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Importância, ou Grandeza?

Da edição de outubro de 1968 dO Arauto da Ciência Cristã


A pressão causada pela ambição humana às vêzes desenvolve no homem um desejo agudo de avançar na escala da vida, não apenas no sentido de entrar de posse das muitas vantagens que advêm do reconhecimento de seu trabalho, mas também para satisfazer seu ego. Como em tôdas as coisas, também na luta pelo crescimento e pelo progresso, o motivo tem grande significado. O motivo básico de todo empreendimento humano correto é o desejo espiritual de ser útil, e sòmente êsse desejo pode constituir a inspiração para todos os esforços no sentido de alcançar progresso verdadeiro.

Contudo, se não tomamos cuidado, a ambição de progredir pode tornar-se um impulso mesmérico, egoísta, uma busca de promoção como um fim em si, não apenas para obter os maiores benefícios financeiros de uma posição mais elevada, mas para obter a sensação de maior autoridade e poder, e a impressionante lisonja mundana que um “status” elevado nos traz.

Êsse impulso da mente carnal nunca pode ser totalmente satisfeito. Alimentando-se de seus próprios êxitos, embora tênues, torna-se mais voraz, com cada vitória. Os que se entregam a essas pressões podem bem meditar sôbre a advertência feita por Mary Baker Eddy em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, (A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Miscelânea, p. 248): “Você só se eleva quando erguido pelo poder de Deus, do contrário cairá por falta do ímpeto divino.” A ambição de ser um homem importante aos olhos do mundo é uma busca mental mortal, uma busca daquilo que, por não ter a substância do bem, não passa da contrafação do verdadeiro “status” do homem.

A Ciência Cristã
Christian Science — pronuncia-se: Crístian Çai'ens. revela que, bàsicamente, todo progresso é espiritual, que suas recompensas são compensações naturais das atividades desprendidas que constituem uma vida espiritualizada e são, portanto, concedidas apenas por Deus. Essas verdades mostram que a natureza enganadora e enganada de tôda luta por meras recompensas materiais revelam a falsidade da gula por reconhecimento humano. Mostram também a completa inépcia de todos os esforços egocêntricos e voluntariosos para alcançarem o progresso genuíno e a satisfação permanente, ou para conseguirem o respeito e o amor de nosso próximo.

As posições que o mundo admira, com todo seu poder e influência, por si mesmas não apresentam grandeza. A Ciência Cristã ensina que a verdadeira grandeza não consiste de elemento material algum, nem de coisas que a mente humana e mortal possa conceber como importantes; é completamente espiritual, e não é medida por padrões materiais quaisquer, mas pela expressão prática de bondade e inteligência do Amor divino, pela medida do esclarecimento, da cura e do confôrto que traz aos outros.

Sòmente o adiantamento espiritual traz a verdadeira grandeza, pois não é uma questão de “status” ou de poder mundano, mas de caráter. Encontra sua consumação em uma vida de serviço tão desprendido, inteligente e devotado aos nossos semelhantes, que só a mentalidade espiritualizada a torna possível. Êsse adiantamento espiritual não se realiza num momento, não se desenvolve sem consagração à Verdade e ao Amor, no decorrer dos anos. Nossa Líder diz (Miscellaneous Writings, Escritos Diversos, p. 340): “As vidas dos grandes homens e mulheres são milagres de paciência e perseverança. Cada pessoa eminente, na constelação da grandeza humana, se sobressai na escuridão, como os astros, para brilhar com a luz refletida de Deus.”

A grandeza se manifesta no amor, na calma, na inteligência espiritual que a compreensão científica do Cristo, a Verdade, traz à consciência humana, e numa vida sempre disposta a ajudar humanamente, disposição essa inspirada pelo Cristo. A verdadeira grandeza nunca falha em perceber a oportunidade de fazer o bem aos outros, e nunca se sente insegura quanto à maneira correta de fazê-lo E raramente falha em inspirar, com sua beleza e dignidade, e em trazer à luz o que há de melhor naqueles que atrai.

Conceder grandeza não é uma capacidade que vem do homem; vem de Deus, àqueles que estão preparados para reconhecer essa grandeza. Quando a mãe dos filhos de Zebedeu pediu a Jesus que tivesse deferência para com seus filhos, fazendo os dois assentarem em cada um de seus lados, o Mestre, voltando-se para êles, perguntou-lhes se achavam que poderiam suportar as dificuldades e perseguições que êle sabia caberiam aos seus seguidores. Recebendo dêles uma resposta afirmativa, disse-lhes (Mateus 20:23): “Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém, para aquêles a quem está preparado por meu Pai.”

A autoridade humana, embora ampla e aparentemente final, está, por si mesma, longe de ser um sinal de grandeza. Se confundido com a grandeza, o poder será usado desconsideradamente, temeràriamente. Aí essa falsa noção de grandeza pode minar o desenvolvimento espiritual do indivíduo ao alimentar seu egotismo, ao incitar seu instinto carnal de glorificação de si mesmo, e de tolher sua disposição de ouvir a orientação da Mente divina. Tal grandeza imaginária pode aparecer, para o sentido humano, como superioridade, mas na verdade é inferioridade.

Sòmente os motivos espirituais ajudam a desenvolver as qualidades preciosas da verdadeira grandeza, e o fazem, não por métodos materiais, mas sòmente por métodos espirituais que conduzem à demonstração progressiva da natureza do Cristo como se fôra a nossa própria.

Entre os exemplos dêste fato, nenhum está mais à mão do que o do caráter da Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mrs. Eddy. A obra de sua vida ilustra como o seu motivo puramente espiritual ajudou a desenvolver os meios e métodos espirituais que vêm servindo e protegendo seu elevado propósito com tanto êxito, durante os cem anos que passaram. A completa devoção de Mrs. Eddy à grande Causa à qual ela se dedicou, e que abriu à humanidade a oportunidade de salvação de todo pesadelo do mal, a impeliu a alcançar alturas de grandeza espiritual que não foram atingidas, desde os tempos de Cristo Jesus.

Cristo Jesus, o cristão mestre, foi o modêlo seguido por nossa grande Líder; suas leis foram as normas de vida de Mrs. Eddy; amar e aceitar êstes padrões cristãos é o conselho constante que ela dá aos seus seguidores. Seus ensinamentos levam rumo à verdade, fartamente provada no exemplo de sua própria vida, de que não há saúde, progresso nem verdadeira grandeza sem submetermos prazerosamente o pensamento, o caráter e o propósito às diretivas divinas do Guia. Boas razões tinha Mrs. Eddy para dizer (Miscellaneous Writings, Escritos Diversos, p. 270): “A fidelidade aos seus preceitos e prática é o único passaporte ao seu poder; e a senda da bondade e da grandeza passa pelos meios e métodos de Deus.”

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