A crença de carência relaciona-se a toda a esfera dos males humanos. Mas há uma lei da abundância de Deus que, obedecida, corrigirá essa crença.
A carência vem sob muitos disfarces — falta de suprimento, de saúde, de confiança e assim por diante. Se sentimos tais faltas, será que não podemos dar início à sua correção pelo reconhecimento do bem que já temos, e avançar a partir desse ponto?
Quando sabemos que Deus supre todo o bem à Sua criação e vemos que o que precisamos fazer é reconhecer esse bem como nosso próprio, então aquilo que parece ser relativa insuficiência do bem, perde sua importância, e começamos a ver que maior quantidade do bem aparece em nossa experiência.
O estudo consagrado da Bíblia, bem como dos escritos da Sr.a Eddy, indica o modo de consegui-lo. Em Ciência e Saúde ela escreve: “Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos.” Ciência e Saúde, p. 261; Isso é oração eficaz.
Os hábitos de beber, fumar, usar drogas, indicam insatisfação. Indicam a crença no prazer, ou, às vezes, até na necessidade, de apoiar-se em tais muletas materiais por causa do medo de não sermos capazes de funcionar harmoniosamente sem elas. Mas a eficácia da ajuda de Deus na eliminação desses hábitos indesejáveis pode ser comprovada por experiência.
Em meu caso o hábito de fumar foi eliminado quando discerni, por meio do estudo da Ciência Cristã, a verdade da inteireza do homem como criação de Deus, e vi que não necessitava de nenhum meio material para aliviá-lo ou satisfazê-lo. Vi que, tendo sido eu criado por Deus, os cigarros não tinham a capacidade de fazer algo para mim ou por mim e que eu não necessitava de tal muleta. A cura foi rápida e definitiva. E uma tosse persistente que parecia estar associada com o fumar, desapareceu. Isso me provou que, na medida em que cessamos de crer na mentira de haver vida e substância na matéria, também cessamos de sofrer por causa de tal mentira.
A Sr.a Eddy indica, em Ciência e Saúde: “Reconhecemos que o perdão do pecado, por parte de Deus, consiste na destruição do pecado e na compreensão espiritual que expulsa o mal por ser este irreal. A crença no pecado, contudo, será castigada enquanto ela perdurar.” ibid., p. 497;
Não há muito tempo, por razões de economia, fui exonerado de minha posição como gerente de vendas de peças de uma companhia revendedora de caminhões. No momento isso parecia uma situação injusta, mas provou ser o degrau para um bem maior — maior bem espiritual, que é o único bem real.
Durante duas semanas após a exoneração, passei muitas horas de estudo na Sala de Leitura da Ciência Cristã, sabendo, nas palavras de Jesus, que eu devia sempre “tratar dos negócios do Pai” Lucas 2:49 (Conforme a Bíblia inglesa.);. Foi uma das experiências mais felizes e despreocupadas que conhecera até então.
Ao fim desse período de estudo tomei a decisão de pedir admissão ao Curso de Ciência Cristã. Alguns minutos depois de chegar a essa decisão, recebi um chamado para voltar ao trabalho. O salário que recebi proporcionou os recursos para dar o importante passo de fazer o curso. Havia, também, aprendido a não delinear os acontecimentos, mas a confiar totalmente na orientação de nosso Pai-Mãe Deus.
A Bíblia nos instrui: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida.” Malaq. 3:10; Meu dízimo nesse caso não foi financeiro, mas consistiu no tempo e no estudo consagrado ao aumento da compreensão espiritual e no esforço de saber mais a respeito do cuidado de nosso Pai-Mãe Deus por Seus filhos. Se tivesse me apegado a um sentido humano de planejamento, meu Curso de Ciência Cristã poderia ter sido adiado por vários anos. Entretanto, quando nos iniciamos na senda correta, o caminho é sempre para o alto.
A crença na falta de saúde está evidente na crença difundida em epidemias e no poder do contágio. Podemos controlar essa crença errônea com tanta abundância de pensamentos saudáveis e divinos, que não sobrará espaço em nossa consciência para que nela entrem os pensamentos adversos.
A Ciência Cristã sustenta que as condições doentias não provêm de Deus, nem incorporam quaisquer qualidades divinas. Não têm origem verdadeira. Não podem ter poder de afetarnos a menos que nós mesmos lhes concedamos poder, aceitando a crença que o mundo tem nelas. Podemos negar-lhes a realidade e o poder que parecem possuir e afirmar a harmonia do ser, contra a qual o mal não pode preponderar. Não é isso o que Cristo Jesus fez ao recusar conceder realidade ou poder a qualquer das pretensões do erro com que se deparava? Apoiava-se em Deus em tudo o que fazia. Disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” João 5:17.
Certo dia de inverno eu estava sofrendo de gripe. Telefonei ao chefe de meu departamento dizendo-lhe não estar em condições de trabalhar. Ao meio dia ele telefonou-me insistindo que eu fosse ao trabalho. Pedi a um praticista da Ciência Cristã que me desse tratamento pela oração, e me dirigi ao serviço. No caminho tive de sair do carro para trocar um pneu furado. Estava frio, ventava e chovia, mas quando cheguei ao trabalho a gripe havia desaparecido completamente.
Isso talvez tenha convencido meu superior de que não havia nada de errado mesmo! E de fato, isso era verdadeiro, porque como aprendemos na Ciência Cristã, quando discernimos a falsidade de alguma crença humana sobre a realidade da matéria e das condições materiais e compreendemos a totalidade de Deus, o bem, somos curados da crença errônea e de seu sofrimento.
Resumindo, aprendi que há abundância do bem, à mão, exatamente onde nos encontramos agora. Isso inclui qualquer bem que pareça nos faltar, seja saúde, suprimento, oportunidade ou felicidade. Mas, para conhecer a amplitude da saúde, da felicidade e do bem-estar que são nossos, precisamos fazer nossa parte e viver como aquilo que realmente somos: os filhos e as filhas de Deus.
