Deus termina Sua obra inteira e completamente. Lemos, em Gênesis: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (1:31).
Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, nos aconselha, em todos os seus escritos, que continuemos nosso trabalho até alcançarmos a harmonia perfeita. Ela escreve, por exemplo, em Ciência e Saúde (p. 21), sôbre o discípulo moderno: “Se honesto, levará isso a sério desde o comêço e se adiantará cada dia um pouco na direção certa, até que finalmente complete sua carreira com alegria.”
Não devemos sentir-nos satisfeitos com uma demonstração parcial da Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: Crístian Çai‘ens. ou com uma solução incompleta de um problema, mas devemos continuar nosso trabalho de oração até realizarmos nosso ideal de completa liberdade e vermos a prova desta. A compreensão da liberdade e a sua manifestação constituem uma coisa só, são inseparáveis e inevitáveis, perfeitas e completas. Talvez o que necessite de auxílio se sinta tão feliz ao ser aliviado de seu sofrimento, ou ao ter mais liberdade em sua atividade, ou ao ter uma noção mais ampla de segurança contra preocupações financeiras, ou ao ficar menos receoso de uma doença física, que não consiga compreender em si mesmo a promessa do Salmista: “O que a mim me concerne o Senhor levará a bom têrmo” (138:8).
A autora recorda-se de um testemunho dado numa reunião vespertina de quarta-feira na igreja filial a que pertence. Um amigo falou de sua cura pela Ciência Cristã, de tuberculose do quadril, efetuada quando êle era menino. Disse que quando todos os sintomas e dores físicas haviam passado, permitindo-lhe levantar-se e entregarse a suas atividades diárias, os pais dêle disseram à praticista incumbida do caso que ela poderia interromper suas orações. Mas o depoente encerrou o testemunho expressando sua gratidão pelo fato de a praticista os ter animado a prosseguir com o tratamento até que se completasse a cura. Uma das pernas dêle ficara menor que a outra, e ela achou que não seria prudente cessar seu trabalho enquanto êsse mal não fôsse eliminado. E isso não tardou a acontecer.
Quantas vêzes vem a muitos de nós a tentação de nos contentarmos com um alívio ou melhora em vez de experimentarmos o fruto de nossos esforços na Ciência! Por ser a Ciência Cristã uma Ciência, suas regras, quando aplicadas corretamente, resultam numa solução completa a todo problema. Se desejamos ser Cientistas Cristãos coerentes, não devemos interromper nosso correto pensamento metafísico diário, enquanto não nos sentirmos livres dos males ou condições discordantes que se nos apresentem e da tentação de procurar manter-nos na dependência de leis físicas e temores humanos.
Certamente que devemos ser gratos por todo passo de progresso, por pequeno que seja. Mas nosso pensamento, na Ciência Cristã, tem de ser sempre positivo, um avançar com firmeza e confiança.
Os filhos de Israel não chegaram à Terra Prometida senão depois de muitos anos de viagem, embora tivessem chegado a Cades-Barnéia em menos de dois anos e Calebe lhes houvesse dito, com alegria e confiança, ao perceber que estava próximo o objetivo da jornada: “Eia! subamos, e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela” (Números 13:30). Se os israelitas tivessem persistido um pouco mais e obedecido à ordem de Deus, de avançar, poderiam haver terminado imediatamente suas peregrinações. Êles estavam na fronteira da Terra Prometida. Mas, por ser forte o povo que estava diante dêles, com suas cidades bem fortificadas, o mêdo cegou os filhos de Israel e os impediu de completar sua demonstração. Por isso voltaram ao deserto e andaram errantes durante mais de trinta e oito anos, antes de chegarem novamente à Terra da Promissão.
Nossa terra de abundância, de paz e de cura também está perto de nós quando estamos dispostos a prosseguir um pouco mais em nossos esforços, ou a redobrá-los. E devemos estar prontos a obedecer à ordem de Deus, de subir e possuir essa terra, isto é, de avançar com gratidão e receptividade para recebermos nosso divino patrimônio de liberdade, livrando-nos do cativeiro dos sentidos materiais.
O Amor divino nos sustenta e protege em nossa jornada para a frente e para o alto, através de nossas árduas experiências do deserto, porque não é do plano ou propósito de Deus que continuemos a vagar pelo deserto, mas, certamente, que cheguemos a conhecer nosso estado de filhos Seus, e ser livres. Como o Seu propósito e a realização dêste são inseparáveis e são uma coisa só, é-nos possível, aqui e agora, reivindicar nosso patrimônio e experimentar a liberdade, saúde e harmonia divinas. O Pai celeste revelou o caminho através do Cristo sempre presente, e Mrs. Eddy mostrou-nos como compreender e demonstrar as verdades divinas da Ciência Cristã. Essa revelação não sòmente cura doenças físicas mas também confere iluminação espiritual — o esplendor da Alma — aquela paz que excede todo o entendimento.
Para sermos completamente livres, precisamos estar salvos de desarmonias físicas e salvos também espiritualmente, pelo despertar da compreensão e convicção de que o único poder que governa o homem é o Amor divino. Tal compreensão real, iluminada, se desenvolve e revela a completa supremacia e autoridade da Mente que é tudo, na qual “vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28).
Essa dupla bênção está ilustrada na cura dos dez leprosos. Quando êstes se achegaram a Jesus em busca de socorro, foram todos curados fìsicamente, mas só foi purificado o que voltou para expressar sua gratidão. Mrs. Eddy nos diz, em Ciência e Saúde (pp. 369, 370): “Para ser de todo sadio é preciso que o homem seja melhor tanto espiritual como fìsicamente.” A gratidão abre bem a consciência, permitindo-nos assim receber os benefícios completos da Palavra curativa de Deus.
O Salmista escreveu: “Envioulhes a sua palavra e os sarou” (Salmo 107:20). Essa promessa é a lei de Deus, presente em todo tratamento por meio da Ciência Cristã. Evidencia Deus revelando-Se, declarando-Se, manifestando-Se. À medida que a escutarmos, reconhecermos e aceitarmos, o Cristo, a Verdade, se expressará em saúde, harmonia, suprimento e completa liberdade. Por quê? Porque o poder da Palavra de Deus é infalível, imutável. Êsse poder é imperativo, é decisivo e assegura o completamento da demonstração de cura. Significa de fato a operação da onipotência, que revela a perfeição e o benefício incessante do que já existe. Porque o Amor divino é absoluto e supremo, o homem criado à semelhança de Deus é inteiramente isento das fraquezas e falsidades das crenças errôneas da personalidade mortal.
Em outras palavras: completarmos nossa demonstração é tomarmos consciência de nossa eterna unidade com Deus, cuja lei está constantemente em operação, mantendo a inteireza e perfeição do homem. Esta atividade da Mente divina revela “Deus conosco” e desenvolve o poder e presença do Pai, Sua grandeza e glória para sempre.
Ao vencedor, e ao que guardar até ao fim as minhas
obras, eu lhe darei autoridade sôbre as nações. (...)
Dar-lhe-ei ainda a estrêla da manhã.
Apocalipse 2:26–28
