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Glória onipresente

Da edição de maio de 1982 dO Arauto da Ciência Cristã


A beleza do universo induz muitos corações a meditar sobre o que há por trás dessa maravilha. A Bíblia fala-nos em Deus, o criador, e no primeiro capítulo do Gênesis aprendemos que Sua criação é totalmente espiritual e é perfeita em sua inteireza.

A revelação completa de que Deus, o Amor, é a primeira e única causa, ou Princípio, do universo está despontando por intermédio da Ciência Cristã, conforme está declarado no livro-texto, Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy. Por meio desse livro aprende-se a conhecer Deus como a única Vida e Mente de tudo o que realmente existe, vislumbrando-se assim a glória espiritual do universo de Deus. O reino do Espírito não está distante, mas encontra-se aqui, agora. Trata-se de uma realidade presente, que todos podem encontrar e da qual podem usufruir por intermédio de uma compreensão e modo de viver espirituais. O Salmista deve ter percebido essa glória e, em certa medida, sentido o reino de Deus, pois cantou: “Uma cousa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor, e meditar no seu templo.” Salmos 27:4.

Na Ciência Cristã compreendemos que a beleza ou a glória do Senhor é a santidade de Deus. É a inteireza, a saúde ou harmonia, do bem, a qual caracteriza toda a criação de Deus, inclusive Sua idéia mais elevada, o homem. Lemos na Bíblia: “[Eu] os ... criei para minha glória.” Isaías 43:7. A razão de nossa existência, então, é dar glória a Deus. Essa é Sua vontade e Deus a impõe agora e para sempre. A idéia espiritual de Deus nunca esteve separada de Seu reino ou governo. Nunca deixamos de ser a expressão de Seu eu radioso, de Seu santo caráter. A majestosa demonstração que fez Cristo Jesus da pura bondade de Deus deu-lhe o direito de ser chamado Filho de Deus, o Cristo. A epístola aos Hebreus descreve o Filho como “o resplendor da glória [de Deus] e a expressão exata do seu Ser” Hebreus 1:3..

Nosso ser como reflexo de Deus inclui todas as qualidades vivas e imortais que pertencem a Deus, tais como inteligência e sabedoria, justiça e misericórdia, bondade e alegria, bem como fortaleza espiritual e saúde. Na verdade, o homem reflete a somatória de todo o bem; disso resulta a perfeita inteireza do homem. E a consciência que o homem tem desse fato é o reflexo da única consciência divina.

Como na época de Jesus, a suposta mente separada de Deus, que a Ciência Cristã denomina mente mortal, se pudesse, suplantaria e destruiria a verdadeira consciência do homem. A assim chamada mente mortal apresenta seu próprio conceito discordante e material da criação, retratando destruição, crueldade, sofrimento e tudo o mais que se torna odioso. Por parecer ocultar a beleza e a majestade de Deus, esse falso conceito induz-nos a crer em suas sombrias mentiras acerca de vida e inteligência na matéria. O homem e o universo materiais, porém, são uma ilusão, uma inadequada contrafação da criação espiritual de Deus. Aí mesmo onde parece ocorrer essa neblina dos sentidos materiais, brilha a onipresença divina. E, na medida em que compreendermos esse fato, a glória de Deus se manifestará a nós expondo como irreal a lúgubre crença num corpo e universo materiais. É nisso que consiste a cura: no despontar do santo reino de Deus na consciência humana individual.

A Sra. Eddy escreve: “O Espírito é infinito; portanto o Espírito é tudo. ‘Não há matéria’ não é apenas o axioma da verdadeira Ciência Cristã, como é o único fundamento sobre o qual esta Ciência pode ser demonstrada.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 357. Somente o sentido espiritual pode discernir esse fato, penetrando no véu da matéria e contemplando a beleza pristina do Cristo, nosso eu espiritual, sempre presente, o reflexo de Deus. “Inteiramente separada da crença e sonho num viver material, está a Vida divina, que revela a compreensão espiritual e a consciência do domínio que o homem tem sobre toda a terra” Ciência e Saúde, p. 14., escreve a Sra. Eddy em Ciência e Saúde.

Captei um vislumbre da radiância do verdadeiro ser, quando, por meio das orações de um praticista da Ciência Cristã, fui instantaneamente curada de um mal físico. O praticista deve ter visto claramente, compreendido com certeza, a glória do ser espiritual e a irrealidade do medo que me prendia, pois instantaneamente vi-me livre de dor atroz que me perseguira havia dois dias e duas noites. Senti, então, reverência e admiração, não apenas porque fora imediatamente libertada, mas também porque, ao passar rapidamente diante de um espelho, vi refletida nele a minha expressão radiante. O Cristo sanador, a Verdade, mantido no pensamento do praticista trouxera à luz em minha consciência algo de minha identidade verdadeira, ao refletir a perfeição luminosa e a saúde da bondade divina.

Após aquela cura a neblina da crença material tentou apresentar-se novamente, encobrindo-me a beleza da criação. Contudo, aquele vislumbre da Verdade e sua manifestação animaram-me a abandonar mais rapidamente as crenças depressivas acerca de um mundo material e de um eu mortal, e a deixar aberto o caminho para que o espiritual aparecesse.

A beleza da Alma, Deus, nunca se encontra na matéria; portanto as crenças acerca de tempo, idade e malevolência humana nunca podem ofuscar sua graça. Ao comprovarmos esses fatos, nossa fé e compreensão certamente serão testados. Precisamos estar dispostos a negar constantemente toda e qualquer aparência de haver identidade separada de Deus. Ilustremos este ponto: Se constatarmos sofrer por maledicência, ser vítimas de indelicadeza e, talvez, de injustiça, faz-se necessário estarmos dispostos a rejeitar com firmeza a crença de que somos mortais tristes e magoados, e atermo-nos a nossa compreensão da gloriosa onipresença de Deus. Na medida em que nos identificarmos como a infinita expressão de Seu radiante ser, seremos capazes de divisar Sua expressão onde os sentidos percebem mortais descorteses. E, pelo fato de ficarmos curados da crença numa identidade separada de Deus, o bem, estaremos auxiliando a libertar dessa crença corrupta os nossos supostos inimigos. Essa é a atividade refletida do Princípio divino, o Amor, a contemplar sua criação. É a luz irradiada da consciência divina, que triunfa sobre tudo.

“Quando acharmos o caminho na Ciência Cristã e reconhecermos o ser espiritual do homem, veremos e compreenderemos a criação de Deus — todas as glórias da terra, e do céu, e do homem” Ibid., p. 264., é o que se nos promete em Ciência e Saúde. À medida que o Espírito divino tornase para nós a própria substância de nosso ser, nossa vida adquire uma aura de nobreza e beleza; a natureza divina substitui traços mortais de caráter e Deus está sendo glorificado.

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