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A igreja a 9.000 metros de altura

Da edição de outubro de 2003 dO Arauto da Ciência Cristã


Você enxerga o mundo de uma maneira diferente, mais ampla e com mais clareza, quando está voando a 9.000 metros acima da superfície da terra.

Os muros e as fronteiras desaparecem, os fusos horários se fundem, as nuvens de chuva se tornam um vasto tapete branco e os conflitos mundiais parecem se dissolver no arqueamento do planeta. Mas, honestamente, nunca pensei que enxergaria minha Igreja de forma diferente a partir daquela altura. Foi, porém, o que aconteceu na tarde de 2 de junho.

Tinha acabado de assistir à primeira parte da Assembléia Anual 2003 e Simpósio n’A Igreja Mãe, em Boston, e atravessava o Atlântico para participar, no dia seguinte, da última reunião desse simpósio de três dias, em Berlim. E durante o vôo daquela noite, comecei a sentir, como jamais sentira, o quanto o mundo precisa do ministério sanador da descoberta de Mary Baker Eddy, a Christian Science, descoberta essa que definiu uma época. E quão bem equipada está A Igreja de Cristo, Cientista, a Igreja global que ela fundou para “refletir, em certo grau, a Igreja Universal e Triunfante”, para cuidar dessas necessidades (Mary Baker Eddy, Manual da Igreja, p. 19).

Como está evidente nas páginas deste Arauto, seria difícil alguém deixar a Assembléia Anual 2003 e Simpósio sem uma visão tanto da universalidade da Christian Science, quanto d’A Igreja de Cristo, Cientista. A reunião abrangeu não só duas cidades, Boston e Berlim, mas toda a terra, por meio da Internet. E eu tive o privilégio especial de vivenciar esse alcance mundial, sendo membro da audiência dos dois lados do oceano.

Os milhares de participantes sentados no auditório d’A Igreja Mãe em Boston, antes do início do culto dominical em 1° de junho, sentimos, às vezes com lágrimas nos olhos, o significativo simbolismo de união e de inclusão desse evento. Em uma transmissão simultânea e bi-direcional vimos, em telas enormes, milhares de membros e amigos reunidos no Max-Schmelling-Halle e ouvimos o magnífico órgão em Boston. Cantamos juntos, cada um em seu próprio idioma, o hino glorioso do reformador alemão do século XVI, Martinho Lutero. Ouvimos a solista d’A Igreja Mãe, Jennifer Foster, cantar em sete idiomas e também as palavras, em inglês, do pastor da Christian Science, a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, traduzidas para seis idiomas em Berlim.

No domingo à tarde, assistimos ao programa de “Boas-Vindas” transmitido do Halle em Berlim e apresentado por Virginia Harris, presidente do Conselho de Diretores da Christian Science Michael Seek, Gerente de Redação do Der Christian Science Herold (Arauto em alemão) e outros Cientistas Cristãos alemães contaram os esforços heróicos que levaram ao reconhecimento oficial da Christian Science pela Alemanha Oriental, logo antes da queda do Muro de Berlim.

Então, na segunda-feira de manhã, o evento culminante de simpósio, a Assembléia Anual em si. Os dignitários da Igreja, alguns em Boston e outros em Berlim, proferiram seus relatórios, que foram transmitidos simultaneamente. Mary Ridgway, a Secretária, convidou os participantes a aprofundarem seu relacionamento com Ciência e Saúde, a fim de melhor cumprir a missão da igreja universal que Mary Baker Eddy fundou. Walter Jones, o Tesoureiro, anunciou o estabelecimento de um novo Fundo “Faz' o alento ressurgir”, para apoiar a comunicação das idéias de Ciência e Saúde a pesquisadores espirituais no mundo todo. E Virginia Harris, falando em nome do Conselho de Diretores da Christian Science, instou os participantes a socorrerem a humanidade, a viverem a compaixão do Cristo nesta época, como Jesus o fez.

Se houve algum dia uma aproximação sem fronteiras ou limites, em nome da Igreja, uma reunião para simbolizar “a Igreja universal”, então, certamente, foi esta. Uma assembléia sem paredes ou nacionalidades, além do tempo e do espaço. Tanto assim que, mesmo em pleno ar entre Boston e Berlim, eu ainda me sentia parte dela. Sim, eu iria perder algumas sessões, mas ainda me sentia em sintonia com minha Igreja e sua visão para o futuro.

Na verdade, de repente percebi que o mundo todo fazia parte daquele simpósio, daquela visão, daquela Igreja. Não só na Internet, mas de uma maneira mais ampla, mais abrangente. O vibrante e prático interesse pelas necessidades do mundo que radiava daquele simpósio se fazia sentir até aos confins da terra.

Inevitavelmente, a Christian Science terá de se deparar com todo o universo e derramar sua influência sanadora dora sobre todos os cantos habitados pela humanidade. E isso, porque ela é muito mais do que um credo, uma filosofia, uma teoria ou estilo finito de vida. A Christian Science é como foi descrita pela sua descobridora: “...a destra de Deus abarcando o universo — todo o tempo, espaço, imortalidade, pensamento, extensão, causa e efeito...” (Miscellaneous Writings 1883-1896, [Escritos Diversos] p. 364).

E, inevitavelmente, a Igreja mundial de Cristo, Cientista, a Igreja incumbida de comunicar os fatos sobre a Christian Science, terá de se deparar e iniciar contato com todo o universo. Para conseguir isso, a Igreja terá de ser enérgica, ágil e unida. Terá de ser expansiva e flexível. Terá de ser acolhedora a pessoas de todas as raças, nações e denominações. Terá de ajudar a elevar o padrão de saúde e de vida para todas as crianças, mulheres e homens, em toda parte. Sem exceção, sem julgamento ou contenção de esforços.

Há calidez e inclusão irresistíveis nestas palavras de uma carta que Mary Baker Eddy escreveu certa vez à Igreja que fundara: “Não posso ser a consciência desta igreja, mas se o fosse, eu reuniria em seu redil todo mortal reformado que desejasse vir, aconselhá-lo-ia e ajudá-lo-ia a andar nos passos de Seu rebanho” (Ibidem, p. 146).

Em Berlim, quando passei pela Porta de Brandenburg e atravessei a fileira de tijolos que marca onde o Muro de Berlim ficava, lembrei-me daquela visão da Igreja, obtida a 9.000 metros. Reconheci que foi “a destra de Deus abarcando o universo” que, no final das contas, derrubou aquele muro. E que membros da Igreja de Cristo, Cientista, tinham testemunhado aquele evento histórico.

Pensei nos outros muros de opressão e separação que ainda restam no mundo: as cercas dividindo os palestinos e os israelenses na Cisjordânia, os muros separando católicos e protestantes na Irlanda do Norte, a barreira que mantém apartados muçulmanos e cristãos no Sudão. Sem falar nas paredes mentais que encarceram milhões de cidadãos do mundo em prisões do medo, da doença e da pobreza. Senti mais certeza do que nunca, de que a Christian Science e A Igreja de Cristo, Cientista, tem um papel a desempenhar para dissolver esses muros, pelo amor à humanidade.

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