Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Incurável?

Da edição de julho de 1969 dO Arauto da Ciência Cristã


O sentido humano considera que a vida pertence ao corpo material, nêle se encerra, e dêle depende porque está exposta aos perigos que assediam o corpo, vindos quer de fora, quer de dentro. De acôrdo com êsse conceito geralmente admitido, se bem que totalmente falso, os meios materiais de cura não podem atingir a doença e salvar a vida, senão por meio do corpo.

Pelo fato de que, para o sentido humano, o corpo tem iniciativa e capacidade próprias, quer seja para resistir ao tratamento médico ou para responder favoràvelmente a êle, o uso dos métodos materiais de cura vem invariàvelmente acompanhado de uma mistura de esperança e de temor concernente à reação do corpo.

Apoiada na qualidade dessa reação e na medida de seus próprios temores, a crença médica sempre classificou as doenças como curáveis ou incuráveis, mas vem alterando as relações sob êsses dois títulos, com a mudança de suas crenças. Êsse sentimento mutável tem revestido o pensamento humano em geral com seus conceitos e temores próprios relacionados com a gravidade de várias pretensões da doença. A Ciência Cristã, apoiada em suas provas, vem libertando a humanidade da aceitação passiva dessas opiniões aterradoras e debilitantes.

A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: Crístian Çai’ens. afasta-se radicalmente de tôda essa velha maneira de tratar a doença e o corpo, porque afasta-se de forma radical do antigo conceito puramente material acêrca da vida, do homem, da substância, do poder e da causa. É a verdadeira Ciência das obras de cura de Cristo Jesus, a demonstrar que a base da atitude destemida do Mestre em relação até mesmo às mais temíveis formas de moléstia, era a sua compreensão da irrealidade absoluta da doença.

Jesus não usou nem recomendou o uso de medicamentos materiais, e curou uma variedade de males humanos os quais ainda hoje são considerados incuráveis, na maneira de pensar segundo a medicina. E êle esperava que aquêles que compreendessem o seu ensino e vivessem o Cristo, a Verdade, como êle o fazia, também fôssem capazes de curar como ele. Declarou (João 14:12): “aquêle que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” O fato de que muitos dos seus atos de cura vêm sendo repetidos na Ciência Cristã durante êstes últimos cem anos, deveria induzir os pensadores a suspender a concordância tácita ao veredicto da medicina material em relação à natureza incurável de certas doenças.

A Ciência Cristã ensina que o corpo material faz parte da crença de que o homem, o ser espiritual e imortal, é um mortal material. Portanto, o funcionamento correto ou imperfeito, a saúde ou a doença que êsse ilusório conceito de homem inclui, expressará no corpo a manifestação externa dêsse conceito. Seria bom lembrar, no entanto, que a manifestação é tão irreal como o falso conceito que ela exterioriza. Mas a mente mortal, ignorante de suas próprias falsidades, crê que a doença é uma condição do corpo material que ela vê como algo fora de si mesma. A mente mortal dá nomes à suas próprias imagens exteriorizadas, curva-se ante elas, e as teme.

Nossa Líder, Mary Baker Eddy, resume êsse assunto em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, onde ela escreve (p. 411): “A causa promotora e base de tôda doença é o mêdo, a ignorância ou o pecado. A moléstia é sempre provocada por um falso conceito mentalmente cultivado, não destruído. A moléstia é uma imagem exteriorizada do pensamento. O estado mental é chamado estado material. Tudo o que se abriga na mente mortal como condição física, projeta-se no corpo.” De grande significado é o fato de que o título marginal dêsse parágrafo é: “O mêdo como base”.

Como a doença, quer se creia curável ou incurável, faz parte do conceito errôneo do ser, a compreensão que a Ciência Cristã nos traz acêrca da verdade do ser, possui poder completo para corrigir êsse conceito enganoso e fazer desaparecer o seu eco corporal. Não há exceções a essa regra, pois não há escuridão que a luz não possa dissipar. Não pode haver doença incurável na existência humana, porque o pensamento humano pode ser corrigido pelo Cristo, a Verdade.

O que a doença é no suposto domínio das coisas físicas, o pecado é no domínio da moral e do caráter. O pecado é o resultado da crença ignorante de que se ganha algum bem quando se age de acordo com as sugestões do mal.

Muitas vêzes, as tristes conseqüências dêsse êrro levam o pecador à reforma. Mas se êle ignora os avisos da consciência e continua na prática do mal, seu errôneo conceito de que o mal seja bom pode adquirir um contrôle mesmérico sôbre seu pensamento, que desafia os meros esforços humanos para redimi-lo. Mas mesmo nessa hora tardia, a luz espiritual da Ciência Cristã pode salvá-lo da autodestruição, pois nunca é demasiado tarde para a luz do Cristo, a Verdade, fazer-se valer, visando o poder sôbre a crença no mal.

O doente teme o mal, e o pecador é atraído pelo mal. Nossa Líder mostra o caminho para curar a ambos (ibid., p. 392): “Expulsar o mal e o mêdo permite que a verdade prepondere sôbre o êrro.” Essa é uma afirmação incondicional que deve trazer nova esperança para as assim-chamadas doenças incuráveis, nova coragem ao inveterado escravo do êrro. Continuando, Mrs. Eddy dá êsse conselho específico a ambos: “O único caminho a seguir é tomar uma atitude antagônica contra tudo quanto é oposto à saúde, à santidade e à harmonia do homem, a imagem de Deus.” Está dentro de nossa habilidade, independente de nossa condição, realmente, tomar êsse rumo espiritual e talhá-lo em pensamento.

O doente pode fazer isso sem ter de mover um dedo sequer, pois a batalha entre a ameaça agressiva da mortalidade e a aceitação interior espiritual do nosso ser verdadeiro e imortal, leva-se a efeito não no corpo, mas na nossa própria consciência. E se ali vencermos a batalha, o doente recuperar-se-á. Nossa Líder no-lo assegura (ibid., p. 194): “Uma mudança na crença humana muda todos os sintomas físicos e determina que um caso melhore ou piore.”

O pecador pode firmar-se na verdade de que êle é a pura expressão do Amor divino e de que nenhuma tentação mentirosa do êrro, inda que escondida sob a máscara do bem, pode encontrar abrigo em seu coração.

Tanto o doente incurável como o pecador renitente deviam lembrar-se de que Mrs. Eddy, com a grande compreensão do Cristo, que ela revelou a nós em seu livro-texto, curou a tuberculose em seu mais avançado estágio, a difteria perniciosa, ossos cariados, câncer, assim como a cegueira e a surdez. Ela declara repetidamente que esta pura Ciência da cura espiritual, primeiramente demonstrada por Cristo Jesus, pode ser encontrada em Ciência e Saúde.

O estudo inspirado dêsse livro, com a confiança em seu poder de cura, já provado, e a devota cação de seus ensinamentos, no mais íntimo de nosso pensar, destruirá qualquer aquiescência às sugestões de incurabilidade com os seus desânimos e temores, e estabelecerá em nós a verdade da presente perfeição invulnerável do homem, como a própria imagem e semelhança de Deus.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / julho de 1969

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.