O desejo de se patrocinar uma conferência da Ciência Cristã tem suas raízes no Amor. Desse mesmo Amor divino nos vem o amor por nosso semelhante, uma profunda compaixão por ele e um desejo de repartir com ele a cura e o conforto que vimos encontrando nos ensinamentos da Ciência Cristã.
Após ter sido tomada a decisão de patrocinarmos uma conferência, e que, dirigidos pela Mente tenhamos convidado o conferencista e o nosso convite tenha sido aceito, passamos a procurar o lugar certo para celebrarmos tão importante acontecimento. O salão deve atender a todas as nossas necessidades. O que de melhor poderíamos fazer senão seguir as instruções dadas por Cristo Jesus aos dois discípulos, quando mandou que lhe preparassem lugar para comer a páscoa com seus seguidores? Jesus lhes disse que seriam guiados a certo chefe de família, o “dono da casa” a quem deveriam interrogar sobre uma sala adequada. Concluiu suas instruções com a confortadora afirmação: “E ele vos mostrará um espaçoso cenáculo mobiliado e pronto; ali fazei os preparativos.” Marcos 14:14, 15;
Uma comissão de conferência viu resolver-se, do modo mais satisfatório, uma situação semelhante a essa. O salão que haviam considerado adequado para a conferência havia sido usado para diversas atividades e parecia estar muito abaixo do nível. Depois de bom trabalho metafísico, fizeram uma reserva pendente de confirmação. Apareceu-lhes, então, uma oportunidade para mencionar aos responsáveis as dúvidas dos membros quanto às condições precárias do salão. Para grande alegria de todos, foram informados de que havia sido programada uma reforma completa do salão. A nova decoração ficou pronta bem a tempo para a data da conferência. Quão prontamente nossas necessidades são atendidas quando realmente nos apoiamos em Deus!
Não nos devemos basear nos métodos e processos usados no ano anterior, em nossos preparativos. Procuremos idéias originais, oremos para termos inspiração, tomemos cuidado para não sermos enredados pelo trabalho de organização da conferência. Embora tenhamos de cumprir todos os requisitos humanos do momento, devemos volver-nos constantemente para a Mente divina, a fonte espiritual de direção e de orientação a fim de mantermos a vitalidade de nosso trabalho.
A pretensa mente mortal, que é a crença de que existe uma mente separada de Deus, tentará, continuamente, projetar sugestões negativas e induzir-nos a aceitá-las como se fossem nosso próprio pensamento. Desse modo, valendo-se do medo, o erro tentará deter o trabalho que nos foi confiado por Deus, ou torná-lo menos eficiente. Essa pretensa mente, que aos mortais parece ser tão real, mas que à luz da totalidade da Verdade se mostra puramente fictícia, sempre tentará opor resistência ao ser confrontada com a Verdade. Ou resiste ativamente ou ignora passivamente o convite do Cristo. Se soubermos que só a Mente única está em ação, e nos recusarmos energicamente a ouvir o erro ou a aceitá-lo, por mais sutis que sejam suas sugestões, seremos os vencedores e teremos feito um bom trabalho. Como diz-nos nossa Líder, a Sr.a Eddy: “O exterminador do erro é a grande verdade de que Deus, o bem, é a Mente única e que o suposto contrário da Mente infinita — chamado diabo, ou o mal — não é a Mente, não é a Verdade, mas é o erro sem inteligência nem realidade.” Ciência e Saúde, p. 469;
Se o convite para nossa conferência for verbal, que seja feito com calor e não com indiferença. Conhecemos o valor do que estamos oferecendo — uma coisa de que não nos poderíamos privar. Também, quando chegar o momento de decidir quanto à publicidade a ser feita, procuremos para nossos cartazes frases e cores que chamem a atenção, de modo que os transeuntes se sintam atraídos pela forma atualizada da publicidade e inevitavelmente olhem mais uma vez para o convite da conferência.
Talvez a crença popular afirme que hoje em dia não há interesse pelas coisas espirituais; porém, como uma conferência é o efeito direto do Espírito a agir por meio da espiritualidade, nenhuma sugestão material a pode afetar. A esse respeito nossa Líder nos assegura: “Há uma só atração real, a do Espírito.” ibid., p. 102; A aplicação dessa verdade é capaz de silenciar quaisquer sugestões de atração contrária.
Para as muitas pessoas que estão em luta, carregando pesados fardos que julgam ser ignorados por todos, o convite para uma conferência pode representar uma transmissão desta mensagem de Cristo Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. ... Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11:28, 30; O Amor cuida que o grão seja semeado e brote, dando-lhe vida, fortalecendo-o, fazendo-o criar raízes, crescer e propagar-se.
Podemos manter-nos firmes no conhecimento feliz de que o Amor é irresistível. Podemos estar seguros de que o amor, que foi expressado durante as semanas de preparo espiritual para a conferência, atrairá inevitavelmente o pensamento de todos os que estão preparados e aguardando essa união, essa reunião espiritual do viandante faminto com a fonte que o alimenta. Demos a Deus a glória por toda idéia correta que empregarmos em nosso trabalho preparatório. Lembremo-nos constantemente de que a Mente está em ação, inspirando todas as minúcias dos preparativos para a conferência, fornecendo o vinho da inspiração e o alimento celestial que irá satisfazer e revigorar a todos.
Ao pensar sobre as despesas necessárias para patrocinar uma conferência, um dos membros da Comissão viu que lhe foram de grande valia as palavras de Paulo: “O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” Filip 4:19; Viu que, por ser Deus a fonte de suprimento da igreja, esse era, realmente, mais do que suficiente para suprir todas as necessidades e que tal suprimento vinha do inesgotável manancial do Amor e não da coleta de recursos materiais. Antes que chegasse o dia da conferência, todas as necessidades haviam sido totalmente providas, ficando um saldo, o transbordar da generosidade dos membros em dar e receber, e que foi alegremente depositado no fundo da conferência seguinte.
Nossas conferências oferecem a cura para doenças de qualquer espécie. “Vinde, comei” João 21:12; é o que podemos dizer, como disse Cristo Jesus no convite que fez a seus discípulos. E com humildade buscamos comprovar o que nos diz a Sr.a Eddy: “Milhões de mentalidades sem preconceitos — que com simplicidade procuram a Verdade, viandantes fatigados, sedentos no deserto — aguardam, atentos, o repouso e o refrigério. Dá-lhes um copo de água fresca em nome de Cristo e nunca receies as conseqüências.” Ciência e Saúde, p. 570;
Ao terminar a conferência devemos continuar a orar para que a mensagem fique gravada nos corações dos que a ouviram, para que dê muito fruto. Sabemos que, de modo semelhante, Jesus alimentou cinco mil homens “e, tendo-os despedido, subiu ao monte para orar” Marcos 6:46.. Ou, como diz a tradução de Moffatt: “Depois de lhes dizer «até logo», ele subiu ao monte para orar.” Com que sábia bondade Jesus os despediu depois de terem tomado juntos aquela refeição espiritual que lhes fora preparada por ele.
Haverá coisa melhor a fazer do que seguir-lhe o exemplo e voltar para casa — cada um de nós — em silêncio, e saber que o Verbo de Deus permanece para sempre?