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Quietude

Da edição de dezembro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando adolescente, eu gostava de ficar sentado sozinho no quintal de nossa casa, nas calmas noites de verão. Havia uma cálida sensação de paz e eu ficava pensando, especialmente no futuro. Aqueles eram momentos especiais, ocasiões de avaliar e ponderar as coisas sem a pressão, ou mesmo a carinhosa preocupação, dos pontos de vista alheios.

Desde então, aprendi a apreciar uma forma diferente de quietude, ainda mais enriquecedora. Embora eu achasse aqueles momentos no passado confortadores e talvez tivesse tido, ocasionalmente, alguns pensamentos elevados, agora vejo o quanto é mais valiosa, e, mesmo, indispensável, a calma espiritual, a comunhão com Deus.

Alcançamos temporária sensação de alegria e conforto ao pensarmos nas coisas que nos agradam e nos fazem sentir valiosos. Isso pode ser muito bom, mas o pensamento humano, por si, nunca fica de todo satisfeito, pois percebe limitações; tem dúvidas; se enfada. Vê a vida mais como o resultado de circunstâncias e no fim à mercê de doença e decadência. O conceito humano acerca da realidade não oferece nenhuma esperança duradoura, por mais promissora que às vezes pareça.

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