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A Responsabilidade dos Pais

Da edição de outubro de 1968 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma das grandes bênçãos que a Ciência Cristã outorga aos pais é o conhecimento de como orar eficazmente por seu próprio filho. Essa oração coloca mentalmente o filho no reino celestial de Deus, na própria presença de seu Pai-Mãe Deus, onde êle é uno com o seu Princípio divino, o Amor. Mrs. Eddy afirma em Ciência e Saúde, (p. 2): “A oração não pode modificar a Ciência do ser, mas contribui para pôr-nos em harmonia com essa Ciência.”

O pai não está espiritualizando um filho mortal por meio dêsse trabalho feito em oração. Êle está espiritualizando o seu próprio conceito acêrca da criança, vendo-a como ela realmente é, a imagem e semelhança de Deus, espiritual e imortal.

Os jovens são atacados por uma série de males, que se apresentam sob vários disfarces. Se a criança não é capaz de defender-se, sôbre que ombros repousa o dever de defendê-la? Acaso não repousa em alguém que pode detectar o êrro, destruir sua realidade aparente, e compreender a perfeição da criação de Deus? Até que uma criança seja ensinada a fazer o seu próprio trabalho metafísico para manter sua bondade inata, a responsabilidade cabe aos pais, e é muito bom para aquela criança, que os pais estejam de sentinela, sempre alerta, guiando-se pela Verdade. Mrs. Eddy nos dá um vislumbre da natureza e do poder da Verdade quando diz: “A Verdade é uma espada de dois gumes, que protege e guia” (ibid., p. 538).

A falsa educação tenta embutir no pensamento dos pais uma certa apatia e um senso de inaptidão para arcar com as necessidades da criança. Essa educação analisa a criança como um mortal corpóreo com uma natureza humana finita, com um modêlo prèviamente arranjado de temperamento e comportamento. Essas teorias são vagas imaginações da mente carnal, ou mortal, e precisam ser silenciadas com tanto vigor como quando negamos a dor ou a discórdia. Não importa quão plausível ou lógica seja uma teoria material, ainda assim é uma invenção da mente mortal.

A realidade divina acêrca dessa criança é que ela não tem uma natureza humana que necessita ser analisada ou cultivada. Sua natureza é constituída de qualidades semelhantes ao Cristo, desenvolvendo-se contìnuamente como o reflexo completo de tudo o que Deus é. Sob o título marginal “A natureza divina aparece”, Mrs. Eddy escreve em Ciência e Saúde (p. 509): “Os períodos da ascensão espiritual são os dias e as estações da criação da Mente, na qual a beleza, a sublimidade, a pureza e a santidade — sim, a natureza divina — aparecem no homem e no universo para nunca mais desaparecerem.”

Junto com a mentira da mente mortal acêrca da natureza e do bom comportamento humano, vem a mentira sôbre o mau comportamento. A ameaça de desobediência é uma cunha que o magnetismo animal repetidamente tenta lançar entre os pais e a criança. A mentira sustenta que duas ou mais mentes humanas separadas pendem para direções opostas. Nesse caso também, a Ciência divina expõe a mentira, ao revelar a presença de um Deus único, daí uma Mente única, refletida igualmente por pais e filho. Essa Mente única é o Princípio divino, produzindo e mantendo sòmente a harmonia. Por isso cada expressão individual do Princípio divino atua em obediência à lei que a cria e governa.

Medidas disciplinares adequadas, todavia, são necessárias para corrigir uma criança desobediente. Mas vale a pena compreender que cada punição deve consistir em condenar o mau comportamento, e não a criança, separando do filho da criação de Deus a mentira da desobediência. A conduta errônea deve ser relegada ao esquecimento porque em realidade não faz parte da verdadeira identidade da criança. Quando uma criança tem idade suficiente para compreender êsse conceito, resolvem-se e eliminam-se ràpidamente situações discordantes, e os pais e a criança se sentem mais próximos a Deus e mais chegados entre si.

Uma Cientista Cristã notou a grande utilidade dos sete sinônimos de Deus em seu trabalho metafísico diário para o seu filho. Iniciando o trabalho pensando em Deus como Mente, Espírito, e Alma, a mãe compreendeu que Seu reflexo é inteligente e espiritual, possuindo beleza, paz e individualidade. Pensando acêrca de Deus como Princípio e Vida, ela percebeu que Seu reflexo é obediente à lei e manifesta atividade harmoniosa e um ser sadio. Conhecendo Deus como Verdade e Amor, ela viu que o reflexo de Deus expressa integridade e benevolência. A mãe agarrou-se a essas verdades e a muitas outras a cada dia que passava, e como resultado, êsse trabalho abençoou cada fase da vida de seu filho.

O recém nascido depende completamente do apoio metafísico de seus pais. Contudo, gradativamente essa responsabilidade deveria ser passada para a criança, a fim de que esta possa usar por si mesma a espada de dois gumes da Verdade. Para alcançar essa meta necessita-se mais do que só trabalhar por uma criança. Os pais devem também trabalhar com ela. Isso implica ensinar a criança a aplicar as leis espirituais à sua experiência humana e também os pais precisam viver consistentemente todos os preceitos que transmitem.

Uma explicação detalhada da Ciência Cristã é uma parte intrínseca da educação da criança. Para tornar essa verdade prática, precisa ser explicada no nível da compreensão da criança e ser relacionada com as coisas que a circundam. Animá-la a discutir seus temas escolares e as relações com seus colegas abre um caminho para os pais explicarem a maneira de pensar e atuar de um Cientista Cristão, em cada circunstância. Expressa a criança alegria desprendida para com a sua família e seus amigos? Está ela vendo os seus colegas de classe como filhos perfeitos de Deus? Sabe ela que está refletindo a inteligência da única Mente, ao fazer seus trabalhos escolares? Sabe ela que a presença do Princípio divino está governando todo o seu dia? Sente ela o amor do Cristo, a Verdade, permear cada uma de suas palavras e atos?

Os pais nunca deveriam hesitar em manifestar a Verdade em voz alta em presença da criança. Se a criança ouve a Verdade falada, se ouve as afirmações do bem e as negações do mal, êsse processo no pensamento se tornará tão natural que ela continuará essa maneira de pensar aonde quer que vá, e estará equipada para fazer seu próprio trabalho metafísico.

Quando de forma devota se faz trabalho em oração — um pouco em cada dia — por ambos pais e filho, os pais se regozijarão por encontrarem seu filho crescendo “em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lucas 2:52).

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