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Um Fato Registrado

Da edição de abril de 1963 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Monitor


Dos Anais do passado, muitas vêzes colhemos informações vitais que nos servem de guia para tomarmos decisões no presente. Um advogado, por exemplo, pode citar o julgamento que foi pronunciado num caso anterior visando a obter uma decisão favorável no tribunal. Médicos, engenheiros e cientistas físicos, muitas vêzes põem-se a esquadrinhar históricos de casos e experimentos para determinar um método ou um processo a ser adotado a fim de resolver problemas relacionados com seus respectivos campos. É pois natural que a humanidade, ao procurar orientação e diretriz em coisas de natureza espiritual, se volva ao registro das Escrituras Sagradas.

Desde muito tempo, a humanidade tem procurado compreender a relação íntima entre Deus e o homem, relação essa que está inequìvocamente estabelecida no primitivo registro bíblico da criação. O Livro do Gênesis registra que Deus disse (1:26): “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Aprendemos também da Bíblia que Deus é Espírito. Não devemos concluir dêsse registro que o homem, feito à imagem e conforme a semelhança de Deus, Espírito, tem de ser, e de fato é, espiritual?

Outra afirmação inequívoca constante nesse registro da criação é que Deus “viu tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (vers. 31). Então, de onde é que vem o mal? A única resposta lógica a essa pergunta é que o mal apenas parece existir. Êle é uma ilusão, um mito. Não é razoável pensar que Deus seja capaz de dividir os Seus interêsses tanto com o bem quanto com o mal. Como é que um Deus infinitamente bom, ou seja o Espírito, poderia criar alguma coisa tão dissemelhante d'Êle mesmo e dar a essa coisa o poder de fazer mal à Sua imagem e semelhança? O esfôrço do mal sempre consiste em apagar o registro do bem, em causar separação entre Deus e o homem. Deus não criaria a relação entre Pai e filho, permitindo a seguir que o mal eliminasse ou destruísse essa relação. O mal não pode ser atribuído a Deus, e nunca devemos esquecer que não há realidade em coisa alguma que Deus não tenha criado.

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