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Participar da “glória da vida humana”

Da edição de dezembro de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


As Palavras “A glória da vida humana” fazem parte de uma frase que despertou meu interesse desde que a li pela primeira vez, há muitos anos. Ela se encontra numa obra denominada Não e sim, de Mary Baker Eddy. A autora comenta a vida de Cristo Jesus, seu abnegado sacrifício para mostrar à humanidade como sair das limitações e sofrimentos inerentes à carne, e diz: “A glória da vida humana consiste em vencer a doença, o pecado e a morte. Jesus sofreu para trazer esta glória a todos os mortais. . .” (p. 33)

O que acho sobremaneira interessante é que a glória consiste “em vencer”. Consiste na ação de vencer. Aquilo que Jesus fez, mesmo em meio às mais flagrantes injustiças, é o que nos infunde esperança. Jesus, mesmo enfrentando o ódio e a tortura, não se desviou de sua fidelidade a Deus e de seu amor à humanidade. Foi mediante sua fidelidade e seu amor ativos, irrestritos, que ele venceu o pecado, o sofrimento e a morte. Ele foi aquilo que Deus quer que o homem seja: Sua própria expressão, digna, completa, íntegra. Nisso está a glória! Todos nós podemos participar dessa glória, seja qual for a circunstância, de maior ou menor porte. Por meio dessa participação, por meio de nossa própria fidelidade a Deus e nosso amor pela humanidade, nós também venceremos tudo o que tenta aviltar a Deus e Sua expressão, o homem. A lei de Deus é o que determina esse resultado.

Deus é nosso Criador, é Espírito infinito. Ele nos criou à Sua imagem e semelhança. Portanto, a única glória que podemos ter está em glorificar a Deus, em ser Seu reflexo espiritual, em expressar fielmente Seu amor e Seu total poder, em vencer tudo o que pretenda negar Sua totalidade. Na verdade, não podemos ser ou fazer menos do que isso, porque só Deus governa Sua criação. Está em nossa natureza genuína tributar “ao Senhor a glória devida ao seu nome” (Salmos 29:2).

A crença de que Deus não seja o único poder, e de que nós sejamos menos do que a Sua expressão espiritual, isto é, a crença de que vivamos na matéria e sejamos mortais, é a origem das limitações e do sofrimento humano. Essa crença é também conhecida, na Christian Science, pelo nome de magnetismo animal. Caracteriza-se por uma atração para os instintos animais, para o materialismo e o pecado. Que se trata de uma crença errônea, foi repetidamente comprovado por Jesus, em sua vida e em seu ministério, mediante duas atitudes básicas: ele tributava a Deus toda a glória, toda a realidade e poder; e não atribuía glória nenhuma, nenhuma realidade ou poder, a qualquer coisa dessemelhante de Deus. Com essas duas atitudes, Jesus destruía o magnetismo animal, a crença material falsa, pois ele mantinha-se fiel ao único Deus, o Espírito infinito, que é Vida, Verdade e Amor e não fazia nenhuma ressalva em sua fidelidade. Jesus participou, assim, da glória da vida humana. Ele podia “vencer a doença, o pecado e a morte” mediante o poder de Deus, e mostrou-nos como fazê-lo também.

Temos oportunidades diárias de participar da gloriosa atividade de curar, quando nós mesmos somos fiéis a Deus, sem ressalvas.

Temos oportunidades diárias de participar da gloriosa atividade de curar, quando nós mesmos somos fiéis a Deus, sem ressalvas. Nunca deveríamos subestimar o bem que essa fidelidade traz, a nós, à nossa família e à humanidade como um todo. Honrar a Deus, dar a Deus “a glória devida ao Seu nome”, é uma ação de amor desprendido, pela qual se reflete o Amor divino. E o Amor divino regenera a mente humana e cura o corpo físico.

Como podemos, então, ser fiéis a Deus em nosso dia-a-dia? Para iniciar, iniciar, podemos orar, estabelecendo em nossa própria consciência a noção clara de que Deus é infinito, de que o Espírito divino enche todo o espaço. Isso é importante, pois o que enche todo o espaço não pode ficar restrito a uma forma finita. Não pode, de maneira alguma, ser limitado. Sendo assim, Deus não está em Sua criação, mas Sua criação está nEle. Como afirma o Novo Testamento: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28).

Reconhecer fielmente a infinidade de Deus é muitíssimo reconfortante, mas também requer coragem, porque a idéia da infinidade de Deus desafia as premissas básicas que geralmente norteiam os mortais. Esse reconhecimento desarma, e nos faz examinar e evitar os erros comuns de acreditar que haja vida e inteligência na matéria, e de que esta seja às vezes boa, às vezes má. Exige que pensemos a partir da totalidade de Deus, em vez de tirar nossas conclusões a partir de premissas materiais. Daremos a Deus a honra que Lhe é devida sempre que reconhecermos que não existe nada fora dEle, e que nEle não existe nada que Lhe seja dessemelhante.

Nos momentos de tranqüila oração e com o estudo da Bíblia e do livro-texto da Christian Science, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, da Sra. Eddy, fica clara a totalidade de Deus e a nulidade de tudo o que Lhe é dessemelhante. A verdadeira glória é sentida quando nossas palavras e ações expressam fidelidade a Deus, no decurso de cada dia; quando desafiamos e expulsamos do pensamento tudo o que se apresenta como verdadeiro acerca de Deus e Sua criação, sendo, no entanto, completamente falso, ou seja, tudo o que sugira a realidade da doença, do pecado ou da morte. Sempre que fizermos isso, estaremos sendo fiéis a Deus. Tal ação tem valor inestimável. Desenvolve nossa salvação das limitações e do sofrimento.

Se considerarmos o quanto os homens sofrem e lutam, em submissão a essa crença de vida na matéria, haverá porventura motivação maior para vivermos hoje, na terra, do que esta: persistir em nossa fidelidade a Deus, o Espírito divino? Acaso haverá alegria maior do que a de participar da “glória da vida humana”?

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