Todos os dias tenho razões para ser grata à Ciência Cristã. Também sou grata pelo fato de meus pais terem aceitado e demonstrado a Ciência Cristã desde quando eu ainda era bem pequena. À medida que crescia, minha busca pela verdade levou-me a aceitar, por mim mesma, a Ciência Cristã. Graças ao seu estudo, recebi bênçãos incontáveis e tive momentos de proteção divina, e muitas curas, algumas das quais foram instantâneas.
Hoje conheço aquela gratidão especial que nos invade quando obtemos uma cura que levou muito tempo para se realizar. Há alguns anos atrás tive uma cura que levou cerca de dezoito meses para se completar. Fiquei realmente grata por todas as lições que aprendi.
Meu problema causava grande preocupação a meu marido e a nossos amigos. Um de meus olhos tinha uma aparência estranha. Minhas mãos tremiam, e eu perdia peso rapidamente. Devido à ansiedade de meu marido, pedi tratamento, em espírito de oração, a um praticista da Ciência Cristã. Como resultado logo parei de perder peso, e minhas mãos se firmaram. Sou especialmente grata por isso, pois com a mão trêmula tornara-se muito difícil o meu trabalho como pintora e professora de arte.
O praticista alertou-me para as palavras de Mary Baker Eddy no livro The People's Idea of God (p. 8): “A Mente, que governa o universo, governa toda ação do corpo, tão diretamente como move um planeta e controla os músculos do braço.” O praticista teve de viajar para o exterior, por isso continuei a trabalhar sozinha. O estado do olho parecia não se ter alterado.
Durante uns dias em que me hospedei em casa de minha tia, ela e meu marido insistiram comigo para que fosse a um especialista a fim de obter um diagnóstico. Depois de um exame minucioso o médico perguntou-me quando fora a última vez que eu consultara um médico. Disse-lhe que jamais consultara médico algum, explicando-lhe que eu era estudante de Ciência Cristã. Ele então me perguntou o que eu faria no caso de estar muito doente. Ouvi-me a dizer-lhe que eu pediria ajuda a um praticista da Ciência Cristã e seria curada. Ele então disse-me que eu estava sofrendo de tirotoxicose e que poderia piorar e ficar com os dois olhos afetados. Foi muito compassivo. Escreveu uma carta de apresentação a um especialista de minha cidade, que, pensava ele, receitaria injeções. Deu-me a receita de um sedativo para usar até o momento em que pudesse receber o tratamento de injeções.
Saindo da casa do médico, senti-me dentro de uma cilada. Meu marido me perguntou: “E agora, que é que vais fazer?” Para meu alívio, ouvi-me a dizer: “Telefonarei para um praticista.”
Nessa noite entrei em contato com outra praticista, e sua maneira branda de rejeitar o retumbante diagnóstico alegrou-me sobremodo. Não tomei remédio algum, e sou grata por poder dizer que minha família nunca mais fez referência alguma a tratamento médico. Viajamos para o exterior, de férias, como havíamos planejado, e algum tempo depois meu marido comentou que houvera uma pequena melhora no aspecto de meu olho. Isso me animou muitíssimo. Por recomendação da praticista, estudei a definição de “templo” dada pela sr.a Eddy e constante do Glossário de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, que diz em parte (p. 595): “O corpo; a idéia da Vida, de substância e de inteligência; a superestrutura da Verdade; o santuário do Amor.”
Por tentar manifestar as qualidades que me vinham ao pensamento ao ponderar essa definição, qualidades tais como força e afeto puro, obtive uma compreensão mais espiritual a respeito do corpo. Cheguei ao ponto em que sentia que havia aprendido tanto, que sabia que a cura viria porque eu estava me apoiando radicalmente em Deus.
Conversei com a praticista unicamente pelo telefone e por correspondência, e a ajuda que me prestou é inestimável. A situação começou a mudar quando a praticista ressaltou com clareza quão importante era que, ao orar, eu realmente dissesse de coração: “Faça-se a tua vontade” (Mateus 6:10). Ressaltou também a importância de eu não ter a menor reserva, nem tentar fazer com que a vontade de Deus estivesse de acordo com o que eu queria fosse feito. A praticista e eu achamos que eu devia continuar o trabalho sozinha, e ela deixou de me dar tratamento.
Um dia, enquanto caminhava sozinha por sobre algumas colinas muito bonitas, encontrei-me a repetir as palavras: “Tua glória, ao encher os céus.” Logo dei-me conta de que faziam parte do texto da Doxologia de Comunhão (Hino n°. 1 do Hinário da Ciência Cristã), que diz:
Louvado sejas Tu, ó Deus!
Tua glória, ao encher os céus,
Reflita-se também aqui,
Em nossa obediência a Ti.
Compreendi, ali mesmo e naquele momento, que eu somente podia desejar a vontade de Deus, pois só ela podia ser inteiramente boa. Depois disso rejubilei-me com um maior sentimento de amor a Deus, uma confiança maior nEle, e numa compreensão melhor de verdadeira obediência. Não passou muito tempo até que eu percebesse que meu olho voltara ao normal.
Tempos depois um membro de minha família contou-me que o médico lhe dissera não poder garantir nem um pouco que o tratamento médico pudesse me curar.
A instrução em classe com um professor inspirado tem sido um dos passos mais valiosos que fui levada a dar. Também sou muito grata aos praticistas que me ajudaram, e à minha família, e por tudo o que venho aprendendo devido à minha filiação em A Igreja Mãe e em uma igreja filial.
Sou verdadeiramente grata pelo exemplo dado por nosso Mestre, Cristo Jesus, em sua vida e obra altruística, e pela sr.a Eddy, que nos deu o verdadeiro conhecimento de Deus e essa grande Ciência do Cristianismo.
Edimburgo, Escócia