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Como refrear sentimentos explosivos

Da edição de outubro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


O Cristo é um poder redentor na consciência humana. É uma presença salvadora que extingue sentimentos mortais ardentes. Apaga o pensamento materialista inflamado. Cada um de nós tem a capacidade inata de reagir favoravelmente ao Cristo e de manter os pensamentos equilibrados e estabilizados. Mesmo diante de provocação, podemos manter uma compostura imperturbada e bem natural. A atitude calma e estável brota da compreensão de nosso relacionamento com Deus. A serenidade e a bonança, enraizadas no sentido espiritual, sufocam as pretensões explosivas da mente mortal errônea e desmontam suas pequeninas bombas.

Paz imperturbada é atributo de Deus, a Alma. O Cristo revela ao pensamento receptivo esta paz sempre presente que a tudo envolve, a paz da Alma. É o amor que temos pela Alma o que contrabalança as crenças de ira e temor. Ao Salmista era possível cantar: “Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço.”  Salmos 119:165;

Há quem suponha que a única resposta a sentimentos emotivos hostis é tentar detê-los, possivelmente pelo emprego da força de vontade ou até mesmo de drogas. Uma linha de raciocínio diferente é dar vazão à pressão em vez de recalcar a inveja, o ressentimento e a ira.

Nenhum desses métodos resolve realmente o problema. E, de fato, ambos tendem a perpetuar e incrementar a crença de que os sentimentos mortais irados têm poder e são capazes de governar uma pessoa. Precisamos fazer muito mais do que meramente controlar tais sentimentos. Precisamos eliminá-los. E a Ciência Cristã mostra-nos que eles só são cabalmente expungidos da consciência na medida em que cedemos ao Cristo — na medida em que permitimos que o Cristo a transforme genuinamente. Essa transformação traz à luz o fato de que o mal não tem base nem realidade. Deus, a Alma, constitui a realidade. A Alma alimenta a sua idéia, o homem, com pensamentos harmoniosos, bons e imaculados, e o homem viceja com tal nutrição. Compreendendo isto, torna-se preciso nunca reagir às sugestões do sentido material emotivo nem ser por elas governado.

Um modo eficaz de extingir fogo é privá-lo de ar — do oxigênio que o alimenta. A chama não consegue subsistir quando perde o ingrediente primário que lhe dá atividade. Os sentimentos mortais inflamados são alimentados pelo erro; isto é, são acesos, em crença, pela mentira de que o homem tem uma mente própria, capaz de odiar ou de ocasionar rivalidade. Este erro se extingue quando o Amor divino inunda a nossa consciência com a substância e o vigor da bondade. A Sra. Eddy explica: “O meio de extrair o erro da mente mortal consiste em inundá-la com a verdade, mediante fluxos de Amor.” Ciência e Saúde, p. 201;

Precisamos ir além de um esforço humano para deter o erro. Por mais nobre ou útil que tal esforço pessoal possa ser, é preciso expormos a mentira de que o homem tem uma mente capaz de pensamentos maus ou cheios de ira. Não iremos achar paz ao encobrir o mal ou ao ocultá-lo. Acharemos paz só ao nos submetermos à totalidade da Alma. Dirigindo-se aos que falharam em controlar adequadamente pensamentos maus, a Sra. Eddy diz: “Esta maneira enganada, de ocultar o pecado a fim de garantir a harmonia, dá licença ao mal, permitindo-lhe primeiramente arder latente e depois irromper em chamas devoradoras.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 211;

Os pensamentos explosivos perdem seu esconderijo — sua falsa aparência de realidade — à medida que o Cristo traz à luz na consciência a natureza sempre presente da Alma. Um profundo amor à totalidade da Alma redime o pensamento humano, expondo que o mal não tem poder — extinguindo os pensamentos ou atos que haveriam de chamuscar o próximo. Como Deus é Tudo, não há mal. Como a Alma é Mente, os pensamentos que o homem expressa são puros e cheios de paz.

A terapia que desaconselha recalcar as frustrações ou a ira e anima a dar vazão àqueles elementos do pensamento, jamais faz com que o homem se livre deles. Em outras palavras, reagir ou explodir não oferece mais cura do que oferecem os esforços humanos convencionais de reprimir emoções danosas. A Sra. Eddy escreve: “Os elementos reprimidos da mente mortal não necessitam de uma detonação terrível para serem libertados. A inveja, a rivalidade e o ódio não precisam de nenhuma condescendência temporária até serem destruídos pelo sofrimento; deveriam ser sufocados por falta de ar e de liberdade.” Miscellaneous Writings, p. 356;

Em vez de, por um lado, dar liberdade aos pensamentos maus, ou, por outro lado, tentar simplesmente contê-los, podemos extingui-los ou sufocá-los, tal como a chama, ao despojá-los de seu combustível. É o poder do Cristo o que lava a crença no mal. Este processo de purificação ou limpesa do pensamento desperta-nos para a presença e a paz da Alma. Substitui os falsos elementos do pensamento, não por uma paz temporária de caráter mundano, mas pela própria substância da Alma. Referindo-se a este dom crístico, Jesus prometeu: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá a mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”  João 14:27.

Todo pensamento irado repousa no temor, no temor de que algo de bom nos possa ser tirado. O Cristo livra-nos de tal temor. Seu poder regenerador traz à luz a nossa eterna união com a Alma e cura a tentação de supormos que o homem possa ser separado de sua fonte eterna e perpétua do bem.

A verdadeira consciência é divina e está em paz. Nunca foi abalada. É preservada e permanentemente abençoada pela Alma.

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