Dos Anais do passado, muitas vêzes colhemos informações vitais que nos servem de guia para tomarmos decisões no presente. Um advogado, por exemplo, pode citar o julgamento que foi pronunciado num caso anterior visando a obter uma decisão favorável no tribunal. Médicos, engenheiros e cientistas físicos, muitas vêzes põem-se a esquadrinhar históricos de casos e experimentos para determinar um método ou um processo a ser adotado a fim de resolver problemas relacionados com seus respectivos campos. É pois natural que a humanidade, ao procurar orientação e diretriz em coisas de natureza espiritual, se volva ao registro das Escrituras Sagradas.
Desde muito tempo, a humanidade tem procurado compreender a relação íntima entre Deus e o homem, relação essa que está inequìvocamente estabelecida no primitivo registro bíblico da criação. O Livro do Gênesis registra que Deus disse (1:26): “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Aprendemos também da Bíblia que Deus é Espírito. Não devemos concluir dêsse registro que o homem, feito à imagem e conforme a semelhança de Deus, Espírito, tem de ser, e de fato é, espiritual?
Outra afirmação inequívoca constante nesse registro da criação é que Deus “viu tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (vers. 31). Então, de onde é que vem o mal? A única resposta lógica a essa pergunta é que o mal apenas parece existir. Êle é uma ilusão, um mito. Não é razoável pensar que Deus seja capaz de dividir os Seus interêsses tanto com o bem quanto com o mal. Como é que um Deus infinitamente bom, ou seja o Espírito, poderia criar alguma coisa tão dissemelhante d'Êle mesmo e dar a essa coisa o poder de fazer mal à Sua imagem e semelhança? O esfôrço do mal sempre consiste em apagar o registro do bem, em causar separação entre Deus e o homem. Deus não criaria a relação entre Pai e filho, permitindo a seguir que o mal eliminasse ou destruísse essa relação. O mal não pode ser atribuído a Deus, e nunca devemos esquecer que não há realidade em coisa alguma que Deus não tenha criado.
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