Quando adolescente, eu gostava de ficar sentado sozinho no quintal de nossa casa, nas calmas noites de verão. Havia uma cálida sensação de paz e eu ficava pensando, especialmente no futuro. Aqueles eram momentos especiais, ocasiões de avaliar e ponderar as coisas sem a pressão, ou mesmo a carinhosa preocupação, dos pontos de vista alheios.
Desde então, aprendi a apreciar uma forma diferente de quietude, ainda mais enriquecedora. Embora eu achasse aqueles momentos no passado confortadores e talvez tivesse tido, ocasionalmente, alguns pensamentos elevados, agora vejo o quanto é mais valiosa, e, mesmo, indispensável, a calma espiritual, a comunhão com Deus.
Alcançamos temporária sensação de alegria e conforto ao pensarmos nas coisas que nos agradam e nos fazem sentir valiosos. Isso pode ser muito bom, mas o pensamento humano, por si, nunca fica de todo satisfeito, pois percebe limitações; tem dúvidas; se enfada. Vê a vida mais como o resultado de circunstâncias e no fim à mercê de doença e decadência. O conceito humano acerca da realidade não oferece nenhuma esperança duradoura, por mais promissora que às vezes pareça.
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