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Um passo decisivo para deter o crime

Da edição de abril de 1998 dO Arauto da Ciência Cristã


A Bíblia freqüentemente refere-se a Deus como escudo, refúgio e fortaleza. Trata-se de uma verdade prática.

Um policial frustrado comentava que certas políticas governamentais jamais atingem o problema em si, ou seja, ao invés de serem dirigidas ao âmago do problema criminal, apenas tratam de assuntos secundários a essa questão. Se as pessoas cuja atividade é combater o crime pensam dessa forma, o que pode fazer o cidadão comum? Como podemos realmente ajudar a livrar do crime a nós mesmos e a outras pessoas, sejam elas vítimas ou praticantes?

O primeiro passo é eliminar a influência do descontrole, da intolerância, da vontade férrea e do ódio em nossa própria vida. E esse é um passo que cada um de nós pode dar. Quando curamos o pecado, ou seja, qualquer coisa dessemelhante de Deus, o bem, em nós mesmos, estamos ajudando a combater o crime. Dessa forma, estamos nos empenhando em expressar a verdadeira natureza do homem como o reflexo de Deus, da Verdade e do Amor. Ao manifestar qualidades espirituais, tais como pureza, integridade, retidão, sentimos o poder moral do bem, e a Verdade nos inspira quanto às maneiras de abençoar todos aqueles com quem tenhamos contato. A compreensão de nossa natureza espiritual nos dá autoridade para expressar maior domínio, e nos ajuda a manifestar calma durante a agitação, inteligência em meio à confusão, coragem em lugar do medo.

Há algum tempo passei por uma experiência, cujo desfecho mostrou-me o poder subjacente à compreensão da natureza espiritual do homem criado por Deus. Consegui impedir que um homem roubasse a carteira de minha bolsa. Falei com ele sobre Deus e sua relação com Ele. Agora eu compreendo que o poder do Cristo que estava me curando do medo, também estava ajudando aquele homem a ceder à sua natureza espiritual verdadeira, a expressão de Deus, o bem. Em poucos minutos sua atitude mudou, a ponto de ele fazer com que seu companheiro parasse de me importunar. Ele então perguntou se eu precisava de dinheiro, e tirou algumas notas do bolso. Embora eu recusasse o oferecimento, senti gratidão por seu gesto, porque percebi que podia ser um sinal de que já se estava operando uma mudança em seu íntimo. Para mim, o resultado desse incidente foi a prova de que o poder de Deus governava nós dois.

Essa experiência também me ajudou a compreender por que a Bíblia freqüentemente refere-se a Deus como escudo, refúgio e fortaleza. Trata-se de uma verdade pràtica. A crença da humanidade em Deus comumente baseia-se em um Deus humano, finito, limitado, dependente da matéria para Se expressar. Mas Deus é o Amor sempre presente, cujo poder consegue neutralizar todo efeito de ódio, inclusive a violência. Esse poder se apresenta de forma individualizada em nossa vida quando ouvimos o Cristo, a mensagem da Verdade e do Amor que fala à consciência humana, e lhe somos obedientes. Além de nos ensinar a obedecer, a Bíblia apresenta muitos exemplos daqueles que foram abençoados por sua obediência à Palavra de Deus. Cristo Jesus foi quem melhor exemplificou o poder de Deus. Ele ensinou, com suas curas, como demonstrar que a má intenção e o objetivo mal intencionado não têm poder e também que o homem da criação de Deus expressa o governo de Deus sobre tudo.

Deus é o Amor sempre presente, cujo poder consegue neutralizar todo efeito de ódio, inclusive a violência.

A mensagem do Amor divino, o Cristo sempre presente, em lugar de um conceito crítico e rígido, nos faz expressar compaixão, certeza de segurança, e a compreensão de que tudo pertence à família universal de Deus. O livro Ciência e Saúde, da Sra. Eddy, explica o que acontece quando abandonamos uma noção limitada de Deus. "Esse conceito humano de Divindade cede ao conceito divino, do mesmo modo que o conceito material de personalidade cede ao conceito incorpóreo acerca de Deus e do homem como Princípio infinito e idéia infinita — como um só Pai com Sua família universal, unidos no evangelho do Amor." Ciência e Saúde, pp. 576–577.

Para uma atuação eficaz a favor do bem quando enfrentamos o argumento de que é impossível deter o crime, é necessário que nosso pensamento se fundamente em uma compreensão espiritual a respeito de Deus e do homem, não em uma crença cega. É a Verdade espiritual que destrói o falso testemunho dos sentidos corpóreos, assegura-nos de que podemos confiar no relacionamento indestrutível e inviolável do homem com Deus, e apóia nossa determinação de agir de acordo com a lei de Deus. O efeito prático disso é que passamos a perceber que estamos habitando, como diz o Salmista, "no esconderijo do Altíssimo". Salmos 91:1. Ele também escreve: "Não te assustarás do terror noturno, nem da seta que voa de dia, nem da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia."  Salmos 91:5, 6.

Enquanto esses terrores procuram ter um efeito mesmérico e sugerir agressivamente que o mal é real e que Deus, o bem, não é onipotente, podemos aprender a nos volver dessas sugestões para nosso sentido espiritual, a consciência da presença divina que traspassa a mentira do mal. A Sra. Eddy escreve: "O governo divino dá prudência e energia; elimina para sempre toda inveja, rivalidade, pensamento maldoso, maledicência e más ações; e a mente mortal, assim purificada, obtém paz e poder fora de si mesma." Miscellaneous Writings, pp. 204–205. Essa ação divina funciona como a luz que elimina a escuridão. Nunca nos tornamos essa luz mas, quando a refletimos, ela pode ser sentida pelos outros. Quando nos dispomos a ceder ao governo espiritual de Deus em nossa vida, o poder do Cristo se manifesta de forma individual em nossa experiência. A espiritualização de nosso pensamento e o empenho para ver o homem à semelhança de Deus são passos vitais em qualquer esforço eficiente para deter o crime.

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