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O Dia de Deus versus o Tempo

[Original em português]

Da edição de julho de 1966 dO Arauto da Ciência Cristã


Nossa Líder, Mrs. Eddy, em Ciência e Saúde nos dá a seguinte definição de tempo (p. 595): “Medidas mortais; limites, dentro dos quais estão todos os atos, pensamentos, crenças, opiniões e conhecimentos humanos; matéria; êrro; aquilo que começa antes e continua depois daquilo que se denomina morte, até que o mortal desapareça e a perfeição espiritual apareça.”

Vivemos numa época em que grande parte de nossa lida diária se fez por meio de máquinas. Justo seria pensar que devêssemos ter e despender cada vez mais tempo com realizações úteis e agradáveis. No entretanto, é muito freqüente ouvirmos dizer: “Gostaria tanto de fazer isto ou aquilo, mas não tenho tempo.” E o interessante é notar que só nos falta tempo para fazer as coisas que consideramos boas, sejam elas diversões, distrações, descanso, etc., pois que para trabalhos monótonos, aborrecimentos etc., o tempo chega, e até demais!

A Ciência Cristã nos ensina o porquê dêsse problema, e a autora dêste artigo aprendeu a usar êsses ensinamentos em sua vida diária.

Tudo indica que a idéia de tempo é relativa. Pensando no universo imenso, concluímos que o tempo torna-se ridículo, principalmente quando sabemos que há astros cuja luz leva anos para chegar ao nosso planêta! Isso quer dizer que para chegarmos até tais astros, usando um veículo que atingisse a velocidade da luz, levaríamos muitos anos, e até séculos para atingi-los, e em alguns casos milhões de anos!

Sabemos que o dia lunar e o dia marciano não têm a mesma duração do nosso, aqui na terra. E que dizer, então, do fenômeno que ocorre nas viagens rápidas como as que se fazem de avião, viajando em sentido contrário ao da rotação da terra, podendo-se, de acôrdo com o relógio, chegar a um lugar antes mesmo da hora da partida? Tudo isso é relativo, e nisso não vemos nem sequer um vislumbre da idéia do infinito ou do absoluto!

A Ciência Cristã ensina que o dia de Deus não tem aurora nem ocaso, porque Deus apenas conhece a luz, sem comêço nem fim. A luz divina não depende de revoluções terrestres nem de sistemas solares. Essa luz é desprovida de sombras, porque a sombra só existe onde existe um corpo opaco, e Deus, sendo o Espírito, é a Mente, onde não há lugar para a opacidade.

Mrs. Eddy, no capítulo do Gênesis, ainda no seu livro Ciência e Saúde, nos faz ver que os dias da criação espiritual são antes de inspiração e revelação, do que pròpriamente o comêço das coisas. Em resposta ao mandamento de Deus: “Haja luz” (Gênesis 1:3), houve luz. Mrs. Eddy diz, à página 504 de Ciência e Saúde: “Essa luz não provém do sol, nem de chamas vulcânicas, mas é a revelação da Verdade e das idéias espirituais.” E mais adiante, na mesma página, acrescenta: “Nem raios solares nem revoluções planetárias formam o dia do Espírito.”

No universo espiritual de Deus, constituído de idéias, não há medidas físicas. Não há ontem nem amanhã, pois as idéias da Verdade são destituídas de tempo. O infinito bem supremo conhece apenas o agora, sem princípio nem fim. Êsse agora é o dia espiritual; êsse agora é o dia a respeito do qual o salmista escreveu (Salmos 118: 24): “Êste é o dia que o Senhor fêz; regozijemo-nos e alegremo-nos nêle.”

Êsse dia não conhece limitação. É a nossa idéia de tempo que nos faz ver o fim das coisas; que limita tôdas as coisas que consideramos boas. E é essa mesma idéia de tempo que, determinando a duração das coisas, nos causa o mêdo de perdê-las.

É na idéia do dia infinito que nos regozijamos e nos alegramos, pois na plenitude do bem espiritual, sabemos que tôdas as idéias de Deus foram criadas infinitamente boas, harmoniosas e completas, perfeitas como é perfeito o seu criador. Dentro dessa idéia do dia espiritual, não existe a menor parcela de êrro, pois Deus, que é perfeito, ocupando o infinito não deixa haver lugar para a imperfeição.

Nesse glorioso dia não há desassossêgo, aflição, má vontade, desinterêsse, desarmonia, desentendimento, nem qualquer coisa contrária ao infinito equilíbrio e perpétuo amor. Cristo Jesus, que, melhor que tôdas as demais pessoas, compreendeu a natureza de Deus, provou para todos os homens que o eterno e perfeito dia de Deus é agora.

Quando sinceramente aplicamos nosso entendimento aos problemas diários, resolvemos problemas que antes nos pareciam insolúveis. Voltamos a ter fé e renova-se o nosso amor à vida. Notamos, então, que sòmente os nossos problemas devem voltar ao nada de onde saíram, só os nossos pensamentos, as nossas crenças, as nossas opiniões e os nossos conhecimentos humanos devem desaparecer a fim de que a perfeição espiritual apareça, e possamos gozar do “dia que o Senhor fêz.”

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