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A Ciência Cristã passou a fazer parte de minha vida bem tarde, nos...

Da edição de dezembro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


A Ciência Cristã passou a fazer parte de minha vida bem tarde, nos meus anos de adulta, mas a semente foi plantada cedo, durante minha infância. Uma lembrança muito querida de meu pai, falecido quando eu tinha apenas quatro anos e meio de idade, tem como ponto central a Ciência Cristã e foi, em parte, o que me trouxe para esta Ciência.

Quando eu ainda era bem pequenina, meu pai começou a interessar-se pela Ciência Cristã. Recordo-me de que eu era levada, quando mal conseguia andar, a uma Escola Dominical da Ciência Cristã, onde uma professora falava em Deus, que é Amor e que está sempre conosco. Lembro do quanto eu me sentia ali feliz e segura. Acima de tudo, lembro-me de sentar no colo de meu pai, em casa, enquanto ele lia para mim de dois livros que eu achava bonitos. Claro está que, agora, sei que esses “livros especiais” eram a Bíblia e o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy. Mas muitos anos se passariam antes que eu me desse conta de que sua beleza real não se achava na aparência exterior, mas nas mensagens de cura contidas dentro deles.

Com o falecimento de meu pai, minha infância passou a ser triste. Mamãe continuou a levar a mim e a minha irmã menor à Escola Dominical da Ciência Cristã ainda por um ou dois anos. Eventualmente, no entanto, voltamos à igreja em que minha mãe fora educada. Permaneci naquela igreja durante grande parte de minha vida adulta. Contudo, nunca consegui assimilar as doutrinas nela ensinadas. Após algum tempo, desencantei-me com a religião.

Na primavera de 1961, seis meses após o falecimento de minha mãe, com quem eu então morava, cheguei ao fundo do fosso. Minha saúde estava debilitada e, embora eu tivesse um emprego bom e estimulante, era freqüente eu ter de faltar ao trabalho e ficar em casa. A igreja que minha mãe e eu havíamos freqüentado já não me satisfazia e eu estava a ponto de desfazer minha filiação e de afastar-me de todas as práticas religiosas.

Mediante pura força de vontade, eu havia abandonado o hábito de beber socialmente. No entanto, eu tinha consciência de que encontraria dificuldades, se continuasse a procurar resolver meus problemas dessa forma. Talvez se pudesse dizer que eu havia abandonado a bebida, mas não me libertara do desejo de beber.

Na sexta-feira santa de 1961 aconteceu algo que haveria de mudar o rumo de minha vida. Compareci pela primeira vez a uma conferência da Ciência Cristã. Aquela tarde assinalou um novo começo cheio de esperança para mim. Para ser sincera, pouco entendi do que o orador disse. Mas minha curiosidade despertou, e isso trouxe à tona velhas lembranças da infância. Contudo, da conferência levei comigo este tanto: Deus é Amor, e Sua presença e Seu poder podem ser experimentados por todos, até mesmo por mim!

Não será preciso dizer que dirigi muitas perguntas à amiga que me levara à conferência. Mas ela teve a sabedoria de não tentar respondê-las todas. Ao invés, orientou-me para a leitura do livro-texto da Ciência Cristã. Eu sabia onde encontrar um exemplar: minha mãe bondosamente havia guardado para mim os “livros especiais” de meu pai. Por muitos anos, desnecessários de contar, os livros estiveram postos numa velha estante, na parte de cima da casa. Eu relutara em lê-los, pois ouvira muitas histórias sobre a Ciência Cristã e ficara bitolada quanto a examiná-la e, para o meu próprio benefício, ver o que oferecia.

No entanto, dei-me conta então de que durante todo aquele tempo o solo estivera sendo preparado, e a semente da Verdade fora protegida, conduzindo-me a esse momento em que minha necessidade era bem maior do que minha tola relutância. Encontrei o livro Ciência e Saúde naquela noite e iniciei minha jornada de descobertas. O capítulo de abertura, “A Oração”, prendeu-me a atenção. Meu pensamento foi desafiado e eu estava ansiosa para continuar sua leitura. Aí, nesse livro, sabia eu, encontraria respostas às minhas perguntas.

Naquela mesma noite, após ler até tarde, reconheci que eu havia dado a volta por cima de meu descontentamento. Estava disposta a apoiar-me em Deus e permitir-Lhe governar minha vida. Tão grande era o meu anseio por um modo de vida mais espiritual e dirigido por Deus, que comecei imediatamente a mergulhar num estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde.

Pouco depois, amigos gentis mostraram-me onde ficava a Sala de Leitura da Ciência Cristã. (Até então, eu sempre achara que as Salas de Leitura eram locais destinados apenas aos Cientistas Cristãos, e nunca pusera os pés nelas.) Lá me mostraram pacientemente como estudar a lição bíblica. A Sala de Leitura veio a ser o meu refúgio, um lugar onde eu podia me sentir “em casa” e era bem-vinda sempre, não importando a quantidade de perguntas que fizesse ou as dúvidas que expressasse. Os plantonistas disseram-me onde encontrar a filial local da Igreja de Cristo, Cientista. Convidaram-me para os cultos, aos quais, daí por diante, passei a ir com freqüência. (Eu ainda não tinha desfeito minha filiação na igreja anterior.)

Havia ainda muitos problemas a serem enfrentados e vencidos, mas então eu estava confiando mais em Deus e menos em mim. Àquela altura, eu soube do trabalho, em espírito de oração, feito por dedicados praticistas da Ciência Cristã e comecei a compreender o que é orar, não a um Deus distante a quem é preciso implorar continuamente ajuda e misericórdia, mas a um Pai-Mãe Deus todo amoroso, sempre ao alcance, em cuja semelhança fui criada.

Após um ano e meio, desfiz minha filiação na outra igreja e torneime membro de A Igreja Mãe. Cerca de um ano mais tarde, uni-me à igreja filial que eu vinha freqüentando. Dois anos mais tarde, pedi admissão a um Curso Primário de Ciência Cristã e fui aceita por um professor muito bom e perspicaz.

Meu continuado estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde logo me mostrou que a Ciência Cristã não era um cura-tudo mágico para os nossos problemas. Esta poderosa declaração, contida no livro Ciência e Saúde, me animou a esforçar-me (p. 174): “A Verdade está revelada. Só precisa ser praticada.” Foi preciso muita oração e estudo, bem como foram necessárias provas de boa intenção.

Velhos conceitos teológicos às vezes ainda me prendiam num estado de dúvida e confusão. Traços de caráter falhos tiveram de ser corrigidos pela Verdade. O medo e a insegurança me haviam perseguido desde a infância. Havia tempo que eu os considerava partes características de minha constituição, mas ansiava por me livrar deles. Compreendendo que o medo não é uma qualidade de Deus, e que Deus é Amor, comecei a perceber, pouco a pouco, que nunca o medo podia fazer parte de mim nem de nenhum outro filho de Deus. Manifestou-se muito progresso. Mas ainda há trabalho a ser feito nessas áreas e estou orando, e esforço-me para desenvolver uma confiança ainda mais humilde em Deus.

Conquanto tivesse cessado de usar bebidas alcoólicas antes de vir para a Ciência, o desejo de beber não me deixou completamente senão depois que comecei a estudar e aceitar sinceramente esta verdade. Nem uma vez sequer, em vinte anos, sobreveio-me a tentação de condescender com os assim chamados prazeres de um gole entre amigos. Quanto ao hábito de fumar, este simplesmente desapareceu. Não houve luta para abandoná-lo. Certo dia, enquanto eu estudava a lição semanal, veio-me o pensamento: “Que é que você prefere: o maço de cigarros que ocultou numa gaveta (para uma eventualidade!) ou a verdade que a está curando?” Havia apenas uma escolha. Joguei fora o último maço de cigarros, com uma sensação de liberdade e alegria.

Cheia de amor e gratidão, desejo dar crédito a Deus, pois uma abundância de modificações para melhor se mostrou em minha vida e continua a se expandir. Por todos os que me ajudaram a persistir em encontrar meu caminho, dou graças. Por aqueles a quem conheço apenas por seus testemunhos, poesias e artigos inspiradores e animadores, publicados nos periódicos da Ciência Cristã, também estou grata. Os pensamentos curativos de vocês e as provas práticas da metafísica da Ciência Cristã me fizeram volver ao estudo consagrado da Bíblia e de Ciência e Saúde.

Cristo Jesus é o Guia de todos nós. Sua devota seguidora, a Sra. Eddy, sacrificou altruisticamente sua própria vida pessoal, a fim de partilhar com os outros sua compreensão clara das obras de cura realizadas pelo Mestre. Quão grande é a nossa dívida para com cada um deles! Quão grata sou pelas bênçãos da Ciência Cristã!


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