Sou muito grata por ter a Ciência Cristã como apoio; ela atendeu a todas minhas necessidades quando aplicada com sinceridade.
Ouvi falar a respeito da Ciência Cristã pela primeira vez durante a Segunda Guerra Mundial, quando uma conhecida, que estava estudando essa Ciência, ajudou-me por meio de oração em uma experiência muito difícil. Falou-me sobre esta religião e transmitiu-me um conceito tão profundo do Amor divino que fui capaz de resolver uma triste situação pessoal, aparentemente insolúvel. Vendo o homem como reflexo de Deus, pude superar o desespero e a auto-comiseração em uma má ação contra mim. Assim fazendo, fui testemunha de uma demonstração do poder divino. O problema foi resolvido de maneira totalmente inesperada.
Fiquei atônita com essa maravilhosa nova maneira de pensar e orar, apesar de naquele tempo considerar-me demasiadamente ocupada para iniciar um estudo sério. Alguns meses mais tarde tive tempo de sobra para pensar e, embora soubesse pouco sobre a Ciência Cristã, podia sentir seu grande apoio.
Logo que a guerra terminou, retornei a Varsóvia. Meu desejo de saber mais a respeito dessa maravilhosa religião era tão forte, que apesar de não ter recursos nem lugar onde viver, fui à casa da amiga que me contara sobre a Ciência Cristã. Para minha alegria, a casa ainda estava de pé e pude ver minha amiga.
Mais tarde, fui apresentada a um pequeno grupo de estudantes de Ciência Cristã em Varsóvia. As seguintes palavras da sr.a Eddy exprimem a atividade daquelas pessoas corajosas: “Pelo pequeno número e pela fidelidade dos seguidores da Verdade, podes saber quando esta começa a liderar” (Ciência e Saúde, p. 225).
Para chegar à casa de meus novos amigos a fim de participar na leitura da Lição-Sermão do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, todos os domingos, eu tinha de caminhar mais de dez quilômetros para ir e outros dez para voltar, porque não havia meios de transporte naquela época. Como quem tem sede, eu escutava a leitura da Bíblia e de Ciência e Saúde.
Um dia, após procurar trabalho relacionado com minha profissão, senti-me perdida na confusão característica daqueles primeiros anos do após-guerra. Eu estivera em um escritório onde me haviam oferecido emprego, mas não o tipo de emprego que eu gostaria, e temia recusá-lo. Então, sentei-me em um banco de uma rua silenciosa e comecei a pensar na proteção de Deus. Estas palavras, que tão seguidamente lia, me ocorreram: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Salmos 46:1).
Enquanto orava ouvi, de repente, uma voz interior dizendo: “Não tema. Vá em paz. Tudo será resolvido.” Todos os meus temores desapareceram. Fui para casa, alegre e tranqüila. Sabia que decisão tomar, e meus negócios logo se acertaram.
Por mais de vinte e seis anos tive muitas curas por apoiar-me em Deus. Nas horas difíceis, uma querida amiga, paciente e amorosamente, guiava-me em direção a uma compreensão espiritual melhor.
Graças à Ciência Cristã fui curada de pneumonia, resfriados, água no joelho, abcesso na face, queimaduras, uma inflamação na mão, e de fortes dificuldades digestivas. As duas últimas curas foram instantâneas.
Gostaria de relatar uma experiência com maiores detalhes.
Há vários anos, quando em férias nas montanhas, escorreguei ao descer alguns velhos e sulcados degraus na casa de minha anfitriã. Tentando equilibrar-me torci o joelho, aparentemente distendendo um músculo. A dor foi muito forte.
Desde o primeiro momento, recusei-me a aceitar as sugestões dos sentidos materiais e imediatamente comecei a afirmar a identidade do homem espiritual como reflexo de Deus.
Em trabalho metafísico em espírito de oração ponderei sobre muitas declarações constantes do livro-texto, Ciência e Saúde, referentes a músculos, usando a Concordância em meu estudo. Entre outras, a seguinte passagem chamou minha atenção: “Não são os músculos, nem os nervos, nem os ossos, mas sim a mente mortal, que faz com que o corpo inteiro esteja «doente e todo o coração enfermo»; ao passo que a Mente divina cura” (Ciência e Saúde, p. 219).
Embora permanecesse firme e tentasse não ceder nem por um instante ao sussurro da crença, a dor aguda na perna e a dificuldade de caminhar não desapareciam. Não obstante, tentei agir de modo a não chamar atenção para minhas dificuldades. Cedo no terceiro dia, caminhando num campo acidentado, repentinamente senti-me completamente livre daquele estado desarmonioso. Meus passos tornaram-se normais e leves.
Uma alegria indescritível encheu meu coração. O sentimento de gratidão impeliu-me a pensar sobre a próxima reunião de testemunhos de nosso grupo informal em Varsóvia. Comecei a formular as palavras que usaria em meu testemunho. Naquele mesmo instante, num trecho irregular do terreno, torci tão fortemente a mesma perna que a sensação de dor no músculo voltou de forma mais intensa. Voltei para casa com grande dificuldade, confusa com esta incompreensível mudança nos acontecimentos.
Examinando, em oração, meus pensamentos, meditei sobre os seguintes versículos da Bíblia: “Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro” (Lucas 11:24–26).
Comecei a compreender melhor a importância de defender uma cura. No meu caso, deveria ter vigiado a porta de minha consciência, que se enchera com a divina luz da cura. O que era preciso que eu fizesse e que não fiz, fora continuar a firmar-me nessa luz para destruir as crenças materiais ligadas à pretensão, de maneira que elas não retornassem e novamente se escondessem nos cantos escuros da mente humana.
Esses pensamentos limparam minha consciência e reforçaram minha defesa, e um sentido de completa liberdade e harmonia retornou e permaneceu. No dia seguinte fiz um longo passeio e subi fortes aclives sem a menor dificuldade.
Expresso minha gratidão pela bênção de ser membro de A Igreja Mãe, pela instrução em classe, pelo privilégio de trabalhar em nosso pequeno grupo Cientista Cristão em Varsóvia, e pelo livro-texto da Ciência Cristã e o Livrete Trimestral da Ciência Cristã, agora publicados em polonês.
Também sou grata a Deus pelas bênçãos recebidas, a Cristo Jesus por ter-nos mostrado o caminho e à sr.a Eddy por tudo que ela fez com tão extraordinário amor e devoção.
Varsóvia, Polônia
