Provavelmente vocé já viu em filmes algumas pontes que permitem ir de uma margem à outra de rios, e que ficam balançando o tempo todo. A melhor maneira de atravessar esse tipo de ponte, especialmente se não há corrimão, é mover-se acompanhando o ritmo da ponte. Você não deve tentar contrapor-se ao movimento dela, mas sim, deixar seu corpo movimentar-se naturalmente acompanhando o balanço da ponte.
Existe uma dessas pontes perto de nossa casa. Ela tem uns 20 metros de extensão e atravessa um córrego. Certo dia, ao cruzá-la, comecei a perder o equilíbrio. Por alguma razão, eu e a ponte não estávamos nos entendendo. Logo depois, porém, senti o focinho molhado de meu cachorro empurrando minha mão e percebi o que estava acontecendo. O passo dele, buscando me acompanhar, não estava em sincronia com meu movimento, e fazia com que eu não conseguisse "manter o mesmo ritmo da ponte".
Ao pensar a respeito disso depois, cheguei à conclusão de que muito freqüentemente alguns acontecimentos em nossa vida podem ter um efeito sobre nós semelhante a esse. Podemos perder o equilíbrio quando alguma coisa que não seja natural entra no que poderíamos chamar de ritmo normal da vida.
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