É crença geral que fumar é um perigo físico para a saúde, e que a inalação de fumaça de maconha pode levar à dependência mental. A Ciência CristãChristian Science — pronuncia-se: kris’tyann sai’ennss. concorda que é deplorável fumar, tanto uma como outra coisa, mas seus motivos diferem dos que são apresentados pela teoria médica. A Ciência Cristã sustenta que fumar oferece perigo, porque leva a humanidade a deixar de se apoiar em Deus para obter segurança e satisfação, e que o fumar estimula a crença de que as plantas orgânicas tenham mais poder do que a compreensão espiritual para promover a paz e a alegria, e para ampliar nossa visão da realidade.
Os adeptos da Ciência Cristã — aquelas pessoas que procuram praticar os ensinamentos desta religião e nêles apoiar-se para encontrar a solução de problemas da existência humana — não tomam bebidas alcoólicas, não fazem uso do fumo, nem usam drogas. Êsse fato é bem conhecido. Mas devia ser igualmente compreendido que também não se valem da vontade pessoal humana, a fim de implantar opiniões, nem fazem uso de agressividade ou profanação a fim de expressar suas convicções, nem são desonestos. Os verdadeiros Cientistas Cristãos voltam-se para os meios espirituais, em vez de meios materiais, ao lidar com os desafios do viver diário, porque, tal como os discípulos de Cristo Jesus, êles sabem que os meios espirituais são mais eficientes — sabem que, na realidade, são os únicos meios decisivos pelos quais é possível vencer o mal, sob qualquer forma. O Apóstolo Paulo escreveu (II Coríntios 10:4): “As armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas.” Os Cientistas Cristãos compreendem que isso ainda é igualmente verdade nos dias de hoje.
Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve (pp. 453, 454): “O remédio do Cientista Cristão é a Mente, a Verdade divina, que liberta o homem. O Cientista Cristão nunca recomenda higiene material, nunca manipula. Não viola os direitos da mente nem pode praticar magnetismo animal ou hipnotismo. Não é necessário acrescentar que o uso do fumo ou de bebidas alcoólicas não está em harmonia com a Ciência Cristã.”
É comum ver-se homens e mulheres à procura de um maço de cigarros, em momentos de perplexidade ou de embaraço. O ato de fumar maconha, muitas vêzes, é menos evidente, mas em ambos os casos, êsses atos revelam uma lamentável ignorância acêrca dos fatos divinos do ser, da afluência de Deus e da identidade completa e nobre de Sua descendência — na verdade, de nossa própria identidade verdadeira.
O homem espiritual é a mais elevada idéia de Deus. Cada representante individual da família do homem — os filhos e as filhas de Deus — inclui em si todos os atributos do Espírito divino. O Pai, o Princípio divino, dotou igualmente a cada um com qualidades abundantes e que satisfazem, qualidades essas oriundas de Sua própria natureza sublime, as quais asseguram perpètuamente a nossa felicidade e suficiência total. A Bíblia nos assegura (Provérbios 19:23): “O temor do Senhor conduz à vida; aquêle que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.”
A inteligência, a alegria, a paz, a saúde, a visão espiritual, a harmonia e o domínio pertencem a cada um de nós. Jamais há um momento em que essas qualidades estejam ausentes da identidade real e espiritual do descendente de Deus, e jamais há uma situação na existência humana em que homens, mulheres e crianças não possam reivindicar êsse fato e com êle triunfar sôbre a situação que enfrentam. A solução de todos os problemas encontra-se invariàvelmente na compreensão da natureza espiritual de Deus e da perfeição e integridade de Sua criação.
Afastar-se dessa fonte divina de confôrto e cura por recorrer aos meios mortais na forma de fumo, drogas, ou vontade humana, pode oferecer perigo à humanidade. Recorrer a meios materiais é negar não sòmente o poder de Deus e a perfeição do Seu universo, mas também retarda a função, aqui e agora, da satisfação espiritual que verdadeiramente pertence a cada indivíduo por intermédio da lei divina, e que pode ser tão ràpidamente levada à existência humana graças à compreensão espiritual.
Algumas pessoas crêm que o uso de maconha lhes aumenta a sensibilidade, mas o que acontece é exatamente o oposto. Na verdade, distorce sua visão mental e as separa da verdade espiritual que desejam obter. Seu maior perigo jaz na pretensão sutil de levar a pessoa para mais perto do discernimento da realidade, quando faz exatamente o contrário.
A mesma coisa aplica-se quanto ao fumo. Algumas pessoas falsamente crêem que fumar lhes traz paz, tranqüilidade, satisfação, e até mesmo que estimula o aparecimento de pensamentos úteis. Mas o oposto é que é verdadeiro. O fumo nubla a percepção do ser espiritual e o confôrto que a verdadeira introspecção inclui. Lança um véu sôbre a compreensão que realmente satisfaz acêrca da verdadeira identidade na semelhança de Deus, redolente com as qualidades da Verdade e do Amor, e os sobrecarrega com um problema adicional, ou seja, o de como livrar-se da escravidão à matéria, escravidão que lhes é imposta pelo hábito de fumar.
O Cientista Cristão não fuma, porque êle procura vencer a crença mesmérica de que qualquer forma de indulgência material e vontade mortal poderão melhorar uma simples faceta da existência humana ou trazer verdadeira satisfação ao homem, que já está dotado por Deus com tudo o que o coração pode necessitar ou desejar. Êle procura apoiar-se em Deus, o Espírito divino, a fim de obter saúde e satisfação e para estabelecer idéias corretas nos afazeres humanos. Sabe que por assim fazer, mune-se da habilidade de ajudar-se a si mesmo e aos outros com muito maior eficiência do que é possível através de meios materiais, e ganha sua liberdade e domínio que por direito são seus, na condição de filho de Deus.
