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“Portanto, sêde vós perfeitos”

[Original em alemão]

Da edição de julho de 1967 dO Arauto da Ciência Cristã


Muitos crêem que Deus nos envia não só o bem, mas também o mal, e que os desastres, o pecado, a enfermidade e a morte provêm dÊle; daí aceitarem tudo isso como realidade. A Ciência Cristã corrige essa crença errônea, que turva o pensamento claro e faz parecer admissível a existência de uma criação de contradições e opostos. Essa crença pretende vincular a desarmonia à harmonia, e fazer jorrar da mesma fonte o que é doce e o que é amargoso.

A Bíblia nos aponta a verdade inequivocamente, pois nos diz, no primeiro relato da criação (Génesis 1:31): “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Deus, o bem, o único criador, fêz tudo o que está feito, e o fêz muito bom; Êle está sempre presente e enche todo o espaço. Nada pode limitar a onipotência de Deus ou a onipresença do Ser. O bem, ou Deus, não pode ser governado pelo mal. A perfeição não pode converter-se ou acabar em imperfeição.

O profeta Amós recomendou aos israelitas (5:14): “Buscai o bem e não o mal, para que vivais: e assim o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.” “Buscar o bem” significa buscar a Deus, aproximar-se dÊle — o grande Eu sou reconhecendo que Êle é o único criador, o único poder, o único bem. Significa obedecer ao mandamento formulado por Jesus, nestas palavras: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de tôda a tua alma, e de todo o teu entendimento” (Mateus 22: 37).

À página 587 do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, nossa venerada Líder, Mrs. Eddy, define Deus como segue: “Deus. O grande Eu sou; Aquêle que tudo sabe, que a tudo vê, que é todo-atuante, todo-sábio, a tudo ama, e que é eterno; Princípio; Mente; Alma; Espírito; Vida; Verdade; Amor; tôda a substância; inteligência.” Êste Deus é o Pai e Mãe do homem que é criado à Sua imagem; é o criador que viu que era muito bom tudo quanto fizera. Acaso não deveríamos ser gratos por têrmos um tal Pai-Mãe?

Disse Cristo Jesus aos seus ouvintes, no que desde então tem sido chamado o Sermão do Monte: “Portanto, sêde vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48). Nosso Mestre não disse que vamos tornar-nos perfeitos, mas sim, que devemos ser perfeitos. Isso quer dizer que devemos demonstrar, aqui e agora, a perfeição do ser imortal.

Contudo, alguém poderá perguntar: “Como poderei fazer isso num mundo de lutas, insatisfação, tensões sociais, discórdia?” A esta pergunta a Bíblia dá também a resposta, apontando claramente o modo de fazê-lo, pois escreve Paulo em sua Epístola aos Romanos (12:2): “E não vos conformeis com êste século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Obedecer à vontade de Deus — expressar perfeição — significa refletir Deus, o bem, o Amor e a Verdade vivos. Em nos tornando cônscios de nossa condição de filhos de Deus, estaremos nos transformando pela renovação de nossa mente.

É-nos necessário compreender que o homem criado por Deus não está na matéria nem é feito de matéria, e que a matéria não pode fazer o corpo ver, ouvir, sentir, pensar ou falar, e nem pode governar o homem ou fazê-lo adoecer. Deus é Espírito; portanto o homem, criado por Deus, é espiritual, eterno e perfeito, e está sujeito somente à lei do Princípio divino.

O pecado, a doença e a morte expressam desarmonia e imperfeição, precisamente o oposto da harmonia e perfeição. São contrários à lei do Ser divino e não fazem parte de Sua criação; são ilusões da mente mortal e nada têm em comum com o Cristo, a Verdade. Logo que se reconhece a Verdade, essas ilusões desaparecem na sua insignificância inata.

Assim como o êrro não é parte da aritmética, nem a nota errada é uma parte da música, tampouco a doença ou a desarmonia fazem parte do Ser. Na perfeição não há lugar para a imperfeição; na Verdade não há lugar para o êrro. Lemos em Ciência e Saúde (p. 468): “Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo.”

A ordem “Portanto, sêde vós perfeitos” deve despertar em nós o desejo, o anelo de rejeitar tudo que se oponha à realidade, à Verdade ou até mesmo à perfeição. Precisamos aprender a ver o universo tal como Deus, o bem, o criou, para que possamos reconhecer e expressar o Cristo, a Verdade. Sòmente quando adquirirmos domínio sôbre as faculdades que Deus nos concedeu é que seremos salvos do pecado, da doença e da morte, bem como do êrro, do mêdo e da desarmonia, e então veremos o bem perfeito e imortal.

À medida que nos transformamos pela renovação mental, começamos a demonstrar a perfeição e a testificar de Deus, o Amor divino, em tôda a Sua glória, poder e fôrça. Escreve nossa Líder nas páginas 253 e 254 do livro-texto da Ciência Cristã: “O preceito divino: “Portanto, sêde vós perfeitos”, é científico, e os passos humanos que levam à perfeição são indispensáveis.”

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