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Vencendo Individualmente a Carência

Da edição de julho de 1969 dO Arauto da Ciência Cristã


Hoje em dia, muito se ouve falar no esfôrço para erradicar a pobreza. Grupos e indivíduos buscam a causa da carência e afirmam ser a probreza a base subjacente para muitos dos males da existência humana. Contudo, necessitamos examinar a pobreza mais de perto, se realmente a desejamos corrigir.

Freqüentemente, ouvimos falar de pessoas que possuem vastos recursos financeiros e contudo carecem de felicidade, de um lar, e de saúde. Ouvimos também falar de pessoas que, apesar de possuírem pouco dinheiro, são ricas em amor, em alegria e em ajudar ao próximo. A Ciência Cristã ensina que a verdadeira riqueza não reside na matéria, mas em idéias espirituais, na compreensão acêrca de Deus e do parentesco inseparável que existe entre Deus e o homem.

A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: Crístian Çai’ens. expõe à humanidade os ensinamentos de Cristo Jesus, que veio para mostrar-nos o caminho da riqueza espiritual. Êle confiava no Espírito, Deus, como a fonte de suprimento de todo o bem, nunca duvidando de que tudo estava sempre à mão. Disse a Pedro que tirasse da bôca do peixe a moeda para pagar o impôsto, e alimentou a multidão com cinco pães e dois peixes que pareciam ser o único alimento disponível.

O Mestre podia realizar tôdas essas coisas devido à sua clara compreensão do Espírito, Deus, como a única substância real. Nunca se detinha por evidências externas de carência, de falta de saúde, de falta de amor, ou falta de pureza. Curava o doente, despertava o orgulhoso, expulsava o pecado por meio da compreensão pura de que o homem real, o único homem feito por Deus, é para sempre perfeito, completo, o eterno possuidor da abundância espiritual.

Era a maneira de pensar de um homem, e não as suas posses, o que interessava o Mestre. Quando o jovem muito rico veio vê-lo, buscando o caminho para alcançar a vida eterna, Jesus compreendeu que êle punha os bens materiais antes das riquezas do Espírito. Assim Jesus lhe disse (Mateus 19:21, 22): “Vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu”. Mas o jovem “retirou-se triste” porque não estava disposto a separar-se de sua falsa impressão de que a matéria poderia trazer-lhe felicidade.

Acaso pensamos que não temos de vencer a crença de carência porque nossas próprias necessidades estão supridas e nos sentimos bem acomodados na matéria? Temos uma guerra a manter, enquanto virmos carência em qualquer parte. O confôrto na matéria não é uma certeza de abundância. Quando aceitamos a carência como real para qualquer pessoa, negamos que Deus é Tudo e que Seu cuidado abundante para com Seus filhos esteja sempre presente. A verdadeira felicidade é uma compreensão de que somos completos, assim como o são tôdas as idéias de Deus.

É constante a luta contra as sugestões do êrro, que negam a abundância. Essa luta deve ser mantida “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:13).

Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, sempre alerta a guiar seus seguidores no caminho cristão para a harmonia, diz: “A ignorância quanto ao nosso próprio ser, a obstinação, a justificação própria, a luxúria, a cobiça, a inveja, a vingança são os inimigos da graça, da paz e do progresso; devem ser enfrentados resolutamente e vencidos, ou erradicarão tôda a felicidade. Tende bom ânimo, a luta com o próprio eu é muito grande; dá-nos muito que fazer, e o Princípio divino opera convosco — e a obediência coroa o esfôrço persistente com uma vitória perene” (Miscellaneous Writings — Escritos Diversos, p. 118).

Quantas vêzes são superficiais os nossos esforços para ajudar aquêles que parecem estar em dificuldades. Damos dinheiro ou suprimento material e seguimos nosso caminho com sentimento de auto-justificação de que fomos caridosos. Se o dinheiro que deixamos em mãos de alguém não fôr acompanhado de uma recusa, mental ou audível, da realidade da carência, e do reconhecimento de sua verdadeira riqueza como filho de Deus, pouco lhe valeu o que lhe fizemos. É o Amor divino, não a mera simpatia humana, que satisfaz às necessidades humanas. A menos que elevemos a simpatia até o amor espiritual que não vê a carência, não conseguimos dar realmente.

Se nós mesmos parecemos necessitar de mais suprimento, devemos despertar do êrro de pensar que a solução do problema está fora de nosso contrôle. A cura nunca se opera fora da consciência individual. A crença em necessidade deve ser substituída pelo reconhecimento de que Deus é Tudo, de Seu sempre presente suprimento do bem, e de Seu terno apoio. Devemos progredir para além da crença de carência, para uma alegria maior na inteireza e na riqueza espirituais de cada indivíduo, assim como de nós mesmos.

Devemos recusar-nos a ser classificados ou a classificar os outros de acôrdo com as posses materiais. Todos os filhos de Deus possuem todo o bem. Sòmente podemos ser classificados como filhos de Deus, como herdeiros de tôdas as riquezas espirituais. Crer que alguém seja rico na matéria, é uma crença tão errônea como crer que alguém seja pobre na matéria, pois crer na matéria como substância é carecer das verdadeiras riquezas do estado espiritual do homem como filho de Deus.

Se estamos sujeitando a nós mesmos ou ao nosso próximo a uma crença de carência de inteligência, temos de imediatamente substituir a mentira da mente mortal de que há uma mentalidade inferior, temerosa, pela verdade de que o homem, o reflexo da Mente infinita, não se condiciona a uma assim-chamada mente no cérebro ou a um desenvolvimento ou uma oportunidade limitados. O homem é a expressão da Mente infinita e inclui tôda idéia correta. Qualquer pretensão do mal é uma pretensão de carência porque nega que Deus é Tudo.

Orando pelo desenvolvimento do universo criado por Deus, o qual nunca está sem Seu apoio completo, nunca carecendo da mais leve idéia que contribui para a inteireza do homem de Deus, encontrar-nos-emos em união com todo o bem. Incluamos todos os homens em nosso amor a Deus.


Temei o Senhor, vós os seus santos,
pois nada falta aos que o temem [...]
aos que buscam o Senhor
bem nenhum lhes faltará

Salmos 34:9, 10

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