“Não se pode viver num ambiente livre de riscos; ele não existe”, afirma o coordenador de uma prestigiosa mesa-redonda da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Transcrito no Wall Street Journal, 13 de março de 1979. O grupo fora criado havia alguns anos com o fim de investigar os riscos à saúde apresentados por certos aditivos aos alimentos.
É raro passar-se um mês sem novas reportagens a respeito de maiores incertezas com relação aos perigos decorrentes do alimento que comemos — ou, nesse sentido, do ar que respiramos, da água que bebemos e, até mesmo, do mundo em que vivemos. A consciência cada vez maior de um ambiente crivado de riscos leva muitas pessoas a imaginar se não é completamente perigoso tentar viver hoje em dia. Em tudo o que fazemos haverá algo que não apresente perigos intrínsecos?
A afirmativa de que já não existe ambiente livre de riscos não chega a expressar plenamente a realidade dos fatos — no que tange ao reino da materialidade. Uma existência baseada na matéria é simplesmente incapaz de nos oferecer qualquer certeza e segurança reais. Por mais que tentemos, sejam quais forem as precauções que tomemos, ainda assim, a mortalidade não oferece fundamento lógico para uma vida segura. Muitas pessoas presumem que a resposta final dada pela religião à insegurança desta existência é morrer e ir para o céu, onde Deus tem tudo sob controle. Mas há quem veja nisso um risco ainda maior — o risco de ir para algum outro lugar que não seja o céu!
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