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“Não te indignes”

Da edição de outubro de 1971 dO Arauto da Ciência Cristã


Nos Salmos lemos: “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade” (37:1). Hoje em dia a humanidade necessita compenetrar-se mais do que nunca da natureza insidiosa do sentimento de indignação, quer seja causado pelos “malfeitores”, por vizinhos sem consideração, por amigos negligentes, pelo cancelamento de planos acalentados, ou por quaisquer outras circunstâncias ligeiramente desagradáveis e inquietadoras.

O meio correto e permanente de nos livrarmos da indignação consiste da aplicação do bálsamo sanador que se acha à disposição no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde de autoria de Mrs. Eddy. Ali encontramos esta definicão da palavra “óleo”, a qual fielmente aplicada, pode remover as causas da perturbação e acalmar até as pessoas mais indignadas: “Consagração; caridade; doçura; oração; inspiração celestial” (p. 592).

Quando consagramos diàriamente o pensamento ao reconhecimento de que Deus, o bem, é a Mente única, e que a mente carnal é uma impostora sem presença ou individualidade reais, encontramos o óleo sanador que torna impossível a irritação e a indignação. Quando nosso pensamento está imbuído da caridade científica, vemos a glória e a permanência da bondade que outras pessoas manifestam e vemos também a natureza impessoal do mal que pretende falar por intermédio delas. Assim, a consagração e a caridade, no seu significado científico, anulam a tendência humana de sentir uma perda do bem ou uma aguilhoada do mal.

Também podemos reivindicar o fato de que ser gentil é uma qualidade de Deus, a Alma, e por isso é uma qualidade que todos nós possuímos como imagem e semelhança de Deus, a Alma. Na proporção em que reconhecemos nossa verdadeira natureza como a manifestação da Alma, torna-se natural ser gentil em pensamento, em palavras, e em ação. Nada de desagradável ou rude, nem a indignação, pode penetrar na manifestação da Alma.

A inspiração celestial pode ser nossa em proporção cada vez maior, à medida que reivindicamos nossa verdadeira identidade como imagem e semelhança de Deus, o Espírito. O pensamento imbuído do Espírito vai além dos limites míticos da matéria e da mente humana; é divinamente inspirado a cantar e a elevar-se.

Nosso Mestre, Cristo Jesus, ensinou que devemos obedecer à vontade divina e não condescender num mero planejar por palavras, o qual é freqüentemente influenciado pela vontade humana. Sem dúvida Jesus compreendia o perigo do sentimento de indignação. Vivia em um país sob ocupação. Ensinava verdades religiosas que freqüentemente eram inaceitáveis, tanto para os romanos como para os seus compatriotas judeus. Os discípulos em quem Jesus mais confiava discutiam entre si para saber quem seria o maior entre êles, e, às vêzes, nem chegavam a compreender os ensinamentos dêle. Contudo, Jesus estava tão consciente de sua ampla individualidade espiritual, seus pensamentos estavam tão imbuídos do Amor divino, que êle nunca podia condescender com a indignação mesquinha.

Certa vez um Cientista Cristão sábio e experiente disse: “Quando a mente mortal entoa uma melodia, não dance!” A autora já lembrouse várias vêzes dêsse conselho e compreendeu ser realmente bem difícil não reagir como uma marionete a dançar presa a um fio, quando determinadas séries de circunstâncias se nos apresentam. No entanto, nós temos uma escolha. Não temos de dar ouvidos à mente mortal, sentindo-nos indignados, nem temos de aceitar qualquer outra “dança”. Jesus disse: “Aí vem o príncipe do mundo; e êle nada tem em mim” (João 14:30).

A indignação não cura; apenas prolonga o estado de irrealidade, que é o estado de mortalidade. Parte da definição de “morte” em Ciência e Saúde diz o seguinte (p. 584): “A carne em luta contra o Espírito; aquilo que a muito custo se liberta de uma crença, apenas para ser algemado por outra, até que tôda crença de haver vida onde a Vida não está, ceda à Vida eterna.”

Certamente que nada ganhamos em nos indignarmos, e ficarmos livres de uma crença, apenas para ser algemados por outra. Se bem que a indignação não seja considerada suficientemente séria para sugerir morte instantânea, há varias proporções de mortalidade, tais como o envelhecimento e a doença.

Amar é a resposta. A indignação não pode violar um estado de pensamento imbuído do Amor divino. Como existe só um Deus, só pode haver uma Mente, o Amor, e temos o direito de reivindicar essa Mente como nossa própria.

No Amor encontramos nossa habilidade recebida de Deus para manifestar qualidades tais como júbilo, temperamento agradável, estabilidade, e humildade. Tôdas essas qualidades são opostas à indignação, assim como o são também a alegria, o contentamento, a paciência, e o estarmos livres de atritos. À medida que preservamos a serenidade baseada na nulidade do mal e na totalidade de Deus, demonstramos nosso domínio sôbre o sentimento de indignação. Acercar-nos-emos mais então da integridade e da inviolabilidade que caracterizam o homem feito à imagem e à semelhança de Deus.

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