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O Evangelho de Marcos em nossa vida

O próximo artigo da série falará sobre as obras poderosas, sinais do conhecimento e da autoridade de Jesus. Infelizmente, logo perceberemos que quanto maior o sinal, maior a falta de entendimento por parte dos que o observam. E, apesar do que acabou de serdito, de que os discípulos recebiam explicações de tudo, veremos que seu comportamento e suas perguntas são realmente surpreendentes.

Continua o ensino por meio de parábolas — Marcos 4:14-34

(Sexta Parte)

Da edição de junho de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


Jesus continua a ensinar por meio de parábolas, explicando pacientemente a seus discípulos o que eles não entendem. Ele começa dando sua própria interpretação da parábola do semeador.

4:14-20 O semeador semeia a palavra. Como não é identificado, o semeador representa qualquer pessoa que semeia a Palavra — até mesmo qualquer um de nós!

Em linguagem figurada, a semente tem duas funções. Por um lado, ela é a Palavra de Deus e por outro, ela representa também aquele que ouve a Palavra.

São estes os da beira do caminho. .. enquanto a ouvem, logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles. Como Satanás lhes rouba a Palavra, essa semente nunca tem a chance de crescer e dar fruto; ela é bloqueada desde o princípio, obstruída por um estado de consciência que é endurecido pelos afazeres do mundo e, por isso, resiste ao crescimento espiritual.

A outra semente, que é semeada no solo rochoso, representa aqueles que ouvem a palavra e a recebem com alegria. Levam essa palavra a sério e florescem por algum tempo, mas eles não têm raiz em si mesmos. Assim, diante da angústia ou. . . perseguição, definham. Essa semente cresce um pouquinho, mas não tem raiz para resistir às adversidades.

Em seguida aparece a semente que é semeada entre os espinhos. Eles ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições os sufocam. Essa semente cresce por algum tempo, mas por fim as demais ambições acabam vencendo. Embora ouçam a Palavra e a levem a sério, essas pessoas abandonam a sua mensagem, seduzidos por alternativas "atraentes".

Apesar da descrição minuciosa de todos esses fracassos, resta ainda a semente que é semeada em boa terra, que apresenta resultados surpreendentes, frutificando a trinta, a sessenta e a cem, por um. Receptivas, essas pessoas se arrependem e levam a mensagem realmente a sério. Elas ouvem a Palavra, aceitam-na e frutificam. Que estímulo maravilhoso para todos os seguidores de Jesus! Essa parábola nos assegura que, apesar de todos os fracassos anteriores, no final nada prevalecerá contra a fertilidade da semente. Satanás pode enganar, os seguidores da Palavra podem mudar a sua maneira de pensar, quando as coisas ficam difíceis, ou podem ser dissuadidos pelos atrativos do mundo mas, no final, a Palavra de Deus é irresistível e irreprimível e dará bom fruto. Apesar dos obstáculos, o reino de Deus permanece. Ele está próximo; já chegou a hora. A colheita prevalecerá e será abundante.

4:21-25Jesus continua seu ensino por meio de parábolas: Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do alqueire ou da cama? Não vem, antes, para ser colocada no velador? O propósito de uma vela é iluminar. Ela só existe para brilhar. A parábola mostra o evidente absurdo que seria tentar encobri-la, para não falar do perigo de se colocar uma chama debaixo da cama!

Essa parábola não é acompanhada por sua interpretação, mas é fácil compreendê-la se considerarmos "luz" como entendimento, iluminação. O propósito dessa luz é tornar as coisas compreensíveis, acessíveis. Essa luz está disponível agora, é explicada agora e seu significado deve ser entendido agora.

Há, porém, muitos estudiosos da Bíblia que se concentram na próxima frase. Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado. Entendido como uma grande promessa, o versículo sugere que algo que está escondido agora será revelado algum dia. Os estudiosos freqüentemente relacionam esse "algo" com a identidade e o propósito de Jesus, dizendo que ele veio para sofrer e morrer, e que seu fim ignóbil na cruz sobrepõe-se a tudo o mais, inclusive às obras poderosas que ele faria depois. Contudo, permanece o fato de que sua morte não foi o fim; com a ressurreição ele venceu até mesmo a morte.

A luz emitida pela vela pode ser vista, sentida e percebida de acordo com a pregação de Jesus de que "o tempo está cumprido. .. o reino de Deus está próximo".

Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. Ele continua: Atentai no que ouvis. Uma interpretação literal dessas palavras seria: "Prestai atenção ao que vocês ouvem." Dessa forma, ele está enfatizando de novo o aspecto de ouvir atentamente, seguido pela advertência: Com a medida com que tiverdes medido vos medirão também. Usadas com mais freqüência no sentido de emitir um julgamento sobre outra pessoa, essas palavras funcionam como um aviso aos que não prestam atenção.

Ao que tem se lhe dará, e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Esse trecho nos diz que os ouvintes têm um papel a desempenhar: eles receberão de acordo com seu empenho. O conhecimento que eles têm está diretamente relacionado com a sua receptividade. O verdadeiro conhecimento leva a um conhecimento ainda major. Mas, se não houver receptividade à verdade, eles perderão até mesmo o pouco conhecimento que têm. Conhecimento e entendimento não utilizados se deterioram e acabam levando a uma paralisia espiritual.

Para resumir as parábolas que vimos até agora, devemos observar que o objetivo da palavra é ser ouvida, o das sementes é dar fruto e o das lâmpadas é iluminar. E as pessoas têm a responsabilidade de se esforçar para ouvir a Palavra, deixá-la crescer em seus corações e receber a luz.

4:26-29 Jesus prossegue com algumas parábolas relacionadas com a natureza do reino, explicando que o reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra. O homem, então, leva um ritmo de vida normal, dormindo e levantando-se e cuidando de seus afazeres diários. A semente também tem um ritmo normal, pois ela germina e cresce, sem que o agricultor saiba como. A semente simplesmente cresce, porque ela tem de crescer, inevitavelmente e de forma ordenada. Ela começa pequena com a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. Embora o agricultor possa não ter contribuído para o seu crescimento, ele certamente acompanhou esse crescimento, pois quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa.

Se a primeira parábola sobre sementes reconhecia uma combinação entre bons e maus resultados, esta parábola só conhece o bem. O poder dessa semente, comparada ao reino de Deus, não pode ser obstruído, pois é dirigido pelo poder criativo de Deus. Ela floresce independentemente de condições favoráveis, da qualidade do solo, ou do cuidado que lhe dedica o agricultor.

4:30-32 Jesus continua o seu ensino sobre o reino e declara que este é como um grão de mostarda, que ... é a menor de todas as sementes. ... mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças e deita grandes ramos, a ponto de as aves do céu poderem aninharse à sua sombra. Como pode uma semente tão pequena se transformar em algo tão grande? Esse final surpreendente desafia a noção de que a pequenez é equivalente à insignificância e de que o maior é o melhor. Essa parábola é também a única a identificar especificamente a semente. Além de ser pequena, a semente de mostarda é muito simples, muito comum. Pensando nisso, se o reino de Deus é como uma semente de mostarda, simples e comum, acaso não estará sendo sugerido que o reino é percebido de forma simples e corriqueira nos pormenores de nossa vida? Longe de fazer grande alarde, essa mudança ocorre silenciosa e despretensiosamente, um pensamento de cada vez, enquanto transforma um coração depois do outro.

De novo, não há qualquer menção de fracasso. E, dentre todas as outras, essa talvez seja a mensagem mais auspiciosa.

4:33-34 Resumindo, Marcos informa que, com muitas parábolas semelhantes lhes expunha a palavra, conforme o permitia a capacidade dos ouvintes ... Tudo, porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos. Obviamente, esses foram apenas exemplos representativos dos muitos ensinamentos transmitidos através de parábolas: parábolas sugerindo que o êxito e as grandes colheitas se sobrepõem aos fracassos. Essas idéias eram desafiadoras mesmo para aqueles que tinham ouvidos para ouvir. Contudo, Jesus se empenhou muito para se certificar de que elas eram entendidas, fornecendo explicações claras aos discípulos, em particular.

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