Há Alguns Anos meu marido foi fazer um curso para ser enfermeiro da Christian Science. Para isso, mudamo-nos, com nossas duas filhas, para os Estados Unidos, onde ele iria estudar.
Oramos muito para realizar esse desejo e apoiamo-nos nas idéias que aparecem nesta passagem de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy: “A devoção do pensamento a um empreendimento digno, torna possível esse empreendimento” (p. 199).
Logo ao chegar aos Estados Unidos, várias dificuldades ficaram evidentes e tiveram de ser superadas, como a de ter de aprender a língua inglesa. Estudávamos diariamente e freqüentávamos uma escola noturna. Também tivemos de adaptar-nos aos costumes do país e ao clima rigoroso, ao mesmo tempo em que sentíamos saudades da nossa terra e de nossos entes queridos.
Um dos grandes desafios foi ficar longe de nossas filhas, que sempre haviam vivido conosco. A universidade onde estavam se situava a uma distância de 24 horas de carro, e só podíamos vê-las nas férias, quando elas vinham para casa. Mesmo assim, nesses períodos tanto eu como elas trabalhávamos como auxiliares de enfermagem, enquanto meu marido fazia o curso completo, que naquela época durava três anos.
Com apenas um ano de nossa chegada aos Estados Unidos, recebi a notícia de que minha mãe não estava passando bem. Viajei para o Brasil rapidamente, mas quando cheguei ela já havia falecido. Foi uma situação muito difícil para mim. Retornando aos Estados Unidos, tudo me parecia muito complicado. A perda de minha mãe, a distância entre nós e nossas filhas e o trabalho me pareciam um fardo muito pesado. Comecei a não me sentir bem, mas sempre afirmava que a devoção a esse empreendimento digno resultaria em cura.
Continuei trabalhando, e logo nos mudamos mais para perto de onde estavam nossas filhas. A essa altura, tanto meu marido como as meninas já haviam quase completado seus cursos. Quando faltavam seis meses para o nosso regresso ao Brasil, comecei a sentir medo da volta. Era muito penoso pensar que não reveria minha mãe. Só de lembrar, eu começava a chorar.
Um dia, no trabalho, senti-me muito mal, com a sensação de não poder respirar. Tive de ir para casa e para a cama. Meu marido e uma amiga, que também era enfermeira da Christian Science, me atenderam e me ajudaram todo o tempo. Foi um período de muito estudo e perseverança. Aos poucos fui vencendo o pesar, ao compreender que as qualidades de minha mãe eram espirituais e permanentes, pois eram o reflexo do Amor divino, que é eterno.
Eu sabia que todas as maravilhas realizadas por Jesus Cristo eram possíveis de serem praticadas. No Apocalipse (3:8) li: “Conheço as tuas obras. Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar. Que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.” Esse trecho foi a chave da minha cura.
“Guardaste a minha palavra.” Sim, era tudo o que eu tinha procurado fazer durante aqueles anos, mesmo nos momentos mais difíceis. Não tinha sido em vão. A dificuldade de respirar foi desaparecendo, e logo eu já estava de novo cuidando de todos os meus afazeres.
Lembro-me com grande alegria do dia em que se realizou a festa de formatura de meu marido e, duas semanas mais tarde, de uma de minhas filhas. Assisti a ambos esses eventos, completamente curada, comprovando, mais uma vez, o poder da oração.
Voltamos ao Brasil e hoje todos nós temos uma vida cheia de atividades.
Sou muito grata a Deus e aos ensinamentos que Mary Baker Eddy nos deixou.
São Caetano do Sul, SP, Brasil
 
    
