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O mundo dos negócios sob um ponto de vista espiritual

Da edição de janeiro de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Quer estejamos empregados numa pequena empresa ou numa grande multinacional, quer dirijamos nosso próprio negócio ou estejamos gerindo uma empresa familiar, o estudo da Ciência Cristã auxilia-nos, pois nos revela uma visão espiritual a respeito dos negócios, que pode ser posta em prática na nossa vida. No cenário humano, os negócios são levados a efeito no mercado econômico. Sob a perspectiva espiritual, os negócios existem na Mente infinita, Deus, e são a ação e interação das idéias da Mente, tendo o bem como objetivo.

O homem, o reflexo total de Deus, inclui todas as idéias da Mente e suas ações benéficas. Além disso, há uma idéia divinamente correta para cada uma de nossas decisões ou desafios empresariais. Pela compreensão dessa verdade na condução de nossos negócios humanos, constatamos que situações complexas dão lugar a soluções razoáveis, especificações impossíveis de cumprir tornam-se praticáveis, carregamentos desaparecidos são localizados, a inflexibilidade dissolve-se em cooperação, os prazos são cumpridos harmoniosamente.

Precisamos, no entanto, ter a clara certeza de nossos motivos, ao encarar os negócios como uma criação de Deus. Reconhecer e honrar a Deus em nosso negócio — até mesmo fazer disso o nosso negócio — torna-se para nós o objetivo a alcançar. E não ficaremos a perder com esse compromisso! Por certo Cristo Jesus não sofreu perda por dedicar-se a Deus. Seu êxito foi sem paralelo. Em suas próprias palavras, ele tratava dos negócios de seu Pai, dos negócios de Deus, desde a mais tenra idade. Prosseguiu na demonstração, para toda a humanidade, do poder curativo e redentor do divino Pai-Mãe Amor na vida de cada um. O que ele investiu nos negócios de seu Pai foram reverência e obediência absolutas. Ele dedicou-se de todo o coração ao trabalho que realizou para Deus. Encarando nosso negócio sob o ponto de vista espiritual, seguimos o exemplo do Mestre e investimos nossos corações sinceros a serviço de Deus e de nossos semelhantes. Honramos o Altíssimo reconhecendo-O capaz de guiar e orientar, por meio do desdobramento de Suas idéias, cada minúcia de nosso dia a dia.

Trabalhar para Deus significa abençoar nosso próximo. Passamos a encarar nossas tarefas como oportunidades de ajudar o gênero humano. Como trabalhadores da construção civil ou como peritos em informática, quer sejamos executivos, engenheiros, educadores, artistas, vendedores ou donas-de-casa, começar cada dia orando para usar altruisticamente nossa perícia individual. E Deus atende tal oração! Descobriremos então oportunidades especiais para expandir nossas atividades e ser cada vez mais úteis ao próximo.

Mas a honestidade e a integridade absolutas são essenciais! "O Princípio é imperativo. Não se pode dele zombar pela vontade humana," escreve a Sra. Eddy em Ciência e Saúde. Um Cientista Cristão que em três anos estabeleceu sua própria e bem sucedida empresa de dimensão nacional, comentou certa vez que é facílimo cair na armadilha de levar vantagem nos negócios e permitir que o lucro tenha a primazia. Mas, observou ele, é preciso deixarmos que Deus governe nossas relações com os clientes e fornecedores, assim como com nossos empregados, para que aquilo que for correto e justo prevaleça para benefício de todos.

Claro que o lucro líquido continua a ser um conceito importante em termos de avaliação econômica, mas aquele que orar para alinhar seu conceito de negócios com o propósito de Deus, estabelecerá um serviço consciencioso como seu produto prioritário. Nele está o verdadeiro lucro.

A Sra. Eddy define O bem, em Ciência e Saúde, como "Deus; Espírito; onipotência; onisciência; onipresença; oniação." Quando nos perguntarem: "Como vão os negócios?" sempre quereremos afirmar, em pensamento e ação, que vai "Tudo bem!" Nossa visão mais espiritualizada permite-nos apreciar que o bem em nosso negócio provém de Deus, o Espírito, evidenciando Seu todo-poder e inteligência, Sua toda-presença e ação. Traremos assim uma perspectiva equilibrada a nossa trabalho, porque estaremos a confiar na ação constante e ilimitada de Deus, o bem, mesmo se os indicadores econômicos revelarem oscilações no mercado.

No plano humano, as tendências econômicas que parecem se perpetuar em círculos viciosos, tais como a espiral inflacionária e a recessão, são em geral dominadas pelo medo — medo do fracasso, medo de perder, medo da concorrência, medo do desemprego e assim por diante. O medo é perpetuado pela crença num poder separado de Deus, a crença de existirem forças negativas sobre as quais a Mente suprema não tem controle. Mas o fato espiritual é que a atividade produtiva das idéias da Mente divina nunca está em risco. Porquê? Porque a eterna totalidade e o poder de Deus, o bem, excluem a existência do mal. Aquilo que não vier de Deus não é real! Em nossas orações, insistimos na segurança de cada uma das idéias corretas expressas em nosso negócio. Uma idéia correta, por ter sua origem na Mente pura, Deus, e por ser inseparável da Mente, inclui tudo o que é necessário para sua realização perfeita. E isso é verdade onde quer que estejamos!

O profeta Eliseu compreendeu o poder de atuação das idéias corretas, mesmo quando a evidência material era de limitação extrema. "Que é que tens em casa?" perguntou ele à viúva com graves problemas financeiros. Ela respondeu: "Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite" (2 Reis). Essa botija de azeite era a única coisa que ela precisava, porque seguindo as instruções de Eliseu, pediu emprestadas vasilhas vazias a seus vizinhos e quando começou a encher as vasilhas com o azeite, descobriu que possuía azeite em abundância para vender. Assim pagou sua dívida e viveu com conforto a partir daí.

Parafraseando a pergunta de Eliseu, podemos inquirir: "Que é o que tens no teu negócio?" Se estivermos encarar nosso negócio de um ponto de vista espiritual, nossa resposta, "Uma botija de azeite," terá profundo significado, porque óleo tem significados espirituais, de acordo com Ciência e Saúde: "Consagração; caridade; doçura; oração; inspiração celestial." Essas qualidades anulam a fadiga e a pressão, que parecem dominar e limitar o cenário humano, e reforçam nosso propósito de servir conscienciosamente nossos semelhantes.

Nossa confiança crescente no Princípio divino — em Deus — faz calar progressivamente a tentação de manobrar os outros ou, por outro lado, de nos sentirmos indefesos perante os esforços de outras pessoas para nos dominarem em questões de negócios. Quando somos motivados pelo amor, o interesse egoísta não detém o controle de nosso pensamento. Se a doçura permear as relações com outras pessoas, a indiferença é anulada. Quando a oração assume o primeiro lugar em nossa vida, a crença em sorte e azar não é consentida. Quando a inspiração celestial é valorizada por ser uma comunicação de Deus, a vontade humana deixa de ter poder.

Encarados sob o ponto de vista espiritual, os negócios pertencem a Deus, a Mente única, infinita, suprema. Não existe mente oposta nem poder capaz de fazer fracassar a negócio de Deus. É preciso força crística para nos atermos a essa visão espiritual dos negócios, quando somos confrontados com desafios tais como injustiça, desonestidade, discriminação, zombaria acerca de nossos padrões morais — ou quando encontramos crises e reveses. Mas Deus está conosco a cada passo. Podemos confiar em que a ação e interação de Suas idéias com o propósito de fazer o bem, desabrocham eternamente para cada um de nós como amados filhos de Deus. A Sra. Eddy afirma em Miscellaneous Writings: "O poder curativo é Verdade e Amor, que não falham nas maiores emergências." A Verdade divina está presente para revelar o que precisa ser entendido na administração acertada de nosso negócio e o Amor todo-poderoso está presente para abrir o caminho.

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