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A melhor competição

Da edição de outubro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Será possível ser o vencedor, mesmo que o marcador indique o contrário para você ou seu time? Sim, é possível!

A maioria dos indivíduos gosta de sair vencedor. Mas a palavra “vencedor” pode ter um sentido diferente daquele em que pensamos quando fazemos a contagem de pontos. A Ciência Cristã lançou-me luz totalmente nova sobre esta palavra quando ponderei sobre o propósito de minha atividade no campo esportivo e o nível de meu desempenho.

Sendo por mais de vinte anos tenista de nível estadual e nacional, competindo como amadora e professional, eu olhava principalmente para resultados de vitória no marcador. Estabeleceram-se objetivos elevados, mas o que eu visava era principalmente a autoglorificação e a busca de status. Com essa perspectiva estavam incluídos tremenda pressão, egoísmo, orgulho, inveja e frustração. Muitas vezes resultara em medo, músculos rijos, fadiga e nervosismo durante o jogo. Meu desejo de vencer tornara-se tão obstinado que, quando eu perdia, a lembrança da derrota parecia não ter fim.

Continuei obstinadamente enredada nesse quadro. Meus objetivos foram alcançados! Ao todo, sete títulos nacionais. Mas, para meu grande espanto, não encontrei a satisfação que esperava usufruir para sempre. Os escores vitoriosos nos marcadores logo eram esquecidos, mas o orgulho, a avidez pela vitória e a agonia nas derrotas permaneciam. A frustração e a infelicidade me forçaram a questionar não só minha atuação, que tinha alcançado o ápice, mas também meus métodos e minha motivação.

A Ciência Cristã sempre supriu as minhas necessidades físicas e senti que igualmente responderia a estas perguntas tão importantes. Um dia encontrei esta espantosa declaração da Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “Os métodos não científicos estão chegando ao seu ponto morto. Limitados à matéria por sua própria lei, que é que possuem das vantagens da Mente e da imortalidade?” Ciência e Saúde, p. 369; A resposta estava clara como cristal: a vontade própria, o orgulho, a ganância e tudo o mais estavam desequilibrando minha capacidade de demonstrar habilidade e inteligência.

Gosto de pensar nesta descoberta como fruto da lei de Deus em ação, agitando e expondo o erro para que este fosse destruído. Eu persistia na idéia de que devia haver maneira melhor e mais feliz de praticar esse esporte ou até mesmo outra coisa que eu devesse fazer. Estava certa de que Deus mo revelaria.

Abandonei as quadras de tênis e passei grande parte do tempo numa Sala de Leitura da Ciência Cristã, procurando respostas na Bíblia e nos escritos da Sra. Eddy. Isto me proporcionou tranqüilidade para orar a Deus. Meu desenvolvimento veio devagar mas firmemente, à medida que eu aprendia a confiar em Deus para mostrar-me o caminho.

Recordei que certa vez um praticista da Ciência Cristã me alertara a que, como na realidade somos o reflexo de Deus, deveríamos ter o propósito de descobrir mais a respeito de nossa fonte — o Espírito — e ver que realmente incluímos as puras verdades que a Ciência Cristã revela, pois refletimos Deus. Isso parecia fácil de fazer e ponderar numa Sala de Leitura, mas eu sabia que precisava levá-lo às quadras de tênis. Como? Ora, um grande desejo de aprender mais sobre minha origem divina, abandonar a ambição desenfreada e colocar Deus em primeiro lugar era o que tinha prioridade para mim.

Foi muito útil uma compreensão mais clara destas verdades: Deus, o Espírito, é a única causa e o único criador. Uma vez que o homem é a idéia de Deus e não a idéia que faz de si mesmo, ele reflete a Mente que tudo sabe, a Vida sempre ativa, a Alma sempre amável e o Princípio sempre presente.

Comecei a ver que a Mente, que tudo sabe, se expressa em inteligência, intrepidez, inspiração, vigilância e sabedoria. A Vida sempre ativa é expressa em agilidade espiritual, energia, coerência e poder. A Alma sempre amável se expressa em graça, alegria, amor altruísta e em atitude salutar. Finalmente, o Princípio sempre presente irradia justiça, controle e integridade. Essas qualidades pertencem ao nosso verdadeiro ser como reflexo de Deus, e como são qualidades do pensamento, podemos levá-las às quadras. Portanto o planto de Deus para Sua manifestação espiritual podia ser expressado humanamente. Havia um motivo!

Agora eu podia disciplinar meu pensamento com o objetivo de expressar as qualidades divinas, assim como tinha me disciplinado para jogar e treinar. Podia vigiar cada pensamento, como analisava cada jogada. Isso me proporcionou nova base para treinar. Não mais senti o espírito pesado e depressivo de competição, e a alegria de progredir em direção ao Espírito dominou meu pensamento. Essa atenção aos fatos espirituais expandiu-se de modo maravilhoso em todas as minhas atividades — no lar, no trabalho, na igreja e nos negócios.

Quando finalmente voltei às quadras descobri que minhas prioridades tinham-se mudado. A declaração bíblica de Paulo assumira novo significado: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” 2 Cor. 5:17; Os velhos motivos tinham passado. Eu adquirira uma perspectiva inteiramente nova — cheia de alegria, completo autocontrole — o que era uma experiência revigorante. Eu até mesmo estava jogando melhor, apesar de treinar menos.

Participar nos três últimos campeonatos foi um desafio. Nem sempre foi fácil. Mas a batalha de vencer “os métodos não científicos” e os motivos egoístas resultaram na melhor vitória que já alcancei. A declaração da Sra. Eddy era uma constante lembrança: “Para intensificar a salutar campanha espiritual, reprovar a vanglória, contrabalançar a vacuidade jactanciosa, coroar a labuta paciente, e nos regozijarmos no espírito e no poder da Ciência Cristã, temos, nós mesmos, que ser leais.” Retrospecção e Introspecção, p. 86; Eu sabia que não podia haver lacunas em expressar as qualidades divinas, nem admissão de sugestões de desânimo, fadiga, medo e inconstância. Agora eu tinha algo para colocar no jogo em vez de sempre tentar obter algo dele. Que alívio!

Eliminados o medo de perder e o desejo de autoglorificação, o nível de meu desempenho melhorou muito. Abandonei os estilos de jogadas tradicionais. Adquiri, com grata surpresa, novo apreço pelo estilo do adversário e um espírito esportivo. Nível de desempenho agora significava nível de pensamento — isto é, com quanta coerência eu mantinha o pensamento no nível mais alto durante todo o jogo e, na verdade, durante todas as horas em que estava desperta. Foi preciso disciplina espiritual, persistência e dedicação. Mas descobri que os métodos e motivos científicos eram os ingredientes da vitória.

Ciência e Saúde declara: “Os objetivos que procuramos alcançar e o espírito que manifestamos, revelam nosso ponto de vista e mostram o que estamos ganhando.” Ciência e Saúde, p. 239. Portanto, que siga o jogo! Jogue-o no mais alto nível e deixe o espírito que você manifesta mostrar o que você está ganhando!

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