Num dia frio de inverno, Emily, sua mãe e seu pai estavam rodando pela estrada no carro da família. Emily tinha convidado dois de seus amigos para irem à Escola Dominical da Ciência Cristã, que ela freqüentava, e onde aprendia os fatos relativos a Cristo Jesus e à sua fiel seguidora, Mrs. Eddy, a qual nos ensinou que Deus, o Amor divino, está presente em tôda parte. Emily e seus pais estavam agora a caminho da cidade para apanhar seus amigos.
De repente Emily viu um cachorrinho deitado no meio da estrada; segundo parecia êle havia sido atropelado por um automóvel. Imediatamente ela se pôs a declarar que, conforme Mrs. Eddy diz em Ciência e Saúde (p. 424): “Sob a Providência divina não pode haver acidentes, porquanto na perfeição não há lugar para a imperfeição.” A mãe lhe havia dito isso muitas vêzes.
“Papai, pare, depressa, por favor!” pediu Emily. “A perna do cachorrinho está se mexendo; êle precisa de nós.
O pai parou o carro e Emily correu para junto do cachorrinho e se abaixou ao lado dêle. “Você está bem, cachorrinho,” disse ela. “Você gostaria de ir para casa conosco?”
Enquanto falava, um outro motorista parou e dirigindo-se a Emily disse: “Não o toque, menininha. Êle a morderá.”
Ora, Emily sabia que Deus, o Amor, se reflete em tôda parte; e ela não tinha mêdo. Assim, sorrindo para o motorista, disse: “Não senhor, êle não morderá: êle gosta de mim. Está vendo?” E ela estendeu o braço e com a mão acariciou suavemente a cabeça do cachorro.
O pai carregou com muito cuidado o cachorro para o carro. Quando estavam rodando de volta para casa, Emily disse: “Creio que lhe darei o nome de Felizardo, porque mostra ter ficado muito feliz de o têrmos encontrado. Felizardo, você vai dormir e nós voltaremos para casa dentro de poucos minutos sómente.”
Quando chegaram em casa, Emily pôs Felizardo num caixote onde êle estaria aquecido e se sentiria bem. Então ela e sua mãe apanharam seus amigos e todos foram para a Escola Dominical.
Emily contou à sua professôra da Escola Dominical acêrca de Felizardo. A professôra pediu-lhe que lesse um versículo da Bíblia para a classe. Emily leu (Gênesis 1:25): “Fêz Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da terra, conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.”
Então a professôra pediu a Jean, uma amiga de Emily, que lesse de Ciência e Saúde (p. 513): “Deus cria tôdas as formas de realidade. Seus pensamentos são realidades espirituais.” A professôra explicou que tudo quanto reflete amor e bom e que o cachorrinho tão novinho certamente refletia amor. Disse às crianças da classe que elas não precisavam estar receiosas pelo cachorro porque a Bíblia diz (I João 4:18): “No amor não existe mêdo; antes, o perfeito amor lança fora o mêdo.”
Quando voltaram para casa, tôdas as crianças correram para o caixote para ver Felizardo. Mas o caixote estava vazio!
Emily correu para o pai e perguntou: “Onde está Felizardo? Êle desapareceu do caixote.”
O pai contou-lhe que depois de ela e sua mãe terem saído de casa para a Escola Dominical, Felizardo se dirigiu à porta e começou a arranhá-la, querendo sair. Uma vez do lado de fora êle correu através do jardim para a estrada e o pai o seguiu até uma casa perto do local onde o cachorro havia sido achado.
O cachorro correu até a porta e arranhou-a querendo entrar. Quase ao mesmo tempo uma senhora de aspecto muito bondoso abriu a porta e disse: “Sport, estivemos à sua procura por tôda parte. Onde é que você estêve?”
O pai da menina explicou-lhe o que havia acontecido e então a senhora perguntou-lhe alguma coisa.
”Que foi que ela lhe perguntou, Papai?” disse Emily ansiosamente.
“Bem”, disse o pai, “vá até seu quarto e lá você achará a resposta.”
Quando Emily olhou para a caminha da boneca, lá estava deitado um cachorrinho quase exatamente igual a Felizardo, só que era muito menor.
“Papai”, exclamou Emily. “Será que êle é realmente meu?”
“É sim”, disse o pai. “E agora parece que você está muito contente, e que tal chamar de Felizardo a êste cachorrinho?”
Emily envolveu Felizardo no xale da boneca e, segurando-o nos braços com ternura, disse: “Não é maravilhoso o que o Amor pode fazer?”
Tôda boa dádiva e todo dom perfeito
é lá do alto, descendo do pai das luzes,
em quem não pode existir variação,
ou sombra de mudança.
Tiago 1:17
