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A Espiritualização do Pensamento por Meio do Reconhecimento do Lugar de Cristo Jesus

Da edição de abril de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Esta época está assinalada por aquilo que pode à primeira vista parecer um estranho paradoxo. Apesar da insistência de hoje em dia a favor da democracia, da individualidade e da auto-expressão, há uma exigência crescente e pertinaz para que haja liderança, orientação e uma espécie de autoridade que inspire. Os meios de comunicação criticam cada vez mais quando as instituições públicas falham em prover tal orientação.

Longe de dar mostras de um enfraquecimento da fibra humana moral e intelectual, esse desejo de que haja uma liderança mais ativa na direção certa, é prova de que a humanidade está sentindo um impulso divino em direção aos conceitos mais elevados do pensamento e da ação. Tal avanço nos desejos humanos corrobora a promessa divina expressada na Bíblia: “Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra. .. Porei dentro em vós o meu espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” Ezequiel 36:26, 27;

Talvez nada evidencie de maneira mais enfática esse desejo redivivo de que haja uma noção mais elevada de liderança, do que o interesse cada vez maior dos jovens em saber acerca da vida, dos ensinamentos, e das obras de Cristo Jesus. Mesmo quando afastamos o emocionalismo que se formou em torno do atual “movimento de Jesus”, encontramos um núcleo sólido de renovado respeito ao exemplo estabelecido pelo maior e mais inspirado indivíduo que já agraciou esta terra. Após quase dois mil anos, ele ainda supre, em grau inigualado, o anseio humano por um propósito de vida elevado, acima e além da ambição mundana.

De fato, quando chegamos à Ciência Cristã, não é demais dizer que é impossível apreender essa revelação final da Verdade divina sem um reconhecimento profundo e exato do lugar que Cristo Jesus ocupa na história espiritual da humanidade. No livro Ciência e Saúde, a sr.a Eddy fala em Jesus como “o mais alto conceito humano e corpóreo da idéia divina, que repreende e destrói o erro e traz à luz a imortalidade do homem” Ciência e Saúde, p. 589;.

Se não aprendemos nem reconhecemos o papel espiritual de Jesus, o Guia, quer dizer que nossos passos não estão percorrendo a senda da compreensão espiritual, na qual Cristo Jesus foi designado por Deus para guiar a humanidade. Ainda que um sentido humano do papel do Mestre possa nos dar um certo grau de consolo, não nos capacita a realizar aqueles atos de cura que claramente recomendou que seus seguidores executassem.

A sr.a Eddy escreve no livro Ciência e Saúde: “As provas que Jesus deu da Verdade, da Vida e do Amor, quando expulsava o erro e curava os doentes, completaram-lhe a missão terrena; mas na Igreja Cristã essa demonstração de cura cedo se perdeu, cerca de três séculos depois da crucificação.” ibid., p. 41; Seguramente um fator predominante nessa perda foi a queda da inspiração e da prova espiritual que cederam lugar ao dogma e o ritual, e à perda cada vez maior da compreensão do verdadeiro significado das palavras e das obras de Cristo Jesus.

Esse fracasso em reter o conceito correto da missão do Mestre foi ainda mais lamentável pelo fato de Cristo Jesus haver tão seguidamente mencionado e dado ênfase ao que é que vinha a ser o seu papel e propósito divinamente designados. Desse modo esforçou-se por imprimir no pensamento humano a necessidade de compreender a parte que ele, Jesus, desempenhava na consecução do plano divino de levar todos os homens à luz e à alegria da consciência espiritual.

O reconhecimento correto das provações e dos triunfos de Cristo Jesus não só evitam que nos extraviemos da senda estreita que permite demonstrar a filiação divina do homem, mas também nos proporciona confiança na habilidade que temos de segui-lo. Dá-nos coragem para enfrentar, por meios espirituais apenas, os desafios — às vezes longos, difíceis e dolorosos — que põem à prova o desejo de depender inteiramente de Deus em nossos infortúnios. Esse desejo, em compensação, resulta em uma constante espiritualização do pensamento e, conseqüentemente, em uma habilidade progressiva de superar as dores e os golpes da condição humana.

Neste estágio de nosso progresso em direção à espiritualização do pensamento e da ação, não podemos ficar sem o alento, sem a convicção oriunda do fato de que outros sobrepujaram com sucesso os desafios e as tribulações com os quais estamos nos defrontando. O reconhecimento da importância da carreira de Jesus e o esforço continuado de compreender mais plenamente a premissa e a implicação contidas em sua missão, podem grandemente dar-nos ânimo agora, e no futuro, nos dias mais difíceis.

A Bíblia acentua tanto a importância quanto a eficácia desse reconhecimento e a admissão do lugar do Mestre na história e do significado de suas palavras e obras. O próprio Jesus disse: “Todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus.” Mateus 10:32; E Paulo escreveu: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Romanos 10:9.

Tal reconhecimento é essencial para a espiritualização continuada do pensamento. Temos o exemplo de nosso Guia. A presteza e a segurança de nosso progresso em direção ao Espírito são favorecidos pela clareza e pela fidelidade com que reconhecemos o significado dessa carreira, e a procuramos emular.

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