela-Christian-Science devem servir de guia as condições locais, e tal taxa deve resultar da demonstração. Por exemplo, nas áreas metropolitanas, onde o praticista tem que manter um gabinete no centro, a um aluguel alto, a taxa é naturalmente mais elevada do que nas comunidades rurais. Falando de um modo geral, o praticista deve decidir-se por uma taxa adequada e, tomando-a como base, ajustar seus honorários de acôrdo com a duração do tratamento que tiver dado e a capacidade de pagar que tenha o paciente. Nossa Líder indica isso no Manual of The Mother Church (Manual d'A Igreja-Mãe), artigo VIII, seção 22, segundo parágrafo. Convém aqui chamar a atenção do leitor para a grande importância que tem êsse regulamento inteiro.
Deve o paciente, por outro lado, compenetrar-se da aplicabilidade da declaração que nossa Líder faz em Rudimentos da Ciência Divina (p. 14): “O estudante que paga terá, necessàriamente, de ser melhor sucedido do que aquêle que não paga, e que no entanto espera e exige que outros lhe paguem a êle.”
É preciso lembrar que o praticista dedica todo o tempo ao desempenho de seu mister e que o artigo XXV, seção 9, do Manual lhe proíbe exercer qualquer outra profissão ou seguir qualquer outra vocação enquanto o seu anúncio figurar na relação de praticistas do Christian Science Journal. A prática da Christian Science é um ministério que deve ser exercido com tôda reverência. Ela exige que o praticista ore sem cessar e lhe impõe uma vida de dedicação. No artigo VIII, seção 22, as qualidades de humanidade, benevolência, perdão, longanimidade e a superação do mal pelo bem estão enumeradas como essenciais na prática da Christian Science.
Quando o praticista e o paciente são movidos pelo Princípio divino, ninguém, só pelo fato de aparentar impossibilidade de pagar o tratamento, ficará excluído de receber tratamento-pela-Christian-Science. Em vez disso, o tratamento rompe o mesmerismo de pobreza. A gratidão por parte do praticista habilita êste a ver o homem como semelhança de Deus, isto é, nem pobre nem doente. A gratidão por parte do paciente faz com que êste se sinta não só desejoso mas também capaz de recompensar apropriadamente os inestimáveis benefícios que recebe.
Cristo Jesus, nosso Guia, disse (Lucas 6:38): “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” E tanto o amado Mestre como também nossa venerada Líder exemplificaram êsse dar.