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Não desista da vida, não desista do bem!

Da edição de janeiro de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


alguns anos, no verão, eu estava com minha família numa localidade de praia. Eu tinha muita vontade de aprender a surfar e vi que ali havia uma loja que alugava pranchas. Na primeira oportunidade, aluguei uma prancha e fui para o mar. Era um dia nublado, com vento, e não havia ninguém na praia. Não parei para pensar nas condições do mar, que estava "virado", ou seja, com ondas muito mais altas do que parecia na praia e com uma correnteza igualmente forte.

Comecei a surfar no raso. Aprendi bastante rápido e comecei a ir mais para o fundo, sem dar importância à correnteza e à força das ondas. O intervalo entre uma onda e outra foi ficando menor e eu precisava fazer muito esforço para voltar a nadar, pois a água me sugava para baixo. Era difícil subir à superfície para respirar. Em determinado momento, já não conseguia mais subir na prancha e decidi voltar para mais perto da praia. Mas não conseguia sair do lugar, tamanha era a força da correnteza contrária. Cada onda que passava, eu afundava e ficava girando, de maneira que perdia o referencial de onde estava a superfície e só conseguia reencontrá-lo quando sentia o puxão da prancha, que estava presa ao meu tornozelo. Aconteceu, porém, que uma onda muito grande estourou bem em cima de mim e arrebentou a corda que prendia a prancha. Daí para a frente não conseguia mais saber onde estava a superfície e ficava girando em baixo d'água! Estava cansado e sem ar; senti o corpo amolecer.

Eu sempre freqüentei a Escola Dominical da Christian Science, desde criança. Ali aprendi a entender passagens da Bíblia e de Ciência e Saúde, da Sra. Eddy. Durante as aulas, também analisamos as situações que ocorrem na vida das pessoas e discutimos como sentir a confiança necessária para vencer mentalmente o mal. Muitas vezes, surgem relatos de experiências de um e de outro, e esse aprendizado com as experiências alheias serve de verdadeiro atalho para sabermos como pensar em situações semelhantes. Falamos praticamente de todo e qualquer assunto que diz respeito à nossa vida e, em mais de uma aula, foi abordado o pensamento de morte, as crenças envolvidas nele e as idéias corretas que o destróem.

Naquele momento de extrema necessidade, no meio do mar, a impressão de que iria morrer foi muito forte. Pensei que poderia desmaiar e me afogar; senti medo. Comecei a ver um clarão, uma luz intensa, apesar de estar de olhos fechados. Nisso, vie-ram-me ao pensamento coisas que haviam sido ditas nessas aulas da Escola Dominical. Uma idéia em particular mudou o rumo dos acontecimentos, naqueles instantes: "Não devemos dar o nosso consentimento à morte. Não devemos desistir da Vida, pois a Vida é Deus!". Imediatamente, pensei: "Não vou desistir!!" Recobrei as forças, recomecei a nadar, mas com mais vigor, apesar de as condições do mar não terem mudado.

Depois de vinte minutos alcancei a praia. Enquanto nadava de volta, lembrei-me da prancha alugada, mas não aceitei que estivesse perdida, pois nada se perde no reino de Deus, no reino da Vida. Assim que cheguei na praia, um garoto veio me entregar a prancha. Ele a havia encontrado e, como eu era a única pessoa ali por perto, deduziu que era minha.

Fiquei ali, sentado na areia, olhando para o mar, e comecei a sentir muito medo. "Vou devolver a prancha e nunca mais volta a entrar no mar." Ao mesmo tempo, porém, percebi que isso não era o que eu queria pensar. Não havia nada, no reino de Deus, que podesse me fazer mal, nem mesmo o mar. Nadar e surfar são expressões do domínio que Deus deu ao homem, o domínio de que fala o primeiro capítulo do Gênesis, onde disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio..." Gênesis 1:26. Decidi que não iria desistir desse domínio, como não havia desistido da Vida. Orei por alguns minutos, pensando em Deus e na Sua onipresença. Então, voltei ao mar e continuei meu aprendizado. Dessa vez, naturalmente, prestei atenção à profundidade, pois a prudência faz parte do domínio que eu havia reivindicado.

Sou muito grato pelo aprendizado que tive, e tenho, na Escola Dominical e pela valiosa troca de experiências durante essas aulas.

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