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A Vida é Tudo

[Original em alemão]

Da edição de julho de 1966 dO Arauto da Ciência Cristã


Em linguagem comum empregam-se juntamente as palavras “vida” e “morte” como se estivessem associadas. Todavia, na Ciência Cristã aprendemos que uma exclui a outra. Em seu livro Ciência e Saúde (pp. 289, 290), Mrs. Eddy afirma: “Por ser Deus a Vida, a Vida tem de ser eterna e auto-existente.”

Por não existir deterioração no Espírito ou no universo espiritual, é óbvio que não há morte para as idéias espirituais de que se constitui êsse universo. O universo espiritual manifesta atividade incessante, ou vida.

Que dizer, porém, da vida do homem? João declara que Deus é o Verbo, e que o Verbo é a Vida. A Vida do homem é Deus, a consciência única, infinita. A unidade do homem com Deus é a realidade referente ao homem feito à imagem de Deus, segundo a Sua semelhança. Cristo Jesus reconheceu êsse fato em sua oração (João 17:11): “... guarda-os em teu nome, que me deste, para que êles sejam um, assim como nós.”

A Vida é auto-existente, portanto é eterna. Que é, pois, a morte? À página 584 de Ciência e Saúde Mrs. Eddy assim inicia sua definição de “morte”: “Uma ilusão, a mentira de que há vida na matéria; o irreal e falso; o oposto da Vida.” E declara ela, no final do parágrafo imediato: “Tôda evidência material de morte é falsa, pois contradiz as realidades espirituais da existência.”

A morte não é uma transição da existência para a não-existência. É uma crença originária do sonho sensorial de que há vida na matéria. Êsse conceito sôbre a morte está de inteiro acôrdo com a Bíblia. Na parábola do filho pródigo vemos que o filho mais môço fôra vítima dessa ilusão de que há vida na matéria. Contudo, foi forçado a reconhecer o que cedo ou tarde todos os homens descobrem, a saber, que nem o verdadeiro gôzo nem a segurança podem ser encontrados na sensação de existência material. Mudando sua maneira de pensar, achou êle o caminho de retôrno à verdadeira compreensão de sua afinidade com o pai. Então o pai pronunciou estas palavras significativas (Lucas 15:24): “...êste meu filho estava morto e reviveu...”

Por sua vida exemplar, o Mestre nos mostrou como podemos, e em realidade devemos, sair da ignorância da morte para entrar na luz da vida. Paulo, que reconheceu isso claramente, admoestava: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará” (Efésios 5:14). Ninguém é poupado à transformação ocasionada pelo despertar do sonho material, e quanto mais cedo decidirmos permanecer vigilantes e viver de modo consciente, de acôrdo com a verdade relativa ao ser, como foi ensinado por Jesus, tanto mais cedo participaremos da harmonia da natureza divina. E então seremos chamados os filhos de Deus, filhos da ressurreição — ressurreição da crença em morte. Algum dia todos teremos de alcançar êsse estado, pois Jesus disse: “Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para êle todos vivem” (Lucas 20:38) .

Vida é Amor. Que seria a vida, ou atividade, se não tivesse um significado, se não fôsse impulsionada pelo amor como sua fôrça motriz? Como podem os homens participar da Vida divina, ou o Amor? Na resposta a esta pergunta pode ser útil uma ilustração técnica.

Se desejamos ouvir um programa de determinada estação de rádio, temos que sintonizar nosso receptor na onda dessa estação. Se desejamos receber a Vida divina, ou o Amor, devemos, por assim dizer, sintonizar todo nosso ser com o Amor; devemos, nós próprios, expressar amor, temos de irradiar amor. Mrs. Eddy veste êste pensamento com as seguintes palavras: “A ambição isenta de egoísmo, os nobres motivos de vida e a pureza — êsses elementos do pensamento, ao se associarem, constituem individual e coletivamente a verdadeira felicidade, fôrça e permanência” (Ciência e Saúde, p. 58).

Isso não será difícil para aquêle que começa seu dia com oração e se protege do mal, ou sugestões materiais, estudando a Lição-Sermão delineada no Livrete Trimestral da Ciência Cristã. Êsse indivíduo contemplará o mundo, seu próximo e a si mesmo com olhos diferentes dos que tinha antes. Reconhecerá de imediato qualquer espécie de desarmonia como um mal impessoal, e o rejeitará. Ao anoitecer, quando examinar cuidadosamente seus pensamentos e verificar com satisfação que manteve sua harmonia e equilíbrio durante todo o dia, reconhecerá que, até certo ponto, expressou a Vida divina.

Nossa tarefa está habilidosamente indicada no hino nº 144 do Hinário da Ciência Cristã:

Devemos destruir os sentidos mortais,
Se quisermos trazer à luz
As maravilhas da Mente eterna,
Onde os sentidos se perdem na visão infinita.

Pois Deus, o Princípio imortal,
Está conosco em tôda parte;
Êle nos mantém perfeitos em Seu amor,
E somos portadores de Sua imagem.

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