Recentemente a ONU — Organização das Nações Unidas, divulgou seu último relatório sobre a qualidade de vida em 175 países do mundo com base no IDH — Índice de Desenvolvimento Humano.
Os resultados convidam a uma reflexão sobre a situação mundial da humanidade. Além dessa avaliação global com importantes informações, dados curiosos sobre o Brasil foram constatados.
O IDH — que leva em conta resultados nas áreas da educação, longevidade e renda — apresentou um avanço da posição brasileira em 4 pontos no ranking, elevando sua posição de 69a para a 65a (Folha de São Paulo, 8/7/2003). O Brasil é o país que mais elevou o IDH, tendo saltado 16 pontos, desde a criação desse índice, em 1975.
Tal crescimento expôs um fato importante: de um lado permanecem os grandes bolsões de pobreza; de outro, melhorias na educação. E foi devido a esse avanço da educação que o resultado final alcançou um patamar mais elevado.
“Um trabalho da UNESCO mostrou que a qualidade do ensino brasileiro ainda é ruim, mas a constatação de que há mais crianças na escola é uma informação muito positiva”, diz o assessor para Desenvolvimento Humano da ONU (Revista Isto É — edição 1763).
Essa conclusão, até certo ponto surpreendente, revela um cenário positivo para um país em desenvolvimento. Demonstra que metas ancoradas no aprimoramento de valores como respeito, motivação, liberdade, confiança, humanismo, estão sendo implementados, visando ao bemestar dos cidadãos.
E não seria a qualidade de vida a vivência diária de tais valores?
Foi-se o tempo em que o padrão de vida era medido por quantidade de bens ou renda. Atualmente, as pesquisas que classificam níveis socioeconômicos levam em conta principalmente o investimento das famílias na educação. E posteriormente, analisam os itens indicativos de conforto domiciliar.
Todas as pessoas necessitam de orientação básica e das posturas disciplinares ensinadas nas escolas. Esse importante início ajuda na formação de cidadãos, pois ensina-os a assumir responsabilidades, fortalecer o caráter, aflorar o espírito comunitário e melhorar as relações humanas.
A educação é também o recurso mais efetivo para a construção da ética. Como processo fundamental para o aperfeiçoamento das faculdades intelectuais e morais do ser humano, a educação é o caminho para o progresso, pois propicia a percepção de novas idéias, que, na medida em que surgem, sustentam a motivação pessoal, revelam talentos, apontam caminhos alternativos para geração ou aumento de renda.
O estudo exige a prática do raciocínio, desenvolvendo as faculdades mentais. Assim, o homem se capacita para expressar melhor a inteligência, a sabedoria, e estabilidade emocional, que por sua vez, são indicadores para avaliação da qualidade de vida e valem para crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres, independentemente da posição social.
