Para mim, sempre foi...

Para mim, sempre foi motivo de muita inspiração ler os testemunhos de outras pessoas e, agora, eu gostaria de acrescentar o meu. Nasci numa família de Cientistas Cristãos dedicados e aprendi a memorizar muitos trechos úteis da Bíblia, de Ciência e Saúde e do Hinário da Ciência Cristã, os quais nos asseveram o cuidado que Deus tem por todos nós. Obtive algumas curas rápidas mas gostaria de relatar uma que demorou mais tempo e exigiu muita persistência na oração.

Meu pai, marido e irmão faleceram um após o outro no espaço de poucos anos e eu fiquei com uma grande sensação de perda. Meus filhos eram adolescentes e eu me sentia muito responsável por eles. Em pouco tempo, surgiram em minhas mãos focos de coceira que logo supuraram e se inflamaram, precisando ser limpos e enfaixados todos os dias por uma enfermeira da Christian Science. Fiquei com medo do problema, além de achá-lo inconveniente, pois eu tinha de usar luvas para fazer os serviços de casa e para sair. Também tinha receio de pôr minhas mãos na água.

Uma praticista da Christian Science ajudou-me por meio da oração durante muitos meses; mas o meu medo com relação a esse estado me impedia de sentir o amor sanador de Deus. Achava difícil expressar alegria, devido à perda dos entes queridos e, no todo, eu estava freqüentemente deprimida. No entanto, embora eu talvez parecesse muito excêntrica, usando luvas desproporcionais para esconder as ataduras, nunca tive de explicar o porquê delas, mesmo durante um verão particularmente quente. Quando ia à igreja, ninguém parecia olhar para as minhas mãos ou, se o faziam, procuravam encorajar-me e jamais tive a necessidade de dar explicações. A praticista me assegurava continuamente do amor que Deus tem por mim — salientando que, no Seu reino, na realidade divina, eu jamais perdera o amor nem os companheiros que eu amava. O trecho seguinte do livro Unity of Good (Unidade do Bem), da Sra. Eddy, foi de grande ajuda: "... a Alma nunca viu o Salvador aparecer e desaparecer, porque a idéia divina está sempre presente" (p. 59). Após um ano, senti que eu mesma poderia orar, em vez de depender da ajuda da praticista. Pouco depois, quando fui trocar as ataduras na casa de repouso da Christian Science, onde se pratica a enfermagem de acordo com essa Ciência, aconteceu algo maravilhoso. Uma das enfermeiras de plantão, que eu nunca havia visto, entrou no momento em que minhas mãos estavam sem as ataduras. Ela as segurou em suas mãos e me olhou com uma expressão tão cheia de afeto, tão compassiva, que todo o medo remanescente se dissipou naquele momento e a cura completa teve início. Algumas unhas já não tinham aspecto normal, estavam atrofiadas; mas logo depois cresceram de maneira natural, perfeitas, e a pele foi restaurada. Eu pude, com grande alívio, descartar as luvas. Esse problema tentou apresentar-se de novo alguns anos mais tarde, porém, com a ajuda imediata de outra praticista, logo desapareceu para sempre.