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A Teoria e a Prática

Da edição de abril de 1964 dO Arauto da Ciência Cristã


A teoria sem prova é uma experimentação intelectual, uma hipótese oferecida como explicação de certos fenômenos, de suas causas e de suas relações; por isso, ela denota especulação ou contemplação. Por outro lado, uma teoria confirmada pela aplicação de suas verdades básicas é ciência exata, porquanto pode ser compreendida e posta em prática com pleno êxito.

Muito embora no domínio das ciências físicas o estabelecimento de teorias e sua subseqüente substituição por novas hipotéses seja um meio de pesquisas reconhecido, em teologia, no estudo das ideias religiosas concernentes a Deus, as teorias tornam-se meras deduções tiradas de premissas concebidas pelo homem, as quais necessàriamente ficam sem resultado. Expor teorias sem apresentar provas não pode promover o esclarecimento da humanidade.

Aquilo que é especulativo, aquilo que é experimental, a mera teoria, nenhum lugar encontram na Ciência Cristã [Christian Science Pronuncia-se: Crístien Çá'iens.] cuja teoria, ou teologia, inclui sua prova — a cura dos doentes. A teologia desta Ciência não consiste em crenças doutrinárias variáveis, e sim em enunciados sôbre a verdade absoluta concernente ao ser, que foram ensinados e provados por Cristo Jesus; é, portanto, a teologia de Cristo Jesus que, muito embora caída em esquecimento, permaneceu inalterada através dos longos séculos, como sempre acontece com a verdade. Essa teologia foi discernida por Mary Baker Eddy, amplamente provada e mais tarde explicada plenamente por ela na Ciência Cristã [Christian Science]

A teologia da Ciência Cristã [Christian Science] constitui sua Ciência. Ela declara e prova que Deus é Espírito, Mente, Vida, causa criadora infinita, e que o homem e o universo — o efeito de Sua atividade criadora — são a expressão, ou imagem, espiritual de Deus. Ela explica que o Cristo, a Verdade, é a mensagem do Cristo, a qual apresenta a natureza do homem verdadeiro como indestrutível, como o ser espiritual criado e governado por Deus, e ensina que Jesus, o cristão mestre, provou essa verdade durante tôda a sua vida graças à sua compreensão inerente do Cristo.

Entre os enunciados contidos no livro “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras” de autoria de Mrs. Eddy que explicam Deus, o homem e a compreensão semelhante ao Cristo, que cura, encontram-se êstes:

“Deus é infinito, a única Vida, substância, Espírito, ou Alma, a única inteligência do universo, inclusive o homem” (p. 330).

“O homem imortal era e é a imagem ou ideia de Deus, ou seja, a expressão infinita da Mente infinita, e o homem imortal é coexistente e coeterno com essa Mente” (p. 336).

“A compreensão acêrca do ser científico e da cura divina — compreensão que se assemelha ao Cristo — inclui um Princípio perfeito e uma idéia perfeita — Deus perfeito e homem perfeito — como base do pensamento e da demonstração” (p. 259).

Da infinidade ou totalidade de Deus, Verdade, Vida e Amor divinos, segue-se a inevitável conclusão de que a matéria é uma nulidade. Isto, por sua vez, aponta para a irrealidade, ou natureza puramente ilusória, das sensações e das exigências da matéria, suas dores e prazeres, suas ameaças e promessas. É êste um dos pontos mais importantes da teologia, isto é, a Ciência, da Ciência Cristã [Christian Science].

Como essa teologia é diametralmente contrária a tôdas as percepções dos sentidos e ao modo de pensar habitual, esta Ciência teria desaparecido há muito tempo, não fôra a prática curativa de sua teologia, a qual há bem mais de noventa anos, vem fornecendo amplas provas de sua verdade. Essas obras de cura estão sendo repetidas em novas áreas em todo o mundo onde a Ciência Cristã [Christian Science] se firmou entre as nações e as raças humanas. A fôrça e a permanência da Ciência do Cristo encontram-se nesta prova contínua de seus enunciados na cura das doenças físicas, dos falsos apetites, do ódio, do mêdo, da cobiça, da inveja e de todos os impulsos desastrosos e destrutivos do modo de pensar materialista.

A capacidade de provar um teorema de ciência física depende tão só da compreensão que dela se tenha; ela parece em grande parte independente de quaisquer qualidades morais ou éticas. Mas na Ciência Cristã [Christian Science], a compreensão intelectual de sua teologia não nos habilitará, por si só, a comprovar seu poder e sua eficácia. Uma sã moral, uma profunda fidelidade ao bem, um sentido espiritual despertado, que percebe o único poder de Deus e Seu amor vivificante, e que conhece a irrealidade de tudo quanto queira opor-se a Êle, são as qualidades que dão às nossas declarações científicas vitalidade e clareza espirituais, as quais, por sua vez, apresentam a prova prática de que a teologia da Ciência Cristã [Christian Science] não é mera teoria, e sim Ciência absoluta.

Expor teorias sôbre as virtudes ou simplesmente pretender praticá-las não é o suficiente para de fato ser virtuoso. A espiritualização do caráter realiza-se unicamente graças a uma profunda e interna devoção às elevadas normas espirituais da Ciência Cristã [Christian Science]. Tal devoção manifesta-se pela inteira boa-vontade para abandonar os velhos modos materiais de pensar, para resistir aos impulsos pouco amáveis, cheios de mêdo ou pecaminosos que dêles decorrem e para os destruir. É a sinceridade total que permite nos submetermos à disciplina espiritual dessa Ciência. Sem tal submissão, faltar-nos-á a capacidade de provar sua teoria.

Como a teologia da Ciência Cristã [Christian Science] rejeita todo testemunho apresentado pelos sentidos, ela vai de encontro a tôdas as crenças humanas básicas concernentes à vida e à substância, concernentes à fonte da inteligência e sua utilização, e até concernentes à natureza da própria realidade. Embora os enunciados radicais da Ciência possam, por essa razão, despertar o antagonismo de certas pessoas, até mesmo o pesquisador parcial não pode deixar de ficar pensativo ante as provas tangíveis das verdades que eles ensinam.

A grande necessidade que temos de enfrentar consiste em fazer da teoria do Cristo uma realidade viva e uma bênção viva, pondo-a em prática em nossa própria vida. Não é suficiente compreender; é preciso fazer alguma coisa. Está isso ilustrado pela história do intéprete da lei, o qual, com o intuito de pôr Cristo Jesus em situação embaraçosa, perguntou (Lucas 10:25): “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” A título de resposta, Jesus lhe perguntou qual era a lei que prescrevia o meio de alcançar tão alto objetivo. O homem recitou fluentemente o mandamento segundo o qual devemos amar a Deus de todo o coração e ao nosso próximo como a nós mesmos. Êle conhecia bem a letra da lei. Então o Mestre lhe tornou bem claro êste ponto: “Respondeste corretamente; faze isto, e viverás.”

Quando, em resposta ao desafio seguinte: “Quem é o meu próximo?” Jesus respondeu com a história do bom samaritano, o intérprete da lei mais uma vez mostrou sua compreensão teórica da idéia de que um próximo é aquêle que tem misericórdia de outro. Novamente replicou o Mestre: “Vai, e procede tu de igual modo.”

O conhecimento teórico não é suficiente; temos de provar aquilo que sabemos, vivendo-o. É a prática da Ciência Cristã [Christian Science] que confirma plenamente o puro cristianismo de sua teologia.


Assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta. — Tiago 2: 26.

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