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SAÚDE JUSTIÇA, SAÚDE JUSTIÇA

Posicionar-se quanto à justiça e à saúde

Da edição de junho de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


As crianças sempre dão um sinal quando detectam uma injustiça: "Por que ela ganhou dois biscoitos e eu só ganhei um?" Mesmo quando muito jovens, sentimos um ímpeto interior pela justiça e respondemos a ele.

Essa procura não desaparece simplesmente porque nos tornamos adultos.

A justiça tem sido o enfoque de uma série de artigos publicados nesta revista nos últimos seis meses, os quais contaram histórias inspirativas de homens e mulheres que se depararam com a parcialidade e a injustiça sob alguma forma e lutaram contra elas. Ficamos sabendo o que aconteceu quando responderam àquele ímpeto pela justiça, às vezes, contando com recursos convencionais, mas sempre confiando profundamente em que Deus ajustaria a situação.

Essa confiança, como a história sugere, é bem fundada. Eventos transcorridos nos tempos mais longínqüos do Antigo Testamento, tais como a história de José, um homem inocente, humilde e misericordioso que amava a Deus e foi lançado numa cisterna para depois ser encarregado de um palácio, atestam o poder da justiça divina para corrigir injustiças berrantes. A Bíblia nos faz lembrar que, com a ajuda de Deus, os "culpados" são finalmente inocentados.

Isso nos leva ao tema deste mês: como a justiça pode ser aplicada a questões de saúde. Pode ser que, às vezes, nos conformemos com a dor ou alguma doença. Digamos que estejamos aceitando uma "sentença" de saúde ruim, como alguém que, durante um processo, aceita o veredicto de pado e é sentenciado. É fácil chegar à conclusão: "Olhe só as provas", como se fôssemos advogados de acusação. "Houve o contato com uma doença." "Existe um histórico dessa doença na minha família." "É a idade." A evidência física pode ser muito convincente.

Ao terminarmos esse processo mental de autocondenação, o peso de nossa convicção, a de que estamos fadados a sofrer, já desequilibrou a balança. No século XIX, uma pioneira da arte e da ciência da cura espiritual descobriu que essa convicção pesa contra nossa capacidade de nos sentirmos bem.

Na obra principal de Mary Baker Eddy sobre a cura espiritual, seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, ela explica como essa convicção pode ser revertida: "Tua influência para o bem depende do peso que lançares no prato certo da balança. O bem que fazes e incorporas, te dá o único poder que se pode alcançar" (p. 192). Falando com anos de experiência na cura, a Sra. Eddy argumenta persuasivamente a favor do direito inerente do leitor, de ser saudável como o filho de um Criador completamente bom. Esse direito é uma das pedras angulares no ensinamento da Christian Science. Ela apresenta fatos e argumentos que estimulam o leitor a derrubar uma "sentença" injusta de sofrimento e o faz com toda a convicção de advogada de um cliente que ela sabe ser inocente e de quem pretende provar a inocência, sem sombra de dúvida.

Há uma alegoria em Ciência e Saúde que ilustra isso. Um homem está sendo "julgado" por ter transgredido certas leis de saúde. Seguindo o estilo de um processo judicial, os argumentos são feitos na alegoria para justificar o sofrimento causado pela doença. As alegações são conhecidas: grande esforço físico, descuido com a alimentação e o sono, contato com alguém que estava doente, sintomas que foram ignorados.

Depois de um tempo, fica claro que neste julgamento apenas uma parte será ouvida. Só a evidência física é admissível, como dizendo para o leitor que vivemos em uma cultura onde somente o que os sentidos físicos vêem, ouvem e sentem é considerado digno de atenção, quando o assunto é saúde. O julgamento termina com a sentença de que o homem deve sofrer. Sua doença é considerada justificada, em outras palavras, é o resultado de ele não ter seguido as regras de um estilo de vida saudável. Caso encerrado.

Mas a história não termina aí.

Quando a esperança acaba, a verdade espiritual rompe o desespero do homem e declara o bem-estar que lhe é inerente, como a imagem de Deus.

De repente, surgem fatos novos e surpreendentes que devem ser considerados. A mensagem de Deus, da Verdade, é a de que o homem é íntegro, naturalmente bom, espiritual e saudável, como Deus o criou. Essa semelhança da criação com seu Criador nunca mudou e nunca mudará. Ao contrário do que diz o pensamento convencional, a matéria não origina nem destrói a vida e a saúde do homem.

Sob a luz desses novos fatos, o peso da convicção do homem se desloca. O "julgamento" ao qual se submeteu foi um processo mental injusto. O veredicto de culpado, que ele aceitou, não foi a palavra final. Uma pena de sofrimento não é justificada. A história termina com uma virada de 180 graus na convicção do homem. Ele percebe que não é culpado. Com esse novo estado de liberação mental, seu estado físico volta ao normal.

A questão de tudo isso não é a de que combinar justiça e saúde dá uma boa história, mas sim, a de que a união de justiça e saúde é real, tem força e traz benefícios; tal união nos leva do desamparo para o fortalecimento, do desespero para a inspiração e da doença para a saúde. Os leitores tomarão coragem para se levantar, assumir o controle de seus pensamentos e sentimentos, aceitar de coração o que Deus está transmitindo a todos nós sobre o bem-estar permanente de Sua criação e reivindicar o direito, outorgado por Deus, a uma vida sadia. Não há nada mais justo.


Gerente de Redação dos Arautos

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