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Matéria de capa

Insatisfeito com o seu emprego?

Da edição de julho de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Certo dia, o telefone tocou e um amigo, do outro lado da linha, gritou bem alto: “Não agüento mais este emprego! Se eu tiver de trabalhar aqui mais um dia, é porque Deus não existe.”

Ele se sentia num beco sem saída. Como a maioria das pessoas, ele precisava trabalhar, pois tinha família e, ao mesmo tempo, estava tentando se formar na faculdade. Embora esse emprego não fosse exatamente na sua área, ajudava a pagar as contas; entretanto, ele o deixava cansado demais no fim do dia, para ainda fazer o trabalho da faculdade. É o que costumamos chamar de círculo vicioso.

Lembro-me do primeiro emprego que tive por três meses, quando estudava na faculdade. A empresa estava começando a informatizar seus arquivos. Primeiro, tudo tinha de ser microfilmado. Por isso, logo no início do dia, eu pegava uma gaveta de arquivos de propaganda, retirava os clipes e colocava, entre cada ficha, uma folha de papel verde. Isso mesmo. No final do primeiro dia, vi a sala onde os arquivos eram guardados. Havia fileiras e fileiras de arquivos.

Nas duas primeiras semanas, esforçava-me, a cada dia, para quebrar meu recorde. Quantas gavetas de arquivos eu conseguiria fazer? Mas, o entusiasmo exuberante logo se desvaneceu e, além disso, meus colegas no escritório não se impressionaram com minha rapidez diligente.

Para piorar, parecia que as gavetas de arquivos não tinham fim, e que os meses restantes estavam muito longe. Falei com meu supervisor para ver se havia alguma outra coisa que eu pudesse fazer. A resposta foi um não. Eu não tinha nenhuma experiência, e esse trabalho tinha de ser feito.

A forma como o escritório fora projetado, não permitia que se conversasse muito com as outras pessoas e, então, comecei a conversar comigo mesmo. Provavelmente devo ter começado da mesma maneira que aquele amigo que me ligara no outro dia, ou seja, questionando como poderia Deus ter-me colocado nesse emprego.

Mas, não me queixei por muito tempo. E o motivo foi este: tanto quanto podia lembrar-me, haviam me dito que Deus era bom. Eu sabia de cor o versículo que encerra o Salmo 23: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida”. Era um hábito pensar em Deus como a fonte do bem.

De vez em quando, à medida que eu trabalhava com as gavetas de arquivos, refletia no fato de que Deus é a fonte da vida, da minha vida, e que Ele é o doador do bem. Isso não tornou o trabalho mais estimulante, mas, na verdade, reacendeu minha gratidão. Eu precisava do emprego. Eu não teria como pagar a faculdade sem ele. Esse emprego pagava mais do que qualquer outro que eu havia tido antes. Portanto, agradeci a Deus pelas coisas que eram boas.

Em seguida, dei-me conta de que aquele trabalho era útil. Ainda que fosse maçante, ele precisava ser feito. Isso enfraqueceu o argumento de que eu estava desperdiçando meu tempo, desperdiçando minha vida. Eu estava fazendo algo útil.

O primeiro capítulo do Gênesis, na Bíblia, que fala sobre Deus criando o homem e a mulher, traz com a seguinte instrução: “Sede fecundos, multiplicai-vos” (22). Ultimamente, venho considerando essas palavras em um contexto mais amplo. Elas me dizem que nossa vida deve ser produtiva. Rica em boas obras, dando um testemunho efetivo da bondade e do amor de Deus.

O sentido mais amplo dessas palavras me ajudou a desafiar a idéia de que qualquer pessoa possa ficar desempregada, ser inadequada para o trabalho, ser improdutiva ou incapaz de contribuir, de algum modo, de forma significativa. Fomos instruídos a ser produtivos; a ser eficientes; a levar uma vida cheia de significado.

Em um pequeno artigo chamado “Anjos”, Mary Baker Eddy escreveu: “Deus vos dá Suas idéias espirituais e elas, por sua vez, vos dão o suprimento diário” (Miscellaneous Writings, p. 307). Quando comecei a pensar em Deus e a buscar uma nova inspiração, enquanto fazia meu trabalho, passei a sentir-me mais feliz com o meu emprego e a não mais ficar esgotado no fim do dia. Tinha energia suficiente para fazer outras coisas, depois do trabalho.

Logo depois, em agosto, meu supervisor perguntou-me se eu gostaria de de mudar de função; e como eu queria! Disse-me ele que havia uma vaga no departamento de redação. Não podia acreditar em meus próprios ouvidos. Na ocasião, era o emprego dos meus sonhos. Portanto, meu último mês de trabalho, naquele verão, e a maior parte de cada uma das minhas férias universitárias, depois disso, foram passados no departamento de redação.

Essa experiência tem me ajudado, freqüentemente, a me lembrar de que não estamos encurralados em um emprego. Estamos suprindo uma necessidade e podemos ter em mente a ordem, que nos foi dada por Deus, para que nossa vida seja frutífera; temos o direito divino de experimentar um senso de satisfação, também. Quando nos apegamos às idéias que nos vêm de Deus, nossa vida será cada vez mais produtiva.

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