A palavra obediência parece ser tremendamente impopular hoje em dia. Até mesmo alguns dos que acreditam em Deus não desejam obedecer Suas leis. Desejam fazer o que querem. Um jovem pode achar que o ato de obediência aos Dez Mandamentos, por exemplo, tira-lhe a liberdade e força-o a sujeitar-se a padrões arcaicos e em desuso.
Será que as preferências pessoais são na verdade um guia seguro para uma vida feliz? Paulo não pensava assim. Disse ele: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” Romanos 6:16;
Quando eu estava na faculdade, há alguns anos, eu acreditava em Deus como Princípio divino, a própria fonte e causa da existência. Mas comecei a achar difícil obedecer os padrões do Princípio. Eu havia sido educado de acordo com os ensinamentos da Ciência Cristã, mas parecia-me que não fazia sentido nenhuma das razões por que eu não devia tomar bebidas alcoólicas ou fazer uso de remédios. Achava igualmente difícil encontrar uma justificativa para o fato de levantar aos domingos de manhã para ir à igreja.
Os ensinamentos anteriormente recebidos na Escola Dominical pareciam não estar relacionados com o viver diário. “Como poderiam pessoas que viveram há dois mil anos afetar minha vida hoje em dia?”, era meu argumento contra a continuidade do estudo da Ciência Cristã.
Durante algum tempo eu estava certo de estar conseguindo da vida tudo o que devia conseguir. Mas, logo deparei com algumas pedras no caminho, as quais fizeram com que minha vida diária se transformasse numa árdua batalha. Preocupações e sentimento de culpa dominavam minha consciência. A Sr.a Eddy escreve em Ciência e Saúde: “As duras experiências provenientes da crença na suposta vida da matéria, bem como nossos desenganos e sofrimentos incessantes, levam-nos, como crianças cansadas, aos braços do Amor divino. Então, começamos a compreender a Vida na Ciência divina.” Ciência e Saúde, p. 322; E é exatamente isso o que aconteceu comigo.
Comecei a pesquisar a Bíblia e Ciência e Saúde para adquirir uma melhor compreensão das leis de Deus. Desejava algo melhor do que uma vida de pecado e sofrimento, na qual não podia confiar para adquirir um pouco de paz duradoura.
Ficou claro para mim que obedecer a Deus não nos confina, mas traz a bênção à qual Cristo Jesus referia-se quando disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33;
A Sr.a Eddy é bastante específica quando fala sobre a obediência. Em certo trecho escreve: “Obedecer ao Princípio divino que professais compreender e amar, demonstra a Verdade. Nunca ausentes de vosso posto, nunca desatentos, nunca mal humorados, sempre dispostos a trabalhar para Deus — é obediência; é ser «fiel no pouco».” Mais adiante, continua: “A obediência é fruto do Amor; e o Amor é o Princípio da união, a base de todo modo de pensar e de agir corretos; ela cumpre a lei.” Miscellaneous Writings, pp. 116–117.
O caminho difícil que eu estava trilhando tornou-se repentinamente suave, e passei a sentir muito mais paz do que jamais havia sentido anteriormente. Não havia mais sentimento de culpa e desespero, porque agora estava vivendo uma vida governada pelo Princípio, uma vida que a vontade humana não poderia empurrar de lá para cá. Quando volvi-me a Deus em vez de ao álcool e aos medicamentos, vi que minha vida social não diminuíra e que minha saúde não fora ameaçada, como havia temido anteriormente. Ao contrário, encontrei amizades honestas e permanentes. E um distúrbio nervoso, que eu tinha, desapareceu completamente.
A maior alegria veio com a compreensão de que, pelo fato de haver endireitado minha vida, eu não precisaria mais cumprir nenhuma penalidade ou ser punido por meu afastamento. Voltar a freqüentar regularmente a igreja fez com que me sentisse tão bem como o filho pródigo que retornou à casa do pai.
O homem, por natureza, inclina-se à obediência — a obediência à lei do perfeito Amor. Afinal de contas, o homem é a própria imagem de Deus. Por ser espiritual e perfeito ele nunca se desvia, e não tem de pagar nenhuma penalidade para que o Amor divino o cuide. A verdade é simplesmente esta — o homem nunca esteve separado de Deus e nunca poderia ter sido desobediente à lei de Deus. Devemos eliminar a falsa crença de que temos uma mente e uma vontade separadas de Deus e fazer com que nossas ações estejam em conformidade com a Verdade.
Ao aprendermos a ser obedientes temos este perfeito ponto de partida: O homem já está bem, tanto quanto a Deus concerne. Não precisamos mudar a realidade, mas pormo-nos de acordo com ela.
As portas da casa de nosso Pai estão abertas de par e em par, e com paciência eterna Ele está à espera para dar-nos as boas-vindas. Agora é a ocasião de volvermo-nos ao Pai e sentir a paz perfeita. Não precisamos combater um poderoso inimigo, mas simplesmente uma falsa crença de que nosso caminho é melhor do que o caminho de Deus. Essa crença fugirá quando nos opusermos a ela e ficarmos do lado do Princípio.