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Matéria de capa

A oração científica

Da edição de junho de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


SAÚDE

Um dia, a mãe de uma criança telefonou para mim, pois sou praticista da Christian Science, e me disse que o filho estava com catapora. Havia uma espécie de epidemia na escola e todos foram afetados. Como essa é uma doença contagiosa, o médico da escola foi notificado, de acordo com a lei, e ordenou que o menino ficasse em casa. Creio que o médico esperava um tempo longo de recuperação.

A mãe e eu oramos, considerando a história de Daniel na cova dos leões. Reconhecemos que os sintomas visíveis podiam ser comparados com os leões: estavam ali, mas não podiam fazer nada. Não faziam parte do verdadeiro ser da inocência, a natureza divina da criança.

Toda vez que oramos, nos sentimos impelidos a fazer exatamente o que se faz necessário na ocasião. A mensagem divina que nos vem em oração se expande, começa a surtir efeito e assim começa a transformação. Orar implica estar calmo, permitir que só Deus aja e aceitar apenas a perspectiva divina das coisas. Naquele caso, essa perspectiva nos foi dada por uma história bíblica.

Quando percorremos "a vereda dos justos", um conceito que se encontra na Bíblia, descobrimos que também estamos protegidos e exatamente como somos. Essa proteção não é só algo espiritual e abstrato, mas ocorre como no caso dos homens que foram jogados na fornalha de fogo ardente, usando chapéu, casaco e sapatos. Não lhes aconteceu de se salvarem e as roupas serem queimadas. Tudo o que eles possuíam, inclusive o que estava em sua consciência, foi protegido.

O mesmo se deu com Jesus, quando ressuscitou. Sempre fico impressionado (de maneira positiva) e deslumbrado ao reconhecer mais e mais o que Jesus provou naquela ocasião: até mesmo o que chamamos de corpo está protegido, na proporção em que o mantemos isento do pecado. Então, o divino protege o humano, envolvendo–o. O humano é revestido, por assim dizer, de um sobretudo divino. Por isso é possível afirmar que o humano é impecável. Mary Baker Eddy escreveu esta frase em Unity of Good (Unidade do Bem): "Quanto mais compreendo a verdadeira condição humana, mais eu percebo que é isenta de pecado — isenta da consciência de pecado assim como o Criador perfeito não tem consciencia dele" (p. 49).

Esta é a chave: o divino toca esse humano impecável. E creio que temos um símbolo bíblico desse toque na história em que Jesus toca o leproso. O toque sanador do Cristo foi um gesto tão amoroso e tão forte! Ele também tocou o caixão do jovem morto em Naim, ressuscitou o menino e o restituiu à mãe. Isso foi algo que quebrou as leis humanas, pois tocar o caixão, na época, era algo terrível. Mas ele quebrava as leis humanas, como a lei do sábado, por exemplo, para só ser obediente à lei divina.

O humano está protegido. Foi assim que encarei a criança nessa situação: como estando protegida. O divino, que definimos como inocente, como a natureza espiritual e atual dessa criança, que de forma completa e natural encontrava sua expressão ali, estava protegida e não podia ser tocada pelos sintomas.

Esses pensamentos começaram a mudar nossa maneira de pensar, elevando–a. Mostraram a verdade. É assim que acontece quando acordamos de um sonho. Temos de compreender que a Verdade e a matéria, o bem e o mal, não estão no mesmo nível. Às vezes, pensamos assim: "Preciso separar o mal e o bem, depois fico só com o que é bom e o problema estará resolvido." Mas não é assim. Isso não é o bem divino, é apenas a percepção humana do bem. Pois, se algo possui um oposto no mesmo nível de consciência, só pode ser mortal. O divino se encontra em um lugar completamente diferente. Não há o que se oponha a ele. Ali só existe Deus, pois Deus é Tudo–em–tudo.

A partir do momento em que tento pesar o bem na mesma balança com algo que é humano, não estou com Deus. Estou pensando sobre o humano e não sobre o divino. Esse é o maior inimigo. Não o mal em si. Esse pode ser facilmente reconhecido. A mistura pode surgir de forma aparentemente inofensiva ao imaginar um conceito maravilhoso e humano de Deus. Ainda assim, é humano. É preciso renunciar a toda e qualquer opinião humana.

É preciso confiar no fato de que a mensagem divina, a Verdade, destrói a doença.

O resultado de nossa oração foi que, depois de meia hora o menino já não tinha mais coceira e começou a brincar. Estava feliz! Os sintomas visíveis sumiram depois de três dias e o médico da escola declarou que o menino estava completamente saudável.

Não tínhamos dado nenhuma atenção aos leões (por assim dizer), ao fenômeno da doença. Há também esta frase à página 14 de Ciência e Saúde: "Inteiramente separada da crença e sonho num viver material, está a Vida divina..." Não devemos dar acesso à nossa consciência a nenhum elemento mortal, por menor que seja. E assim que o separamos.

Simplesmente nos volvemos ao divino, pois no divino tais sintomas não existem. Agora é que chegamos ao ponto decisivo: confiar no fato de que a mensagem divina, a Verdade divina, destrói a doença ou o que é falso.

É interessante observar que esses fenômenos começam a nos deixar quando Deus está em ação em nossa consciência. Deus nos envia mensagens sanadoras, não só mera informação. A cura, a transformação, está por trás de cada mensagem divina. É um poder, uma força enorme. Paulo disse que a Palavra de Deus é como uma espada de dois gumes, que separa tudo e elimina o que não deve estar ali. Devemos nos apoiar nisso e nos sentir completamente seguros.

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