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O Cristo revela quem você é

Da edição de dezembro de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


No Decorrer Dos séculos, muita gente sempre acreditou que Cristo Jesus foi o único que teve direito a exercer o poder de cura do Cristo. Muitos pensam que os tipos de curas que ele realizou só foram possíveis para ele e não podem ser realizadas por outras pessoas. A Christian Science, no entanto, abre o pensamento à conclusão essencial de que Jesus não tinha direitos exclusivos sobre o poder-Cristo, embora tenha demonstrado o Cristo, a verdadeira idéia de Deus, em toda a sua plenitude. Jesus permitia que o Cristo lhe inspirasse completamente os pensamentos e ações. E que resultados! Então, não seria lógico que você e eu deixássemos o Cristo nos influenciar, orando, afastando-nos da materialidade e contemplando a fundo a Verdade divina e o Amor, como Jesus? Ao seguir-lhe o exemplo, cedendo ao poder-Cristo, percebemos o homem perfeito criado por Deus. Esse é nosso eu genuíno e espiritual, que pode ser discernido ali mesmo onde o pecado e a doença pretendem estar e ter poder. Assim se comprova que eles não têm poder.

O Cristo revela o verdadeiro homem.

Mary Baker Eddy dá a seguinte interpretação espiritual de Cristo, em Ciência e Saúde: “A divina manifestação de Deus, que vem à carne para destruir o erro encarnado” (p. 583). O Cristo, a manifestação de Deus, está sempre fazendo alguma coisa. Ele vem ao pensamento carnal a fim de destruir o pecado e a doença. Ele está fazendo hoje a mesma coisa que fazia no tempo de Jesus, está trazendo cura e salvação. Sua ação é também preventiva. O Cristo não é um agente passivo de Deus. O Cristo está sempre em atividade. O Cristo “vem à carne” para revelar o homem como o reflexo de Deus, aquele que manifesta a perfeição e a inteireza de Deus.

Então, como é que a compreensão sobre tudo isso nos ajuda? Ela nos ajuda ao abrir-nos o pensamento para o poder-Cristo, que eleva a consciência acima da materialidade, à percepção da realidade divina. Ajuda-nos porque apóia o pensamento no Espírito, que é Deus, e em Sua manifestação espiritual. O pensamento que percebe a unidade entre Deus e o homem, tomando consciência dessa verdade, promove a cura porque exclui toda e qualquer suposição de que a matéria ou o mal tenham presença ou poder. A salvação repousa na compreensão espiritual a respeito de Deus e do verdadeiro ser do homem como expressão de Deus. Essa compreensão cura, salva e nos preserva de todas as pretensões equivocadas de um assim-chamado poder que não é semelhante a Deus.

Bem no âmago da crença material e de todo o seu barulho, o Cristo revela o verdadeiro homem. Quando aceitamos essa mensagem divina, ou seja, nosso verdadeiro ser e nossa perfeição espiritual, evidencia-se em nossa vida o bem-estar, por meio da cura.

A capacidade de curar de Jesus era o resultado de ele reconhecer claramente sua identidade como Filho de Deus. Talvez uma das declarações mais profundas e patentes feita por Jesus tenha sido a resposta que ele deu aos discípulos, diante da pergunta que lhes havia feito: “.. . vós, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16: 13—17) A Bíblia indica que havia boatos de que Jesus não era o muito esperado Messias, mas sim João Batista, Elias, Jeremias, ou um dos profetas. Contudo, Jesus queria saber exatamente o que os discípulos pensavam sobre quem ele era. Não esperou muito pela resposta. Simão Pedro respondeu corretamente: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Jesus aprovou essa resposta, dizendo: “Bem-aventurado és, Simão BarJonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” Jesus elogiou Pedro por utilizar a capacidade espiritual para enxergar a realidade do Cristo, expressa por Jesus.

Você e eu, acaso não nos deparamos com essa mesma pergunta, hoje? O que dizemos, ou o que é que acreditamos que nós somos? Somos a suposta criação do homem mortal, ou somos criação de Deus, ou seja, o homem ideal revelado pelo Cristo, a Verdade? A capacidade de raciocinar espiritualmente, procurando para além do que os sentidos físicos revelam, é indispensável para o crescimento espiritual e a cura. Ciência e Saúde nos dá esta instrução: “Desvia o olhar do corpo para a Verdade e o Amor, o Princípio de toda felicidade, harmonia e imortalidade” (p. 261). É importante compreender que esse conselho não significa simplesmente não olhar para o corpo e tudo que a ele se refere, mas também olhar onde está Deus, a Verdade e o Amor, a fim de ver o que ele está revelando da verdadeira natureza e condição do homem. Deus revela que o homem é Sua imagem. Não é isso o que vemos, quando olhamos para a Verdade e o Amor, a imagem de Deus, a geração do Espírito? Não é a nossa identidade espiritual, como o reflexo individualizado de Deus, o que precisamos reconhecer quando desviamos o olhar, da matéria rumo à Verdade e o Amor? Não é isso que o Cristo vem manifestar em nós, aqui e agora? A Bíblia com efeito fala de “ ... Cristo em vós, a esperança da glória” (Coloss. 1:27).

Assim sendo, como fazemos para olhar para além daquilo que os sentidos físicos informam, além da matéria e de seu falso testemunho, para assim enxergar a realidade, o verdadeiro eu do homem? Talvez se possa ilustrar com uma experiência de uma amiga minha. Uma noite, ela e o marido acordaram ouvindo as queixas da filha, que estava com grandes dores de estômago. Imediatamente recorreram à oração. Falaram à menina sobre o grande amor de Deus por ela, falaram de seu verdadeiro eu espiritual, da consciência plena do Cristo, que ela refletia como filha de Deus. Telefonaram a uma praticista da Christian Science, pedindo que orasse também. Houve momentos de alívio e outros de grande dor. Todas as vezes que a dor intensificava, eles reafirmavam em oração a perfeição da menina, sua inteireza, seu bem-estar como dados por Deus, pelo bem, e que jamais lhe poderiam ser roubados. A praticista fez lembrar aos pais o trecho acima citado: “Desvia o olhar do corpo para a Verdade e o Amor, o Princípio de toda felicidade, harmonia e imortalidade.” Para os pais, isso não significava abandonar sua filhinha nessa hora de necessidade, ao contrário. Significava volverem-se a Deus, o Criador do homem, e compreender espiritualmente a perfeição do homem verdadeiro revelado pelo Cristo, ali mesmo onde parecia haver uma criança doente. Os pais conseguiram desviar o olhar do falso testemunho dos sentidos físicos e ver a garotinha como a filha perfeita de Deus. À medida que foram fazendo isso, o problema cedeu. Em pouco tempo a menina sarou. Estava completamente curada.

Assim como meus amigos, nós também podemos aprender que na realidade não existe um eu mortal. Deus e Sua manifestação espiritual constituem tudo o que existe. Ao compreender isso espiritualmente, vemos que o poder-Cristo se expressa em nós, revelando que o homem é são. Então, se você está perguntando “Quem sou eu?” e se você está raciocinando espiritualmente de acordo com o que o Pai nos revelou por meio do Cristo, a resposta será: “Eu sou o filho/filha do 'Deus vivente'.

“Ao pensamento mortal, Jesus apareceu como uma criança ... mas a Alma nunca viu o Salvador aparecer e desaparecer, porque a idéia divina está sempre presente.” (Unidade do bem, p. 59:13)

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