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A Espiritualização do Pensamento por Meio de Identificação com a Verdade

Da edição de março de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Quantas vezes nos defrontamos com um problema inquietante que nos parece difícil demais para resolver! Achamos que não temos a habilidade ou a experiência necessária para superá-lo. Sentimo-nos incapazes. Que podemos fazer?

Podemos examinar nosso pensamento e perguntar: Como estou me identificando? Espiritualmente, com a Verdade? Ou materialmente, com o erro? Quem penso eu que sou?

Que significa identificação? Certo dicionário define a palavra identificação? como o conhecimento “da origem, da natureza ou das características definidas” The American Heritage Dictionary of the English Language; individuais. Significa descobrir de onde viemos, e a que nos assemelhamos. Se nos consideramos como tendo origem em uma fonte material, isso quer dizer que nos identificamos com o erro. Identificarmo-nos como tendo origem somente no Espírito, significa identificarmo-nos com a Verdade. Quando vemos a nós mesmos e aos outros como materiais, como limitados por causa de nascimento, educação, experiência, sexo, ou tolhidos devido a características raciais ou hereditárias, estamos nos identificando de modo errado e sofremos por causa das limitações e dificuldades inerentes a um “status” errado.

Cristo Jesus provou maravilhosamente sua supremacia sobre cada experiência da vida — inclusive a doença, a deformidade, o tempo, o espaço e a morte — e o fez ao identificar a si mesmo e aos outros com a Verdade. Reconhecia sua identidade verdadeira como o Filho de Deus, ou o Cristo, e que derivava seu poder desse parentesco espiritual.

Jesus assegurou a seus seguidores que eles também possuíam filiação divina. Tal como ele, podemos refletir domínio sobre toda dificuldade humana. O caráter cristão, ou a identidade e o domínio espirituais, são verdades demonstráveis e fundamentais a respeito de cada um de nós.

O primeiro capítulo do Gênesis apresenta Deus como dizendo: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra.” Gênesis 1:26; Porque essas verdades de Deus e do homem estão firmadas no eu cristão de cada pessoa, não será natural e normal reivindicá-las? Assim fazendo, teremos como resultado inevitável o domínio sobre nossa experiência humana. O identificarmo-nos como mortais, como participantes da raça de Adão e Eva, nos priva da filiação divina e automaticamente nos subordina, na crença, às falsas concepções da vida material — nos sujeita a sermos amaldiçoados, oprimidos, e a estarmos propensos a problemas.

Aqui está, então, uma pergunta que cada pessoa tem de responder por si mesma: “Será que constantemente penso em mim como um ser material, como um Adão ou uma Eva, ou sigo o exemplo de Jesus e me identifico com as verdades acerca de Deus e do homem espiritual? Podemos romper totalmente em nosso pensamento os hábitos estabelecidos de auto-identificação com a dessemelhança do Espírito — romper de vez essa identificação com a matéria, o erro, identificação essa que causa conflitos. E, à medida que alinhamos nosso pensamento com o que é divinamente verdadeiro, aparecem as soluções para os nossos problemas. É possível demonstrar que nossa verdadeira origem é o Espírito. A maneira pela qual nos identificamos determina a experiência de nossa vida.

A sr.a Eddy estabelece tal necessidade quando diz: “Jamais poderás demonstrar espiritualidade antes de te declarares imortal e de compreenderes que o és.” Na mesma página, continua: “Se não perceberes plenamente que és filho de Deus, e que portanto és perfeito, não tens Princípio a demonstrar, nem regra alguma para a sua demonstração. Não quero dizer com isso que os mortais sejam os filhos de Deus — longe disso. Ao praticar a Ciência Cristã deves declarar corretamente o seu Princípio, ou perderás a habilidade de demonstrá-la.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 242; O Cristo, a Verdade, mostra a cada um de nós os fatos espirituais acerca de nossa verdadeira identidade. Somente o Princípio é o Pai e a Mãe do homem; a Mente é a fonte ilimitada de sua inteligência e de suas habilidades; a Vida lhe concede existência sem fim. Todos nós, sem exceção, como homem espiritual individual, estamos envoltos no Amor. Todos nós expressamos de maneira exata a nossa origem, em qualidades divinas tais como a alegria sem limites e a atividade fecunda. O homem conhece somente a perfeição e age por impulso divino. Esses são os fatos a nosso respeito agora, não fatos a serem revelados em um futuro distante. Além disso, o identificarmo-nos com a Verdade não pode ser um simples exercício filosófico. A Ciência Cristã recomenda que vivamos o nosso eu espiritual, as nossas qualidades divinas, ativamente — todos os dias, a toda hora.

Como é que nos identificamos com a Verdade? A pessoa que se identifica com a Verdade vive de acordo com as leis ou verdades espirituais. Reconhece como verdadeiros apenas os fatos espirituais de Deus, do homem e do universo. E nega energicamente o que os sentidos materiais informam. Aceita o bem — nunca o mal — como o único poder. Admite como verdadeiros os fatos espirituais subjacentes a qualquer desafio e nega a fraude mortal.

O que acontece quando nos identificamos com a Verdade — quando pensamos em nós mesmos como sendo espirituais e vivemos de acordo com os fatos espirituais? Um aparelho de televisão nos dá uma pista útil. Quando está na tomada, ligado e sintonizado, a cena que está em ação no local de origem é vista no tubo de imagem. De maneira similar, quando o pensamento de uma pessoa está em sintonia com a ação que emana do divino, sua verdadeira origem, aquilo que está acontecendo na Verdade, é visto cada vez mais na qualidade daquilo que a pessoa pensa e faz. Torna-se uma testemunha da verdade do ser. Sua vida torna-se gradualmente mais semelhante à divina e mais livre das cargas impostas ao homem adâmico, mítico e sem origem.

Identificarmo-nos com a Verdade significa aliar-nos à realidade, a única lei, o único poder. Tal modo de pensar traz à nossa experiência a harmonia, a ordem, a bondade, a saúde e a paz já presentes na Mente, Deus.

Essa disciplina espiritual torna-se um modo de vida. Capacita cada pessoa a imitar o caráter cristão de Jesus, a portar-se de acordo com o Sermão do Monte, e a efetuar as curas que são os frutos naturais e inevitáveis do pensamento espiritual.

O estado de consciência que resulta de tal identificação consciente e disciplinada é o que Jesus chamou o reino do céu. Vivendo de acordo com nossa identidade verdadeira, podemos sentir, sem errar, que vivemos realmente nesse reino. Podemos invocar suas leis e ver que se dissipam as ilusões de um suposto poder oposto.

Identificar-nos com a Verdade é algo que se nos exige o tempo todo, uma ocupação agradável e que satisfaz. Tal como Jesus, precisamos cuidar dos negócios de nosso Pai, os negócios de dar testemunho exclusivamente de uma causa única, Deus. Nossa ocupação é ser Sua imagem e semelhança e conseqüentemente gozar de um estilo de vida mais elevado agora mesmo.

A sr.a Eddy resume isso do seguinte modo: “A renúncia a tudo o que constitui o assim chamado homem material, e o conhecimento e a consecução de sua identidade espiritual como filho de Deus, é a Ciência, que abre as próprias comportas do céu, donde o bem flui a todos os canais do ser, limpando os mortais de toda impureza, destruindo todo sofrimento, e demonstrando a verdadeira imagem e semelhança. Não há outro meio sob o céu pelo qual possamos ser salvos, e o homem possa se revestir de poder, majestade e imortalidade.” Miscellaneous Writings, p. 185.

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