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ESCOLA DOMINICAL

[Série preparada pela Seção da Escola Dominical, Departamento de Filiais e Praticistas.]

ESCOLA DOMINICAL

Da edição de março de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Quem são seus alunos?

[Este artigo sobre a Escola Dominical aparece ao mesmo tempo, em inglês, no Christian Science Journal.]

Uma das muitas tarefas de um professor de Escola Dominical da Ciência Cristã é demonstrar em classe o verdadeiro conceito de crianças. Necessita ver e trazer à luz o descendente inocente, puro e perfeito de Deus, os “filhos” definidos pela Sr.a Eddy no Glossário de Ciência e Saúde (p. 582) como “os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor”.

É provável que a classe pareça incluir “crenças sensuais, mortais; contrafações da criação, cujos originais melhores são os pensamentos de Deus, não no estado de embrião, mas no de maturidade; suposições materiais de vida, substância e inteligência, opostas à Ciência do ser” — que é a segunda parte da definição dada pela Sr.a Eddy. O ensino bem sucedido está baseado na verdade espiritual de que os alunos são, agora e para sempre, “os pensamentos e representantes” de Deus, que conhecem e amam a verdade acerca de seu ser e não se desviam dessa verdade espiritual. Esse ensino, porém, inclui profunda e viva atenção às várias sugestões de que as crianças sejam “crenças sensuais mortais”, e requer trabalho metafísico para desfazer tais sugestões.

Certo professor, que possui larga experiência e obteve considerável sucesso, relata-nos que se prepara para a Escola Dominical esforçando-se para discernir claramente a natureza espiritual de seus alunos e a sua própria. Identifica as sugestões que, nessa ocasião, o magnetismo animal tentaria fazer a respeito do professor e dos alunos, e refuta-as. Por exemplo, não admite a crença de que uma criança possa ser vítima fácil do mal enganador. Nega a pretensão de que exista uma mente madura e outra infantil, as quais, de uma forma ou de outra, precisam entender-se. Ao invés disso declara e reconhece que a Mente divina, Deus, é a Mente de todos. Insiste em afirmar que não há poder oposto à inteligência divina, nada que possa impedir que seus alunos sejam receptivos às idéias divinas, que nelas estejam interessados, ou que fiquem entusiasmados com as mesmas e adorem usá-las. Por meio desse trabalho em espírito de oração, esse professor superou problemas de ausência e desatenção, e a suposta inabilidade dos jovens compreenderem os adultos e vice-versa.

As perguntas e respostas desse professor são impelidas por sua confiança de que Deus está continuamente revelando a Si mesmo, a todos os Seus filhos — inclusive ao próprio professor. Esse e tantos outros trabalhadores em nossas Escolas Dominicais estão demonstrando que as idéias espirituais que testificam da eterna presença de Deus desvendam Sua natureza, o que, em conseqüência, cura e instrui simultaneamente alunos e professores.

Toda vez que esse conceito científico da natureza de alunos e professores é posto em prática, o professor sente prazer em ensinar, cresce espiritualmente e torna-se um professor livre de pesada carga. Seus alunos conseguem sentir um relacionamento mais íntimo com seu Pai-Mãe Deus, e estão continuamente em busca de maior aproximação. Isso faz com que se tornem bons estudantes, fáceis de serem ensinados, receptivos e gratos.

Outro professor escreve-nos: “É motivo de imensa alegria ver estes alunos como «pensamentos de Deus, não em estado de embrião, mas no de maturidade», jamais carentes de qualquer coisa. Algumas semanas atrás pedi a cada um dos alunos que, durante a semana, dedicasse atenção especial à cura. Eles todos estão na faixa etária dos 13 aos 14. Essa sugestão gerou grande entusiasmo. Aos domingos, todos vinham com um pensamento sanador ou com uma cura conseguida por eles mesmos, sem o auxílio dos pais ou de um praticista.”

Esse professor continuou seu relato dizendo: “Gosto de pensar acerca desses jovens em termos da afirmação da Sr.a Eddy à página 37 do livro-texto, Ciência e Saúde: “É possível — é até dever e privilégio de cada criança, homem e mulher — seguir em certo grau o exemplo do Mestre, pela demonstração da Verdade e da Vida, da saúde e da santidade.”

Não está além da habilidade do aluno aprender como se processa a cura na Ciência Cristã. O professor que compreende isso pode ensinar até os mais pequeninos a curar. Por exemplo, o professor pode apresentar uma situação hipotética como veículo da lição: “Um amigo seu diz estar com sintomas de resfriado e pergunta se você pode ajudá-lo por meio da Ciência Cristã. Você diz que o fará com muito prazer. Bem, como é que você vai ajudá-lo?” O professor então auxilia o aluno mostrando-lhe algumas das instruções específicas dadas pela Sr.a Eddy no capítulo A Prática da Ciência Cristã sob o título “Elucidação do Tratamento Mental”, que começa à página 410 do livro-texto.

Uma das regras aí apresentadas diz (p. 411): “Começa sempre teu tratamento acalmando o medo dos pacientes.” E o professor poderá perguntar: “Como é que vocês fariam isso?” O aluno prontamente reconhecerá que seria inútil simplesmente dizer ao paciente: “Bem, você não precisa sentir medo.” O professor poderá, então, auxiliá-lo a ver porque o medo é desnecessário nesse caso ou em qualquer outra situação — porque o medo não faz parte da consciência real do homem, pois o Amor é Mente, onipotente e onipresente.

Os alunos da Escola Dominical gostam desse tipo de aula, e, por estar ela relacionada a um incidente específico, geralmente não a esquecem.

Outro professor escreveu-nos: “Este ano minha classe da Escola Dominical é constituída de crianças de 12 anos de idade, e sou particularmente grato por ter esse grupo etário, pois nessa idade lhes é dada a oportunidade de se filiarem a A Igreja Mãe. Portanto, tenho estado continuamente alerta para manter em mente a ocasião especial que me é dada, de deixar que o homem perfeito e completo de Deus se revele na consciência.”

“Isso significa que estou sempre orando para estar alerta ao desenvolvimento deles como futuros trabalhadores em nosso movimento; para que aprendam na Escola Dominical a viver e demonstrar a Ciência Cristã. Procuro ter sempre em mente a oportunidade de auxiliá-los a darem apreço à nossa Líder, a Sr.a Eddy; a obterem um conhecimento prático da Bíblia, e de como o nosso livro-texto a ela se relaciona. É surpreendente, mas desde que venho mantendo esses pontos em destaque em meu pensamento, eles vão entrando na instrução, espontânea e naturalmente.

A Sr.a Eddy nos diz (Miscellaneous Writings, p. 240): “Crianças que não tenham sido mal ensinadas, naturalmente amam a Deus; pois têm a mente pura, são afetuosas e geralmente corajosas. Paixões, apetites, orgulho, amor-próprio, têm pouca influência sobre o pensamento viçoso e sem preconceitos.”

Será que ao nos apegarmos lealmente e com persistência ao conceito espiritual de crianças, teremos possibilidade de resolver problemas de disciplina? Eis uma resposta que consta do extrato de uma carta escrita por um professor da Escola Dominical: “Recentemente tive uma classe muito ativa e animada sendo quase impossível controlá-la, o que me deixou um tanto desencorajado. Comentei o fato com outro professor da Escola Dominical e ele me fez ver que além de muito amor reinante na classe, as crianças também necessitavam da expressão do Princípio divino demonstrado sob a forma de firme disciplina. Durante a semana que se seguiu, examinei os atributos do Princípio que cada criança inclui, e compreendi que essas crianças eram controladas, governadas e mantidas sob a perfeita lei de Deus. No domingo seguinte, fui capaz de manter a disciplina não obstante expressar amor. Esse foi o fim da desobediência e o começo de um alegre período juntos.”

Não há razão para que um Cientista Cristão, que nunca tenha dado aula na Escola Dominical, relute em aceitar esse trabalho, pois Deus é a fonte de sabedoria infalível para todos os Seus filhos. Ele é “Deus de perto” (Jeremias 23:23), como incontáveis professores constataram ao se volverem a Ele em busca de orientação. A experiência tem mostrado, além disso, que é o caráter amável, o espírito sanador do pensamento do professor, e o que ele diz em classe, o que chega ao coração do aluno.

Uma pedra de tropeço bastante comum, que nos leva a evitar aceitemos a indicação para lecionar, é a crença de que o aluno é um ente estranho, difícil de ser entendido pelo professor adulto, ou com quem é difícil de se lidar; e que, de sua parte, o aluno também poderá não entender o professor. Mas, quando compreendemos que tanto o professor como o aluno estão envolvidos pela ternura do Amor e partilham da compreensão da única Mente, não temeremos envolver-nos no trabalho recompensador que é o ensino na Escola Dominical.

Este conselho animador de nossa Líder pode ser aplicado ao ensino na Escola Dominical bem como à instrução em classe primária da Ciência Cristã (Ciência e Saúde, p. 445): “Deves desenvolver as latentes energias e capacidades para o bem no teu aluno. Ensina as grandes possibilidades do homem dotado da Ciência divina.”

Nossos alunos da Escola Dominical têm a capacidade de compreender sua verdadeira natureza espiritual como filhos de Deus. São capazes de compreender espiritualmente as verdades puras da Ciência Cristã, e são capazes de pô-las em prática em suas próprias vidas. À medida que os vemos sob essa luz, descobrimos alegria sempre crescente no privilégio de sermos professores da Escola Dominical.

[Esta coluna é publicada trimestralmente no Arauto da Ciência Cristã]

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