Mason Good, p. 163 (1764-1827)
Foi um renomado médico e literato, ativo, gentil e de caráter bondoso. Iniciou seus estudos em um seminário organizado pelo pai, pastor dissidente. Ali, aprendeu latim, grego e francês. Aos 15 anos foi aprendiz de cirurgião farmacêcutico, começou sua carreira como escritor, escrevendo poemas e um dicionário de rimas e passou a estudar italiano. Em Londres, teve aulas teóricas e estagiou em um hospital. Aos vinte anos, iniciou sua carreira médica.
Seis anos mais tarde, estudou hebraico e escreveu ensaios filosóficos, peças teatrais e fez traduções sob o pseudônimo de Rural Bard. Em 1793 entrou para a Faculdade de Cirurgiões de Londres.
Também estudou alemão, espanhol, português, árabe e persa. Publicou livros sobre Medicina e traduziu dois livros da Bíblia (Cântico dos Cânticos e Jó). Juntamente com dois autores preparou um dicionário universal em doze volumes. Deu palestras sobre a natureza do mundo material, da mente, do mundo animado. Seu trabalho como cirurgião e farmacêutico foi simultâneo à sua produção literária.
Jean François Gravelet, (1824-1897) p. 199
Seu apelido era Blondin (Loiro) pelos seus olhos azuis e cabelos claros.
Seu interesse em se equilibrar sobre uma corda surgiu quando, ainda bem pequeno, conheceu um grupo de acrobatas que acamparam perto de sua casa em St. Omer, na França.
Apesar de tentar muito, só conseguiu seu intento quando um amigo marinheiro amarrou um pedaço de corda em duas árvores e lhe deu um mastro velho para se equilibrar. Depois, passou a praticar em galhos de árvores.
Aos cinco anos, seus pais o colocaram na Escola de Ginástica de Lyon. Após seis meses de treino, surgiu como o Pequeno Prodígio. Em 1851, foi aos Estados Unidos com um grupo de acrobatas e cavaleiros. Durante a viagem, um homem caiu no mar e Blondin o resgatou imediatamente. Permaneceu com essa mesma companhia durante oito anos e, em seguida, foi para as Cataratas de Niágara com intuito de atravessá-las.
No dia trinta de junho de 1859, perante vinte e cinco mil pessoas, Blondin atravessou as cataratas se equilibrando em uma corda de apro ximadamente 370 metros de comprimento, 5cm de diâmetro, esticada a mais ou menos 53 metros de altura, entre os Estados Unidos e o Canadá. Levava na mão uma vara de 23 quilos para se equilibrar. Durante a travessia parou, se sentou e depois prosseguiu. Ao chegar no lado do Canadá, Blondin foi saudado por uma banda que tocava a Marseillaise. Após descansar um pouco, voltou com uma câmera e um tripé amarrados nas costas e iniciou o retorno. Depois de ter andado aproximadamente 70 metros, amarrou sua vara na corda, desamarrou a câmera e tirou uma foto.
Não se sabe ao certo quantas vezes ele fez essa travessia, mas a fez de olhos vendados, com os pés dentro de um saco, com pernas de pau e carregando alguém nas costas. Sua última travessia foi em setembro de 1860. Ele nunca teve medo. Durante suas apresentações, sempre olhava para frente e certa vez disse: "Consegui me manter na corda porque não queria cair."
Bibliografia:
Mary Baker Eddy Mentioned Them, The Christian Science Publishing Society, Boston, MA, 1961; Pequeno Dicionário Enciclopédico Koogan Larrousse, Editora Larousse do Brasil, 1979; Maravilhas do Conhecimento Humano, Vol. 2, Henry Thomas, Tradução e adaptação de Oscar Mendes, Edição da Livraria do Globo, Porto Alegre, 1942
