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Que é a Bíblia?

7a. parte: O Cristo

Da edição de maio de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


Vimos como Abraão, Jacó, Moisés e muitas outras pessoas mencionadas na Bíblia experimentaram na sua vida o poder de Deus. Esse poder divino livrou-as de muitos problemas quando confiaram nele e obedeceram aos mandamentos de Deus. Esse poder as levou de uma escravidão às crenças errôneas para a compreensão cada vez maior de sua liberdade como filhos de Deus. Esse poder divino as curou, purificou e regenerou.

Por terem experimentado o poder salvador de Deus, também passaram a sentir a presença de Deus. Aprenderam que o poder de Deus nunca está ausente. Por isso, podemos hoje falar no poder de Deus que está sempre conosco.

Onde se fazia sentir essa presença? Onde estava ela ativa? Na consciência humana — purificando, elevando e espiritualizando essa consciência.

Esse poder de Deus, ativo na consciência humana e redimindo-a das fases da mortalidade, é uma maneira de descrever o Cristo. O Cristo vem a nós como a atividade da Verdade divina, a qual desfaz conceitos errôneos, corrige erros de pensamento e desperta-nos para a ação mental correta.

Além do termo “Cristo” encontramos também a palavra “Messias” que é raramente usada na Bíblia. Ambos os termos significam “o ungido”.

A Sra. Eddy diz-nos em Ciência e Saúde: “Abraão, Jacó, Moisés e os profetas captaram gloriosos vislumbres do Messias, ou Cristo, o que batizou esses videntes na natureza divina, a essência do Amor.” Ciência e Saúde, p. 333. E também diz ela: “Os profetas de outrora procuravam algo mais elevado do que os sistemas de sua época; daí suas previsões da nova dispensação da Verdade.” Ibid., p. 270.

Os profetas descreviam de diversas formas a natureza curativa e salvadora da Verdade — o Cristo, que Jesus exemplificaria de maneira suprema. Pelo fato de que cada um deles havia percebido o poder de Deus em sua própria vida, de maneira individual, as descrições variam.

O profeta Isaías dá-nos este quadro: “Portanto o Senhor mesmo vos dará sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel.” Isaías 7:14. A palavra “Emanuel” significa “Deus conosco”, a presença e o poder de Deus exatamente aí onde estamos.

Um versículo do Gênesis promete que “o cetro não se arredará de Judá” Gênesis 49:10.. Quem leva um cetro? Um rei. Portanto, deverá vir de Judá um rei que haverá de reinar para sempre. E Jesus, conhecido dos autores dos evangelhos como o “filho”, ou o descendente de Davi, o grande rei de Judá, manifestava tão claramente a presença e o poder de Deus, que lhe foi dado o título “Cristo”. Governos podem ir e vir, mas o governo de Deus, o governo do Cristo, durará para sempre. O Cristo está sempre disponível para governar a humanidade. Na medida em que nossos pensamentos irão sendo governados por Deus inteiramente, habitaremos na luz do bem. Então a profecia bíblica será cumprida: “Ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo.” Apoc. 12:10.

Um relato semelhante ao que lemos no Génesis encontra-se no livro dos Números: "Uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro.” Números 24:17. O advento do Cristo que cura e salva traz luz à consciência humana. Uma estrela, a brilhar na escuridão, anunciou o nascimento de Jesus.

O profeta Ezequiel percebeu a atividade redentora da Verdade, o Cristo, da seguinte maneira: “Assim diz o Senhor Deus: Também eu tomarei a ponta de um cedro, e a plantarei; do principal dos seus ramos cortarei o renovo mais tenro, e o plantarei sobre um monte alto e sublime. No monte alto de Israel o plantarei, e produzirá ramos, dará frutos e se fará cedro excelente. Debaixo dele habitarão animais de toda sorte, e à sombra dos seus ramos se aninharão aves de toda espécie.” Ezequiel 17:22, 23.

Nesse trecho o Cristo é descrito mediante a forma de uma árvore. Um jovem e tenro broto crescerá até tornar-se enorme árvore, e sob essa árvore “aves de toda espécie” encontrarão refúgio.

Ezequiel percebia o poder de Deus como garantia de refúgio e proteção. Onde é que tudo isto aconteceria? Na consciência. O profeta Isaías deu um quadro similar: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo.” Isaías 11:1.

Mas Ezequiel percebeu a atividade da Verdade ainda de outra maneira. Disse ele: “Suscitarei para elas um só pastor, e ele as apascentará.” Ezequiel 34:23. Aqui o poder de Deus é descrito por meio da imagem do pastor. Que faz o pastor? Guia o rebanho, lidera o caminho, protege e sustenta. Com o que será o rebanho alimentado? Com as idéias corretas, com os pensamentos de Deus. E essas idéias corretas libertarão a cada um de nós da infelicidade, da doença, do pecado e da morte. Jesus estava tão consciente desse aspecto do Cristo que, em anos posteriores, haveria de dizer a seus ouvintes: “Eu sou o bom pastor.” João 10:11. Ao chamar a si mesmo de bom pastor, ele se referia ao Cristo, que ele manifestava de maneira tão completa porque sempre fazia a vontade do Pai, Deus.

No trecho final que abordaremos, consta: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.” Daniel 7:13. Cristo Jesus descreveu-se em muitos trechos bíblicos como o Filho do homem. Ver Mateus 8:20. Como Filho do homem, ele era o representante humano do Cristo, o Filho de Deus. Por isso, lhe foi dado o título “Cristo” indicativo de uma consciência que, sem medida, estava imbuída do espírito da Verdade e do Amor. Jesus, revelando o caminho crístico, mostrou o bem que pode ser realizado pelos que aceitam a vontade de Deus como o poder motivador de sua vida e estão dispostos a andar nesse caminho.

A Sra. Eddy escreve: “Jesus era o mais alto conceito humano do homem perfeito. Ele era inseparável do Cristo, o Messias — a idéia divina de Deus, fora da carne.” Ciência e Saúde, p. 482.

[No próximo mês: 8a. parte: A vida e a obra de Cristo Jesus]


Quem nos separará
do amor de Cristo?
Será tribulação, ou angústia,
ou perseguição, ou fome,
ou nudez, ou perigo, ou espada? ...
Em todas estas cousas, porém,
somos mais que vencedores,
por meio daquele que nos amou.

Romanos 8:35, 37

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